Ontem à hora do almoço vinha no metro a ler o essencial sobre o Diário de Lisboa. Em 1988, Mário Mesquita foi escolhido para diretor do Diário de Lisboa, cargo que só ocupou em dezembro de 1989.
«"O ambiente na redação era muito bom", recorda hoje Dina Soares, sublinhando que os recém-chegados à profissão como ela eram muito acompanhados. "Os estagiários saíam em serviço com os mais velhos. Quando os textos eram revistos - o que acontecia sempre -, chamavam-nos para nos explicarem o que estava mal e porque tinha sido alterado. Além disso, havia outra coisa muito boa para quem estava a começar, marcavam-nos todo o tipo de serviços. Eu, por exemplo, que estava na secção de Política, fui fazer um jogo de futebol." [...] "A família [Ruella Ramos] queria relançar o jornal e o contexto político internacional, com a queda do Muro de Berlim, era entusiasmante", contou Mário Mesquita [...]. A proposta de Mesquita é apostar num olhar reflexivo sobre a atualidade, diferenciando-se dos outros diários, e mantendo-se um jornal independente de esquerda.
«Fundador do PS em 1973 (partido de que se afastaria mais tarde), Mário Mesquita tinha começado no República e dirigira o Diário de Notícias entre 1978 e 1986 (e fora diretor-adjunto entre 1975 e 1978).» (Cláudia Lobo, p. 120-122)
Estamos mais pobres, lá se foi mais um dos bons, daqueles de fabrico único e genuíno.
ResponderEliminarÉ triste!
ResponderEliminarCompreendo o seu pesar. Eu não o conhecia muito bem, mas parece que a velha ceifeira anda a recolher os melhores entre os melhores.
ResponderEliminarUn abraço.