Várias composições natalícias do final do século XVII e início do século XVIII intitulam-se por “Pastorale”. A origem da Pastorale instrumental remonta aos chamados Pifferari, pastores da Calábria e Campânia que, durante o Advento, se dirigiam à Cidade Eterna para, diante de imagens de Nossa Senhora e do Menino Jesus, tocarem nos seus instrumentos tradicionais, como o pífaro ou a flauta – naturalmente em alusão aos pastores de Belém que, chamados por anjos, adoraram o Menino. O estilo musical destes Pifferari manteve-se praticamente inalterado durante séculos. Obras como a Pastorale per la notte di Natale de J. D. Heinichen que, por volta de 1720, detinha o cargo de Hofkapellmeister em Dresden, ou a célebre Sinfonia a iniciar a segunda cantata da Oratória de Natal de 1734 de J. S. Bach, dão continuidade à abordagem dos protagonistas paisanos, naturalmente em versão erudita.
Dos inúmeros compositores da época italianos, destaca-se o conhecido Tomaso Giovanni Albinoni (1671-1751), cujos concertos para oboé continuam ainda hoje a integrar a programação de concertos de Natal de música clássica. Como sugestão, segue o belíssimo terceiro andamento do Concerto no. 2 em ré menor para oboé (infelizmente, sem identificação possível dos intérpretes).
Albinoni dispõe-nos sempre bem.
ResponderEliminarBoas festas!
Subscrevo o comentário de Miss Tolstoi.
ResponderEliminarA capa do disco é linda.
Desejo-lhe um feliz novo ano.
Um Bon Ano para vós também, obrigado!
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