Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2021
Tenho estado a ler a este livrinho sobre as empregadas de limpeza: as invisíveis. Na verdade, como é referido no livro em muitas empresas ninguém as v~e porque entram quando a empresa encerra e saem quando ela reabre. O livro trata das empregadas de empresas, do funcionalismo público, transportes, hotéis, domésticas, etc.
A maioria diz sentir-se inferiorizada porque muita gente não lhes fala, olha-as com um olhar superior e muitas vezes racista (dada que a grande maioria destas mulheres são negras). Muitas 'herdaram' esta profissão das mães, outras porque precisaram de encontrar um emprego com urgência e foi o que arranjaram. Muitas têm o 12.º ano e poucas estão a tirar um curso superior.
Como se refere no livro elas só não são invisíveis nos transportes públicos de madrugada. Realmente, quando eu ia a concertos no CCB, antes da pandemia, e voltava de autocarro ou elétrico, reparava que a maioria dos utentes de transportes públicos àquela hora eram empregadas de limpeza. Muitas delas iam contando que ou iam entrar ao trabalho ou voltavam para casa para descansar três ou quatro horas e regressarem áo mesmo quotidiano no dia seguinte.
Não era para ter ainda referido este livro, mas li em Le Monde esta notícia: «Rachel Keke, du combat des femmes de chambre de l’Ibis Batignolles à l’Assemblée nationale». Esta mulher concorreu pelo Nupes e venceu, na segunda volta, a coligação que apoiava Macron.
Um livrinho a ler!
Estive com ele na mão, não o comprei porque não tinha o postal, mas vou procurá-lo na Bertrand. Ou será que eles deixaram de emitir o postal?
ResponderEliminarBoas leituras! 📚
Já não me lembro se tinha postal, mas acho que sim.
ResponderEliminarBoa tarde!
Vou procurar...
ResponderEliminarObrigada pela partilha!
Espero que goste.
ResponderEliminarBoa tarde!