segunda-feira, 25 de julho de 2022

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Obrigada, Maria Luisa!

«[...] a partir da inventio do sarcófago do apóstolo São Tiago, esta terra passou a ser conhecida e definida como a terra do apóstolo São Tiago ou, na tradição escandinava, como Jacobsland. A origem de tudo isto está na descoberta por parte do bispo de Iria Flavia, Teodomiro, no início do século IX, de uma edícula ou de uma sepultura num lugar desabitado.  Essa terra foi o germe do que viria a ser a cidade de Compostela: uma encruzilhada e uma necrópole. Mais do que um campo de estrelas (campus stellae), como era popularmente definida a nova cidade jacobeia, tratava-se de uma terra "bem-posta" ou composita, o que poderia ser interpretado como "lugar bem edificado" ou um local de sepultamento.
«A descoberta, rapidamente apropriada pelos monarcas cristãos do reino galaico-asturiano, mudou a posição da Galiza como finisterra e converteu tal facto no pilar essencial para as relações da terra dos Galegos com a história universal., como costumavam dizer os historiadores da geração Nós. A Galiza reforça, assim, o seu estatuto de ponto de referência da cultura europeia quando ressoam em Compostela - devido á crença de estar ali enterrado o corpo de um dos 12 apóstolos - os ecos de além-Pirenéus trazidos por peregrinos de todos os cantos do continente europeu. De repente, numa terra distante, descobriu-se o túmulo de São Tiago [...]. A inventio deu origem a um santuário e, pouco depois, a uma civitas cujo primeiro habitante foi Bretenaldo Franco, um peregrino de paragens longínquas [...]. Essa operação política e religiosa situou a cidade de Santiago no mesmo paralelo religioso que Roma e Jerusalém, tornando-se uma sé apostólica, obtida oficialmente pelo arcebispo Gelmírez em 1120. Por essa altura, Compostela passara a ser um íman cultural da cristandade. [...]
«Paralelamente ao estabelecimento das fronteiras territoriais da Galiza, o Caminho de Santiago abriu uma enorme via para a comunicação de ideias, de pessoas e de mercadorias.»
Ramón Villares - Galiza: terra irmã de Portugal. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2022, p. 39-40, 42

12 comentários:

  1. Santiago de Compostela é um sítio lindíssimo e com uma energia muito especial. Pelo menos, eu senti lá o que nunca senti noutro santuário qualquer (não que conheça muitos...), mas penso que não tem nada a ver com santos, embora não saiba explicar o que é...
    Bom Dia de Santiago!
    😇

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  2. Obrigada a ti por este post tão ...completo e por te lembrares.
    O dia amenceu grisalho, mas semelha que o sol quer sair.
    Celebraremos o dia desde a casa.
    Abraços

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  3. Os marcadores são lindos. Os de baixo são recortados.
    Gosto de Santiago, a catedral e a cidade são lindas. Quanto a energias, nunca senti nada.
    Boa semana!

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    1. Pois. Como disse, não sei explicar, mas senti algo semelhante na Lagoa do Fogo em São Miguel e no Cromeleque dos Almendres.
      Tonterías, como diria um amigo nosso 😉
      Dia feliz!

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  4. Não sei. Já visitei esses lugares e não senti nada de estranho, para além de a Lagoa do Fogo ser um paraíso na terra. 😂 Gostei de ver o Cromeleque dos Almendres, mas não nos tira a respiração.
    Há gente que diz que sente uma energia em Fátima. Fátima é, para mim, um sítio feio, mas mesmo feio.
    Um dia feliz para si também.

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    1. Quanto a Fátima, completamente de acordo. Para mim é um sítio cheio de lojinhas a vender coisas de plástico a preços exorbitantes e um templo bastante feio.
      O novo só conheço da tv.
      Mas sempre que expresso esta opinião, faz-se um silêncio desconfortável.
      Quanto ao resto , penso que terá a ver com a energia da mãe natureza, seja lá isso o que for...
      Bom dia!

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  5. Bonitos marcadores para un día tan especial para Galicia
    Bom dia

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  6. O templo novo é engraçado. Parece uma sala de espetáculos.
    Boa tarde para os dias. Por aqui, com bastante calor.

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  7. No conozco esta obra, sin embargo ramón Villares es un reputado historiados nacido en un pueblo de la provincia de Lugo. De sus obras leí "El mundo contemporáneo en los siglos XIX y XX"; maravillosa para entender determinados hechos históricos. la recomiendo a quien le guste esta temática.

    Apertas de unos agradables 20 grados.

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  8. ¡Me olvidaba!; muy bonitos los marcapáginas.

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  9. Ramón Villares escreveu este livro de 111 páginas para os portugueses. Foi uma encomenda da editora.
    Vi na apresentação do autor que ele é um historiador conceituado e que nasceu na zona de Lugo, como dizes.
    Por aqui estão 27º, mas já esteve mais quente.
    Abraço.

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