Acabei de ler na net: «Depois de Roald Doahl, é a vez dos livros de "James Bond" serem revistos para serem menos racistas e "ofensivos"»
«Os 14 livros de James Bond, escritos pelo autor britânico Ian Fleming entre 1953 a 1966, serão revistos para remover as referências racistas e "ofensivas" antes de serem republicados em abril, assinalando os 70 da primeira edição de "Casino Royal", o primeiro livro da saga.
«A Ian Fleming Publications Ltd - a empresa que detém os direitos literários da série sobre 007, o icónico agente dos serviços secretos britânicos - encomendou a revisão, que terá como objetivo retirar a linguagem racialmente ofensiva e também eliminar alguns estereótipos que já estejam desatualizados. Apesar disto, de acordo com The Telegraph, as novas edições serão publicadas com um aviso de isenção de responsabilidade: “Este livro foi escrito numa época em que termos e atitudes que podem ser considerados ofensivos pelos leitores modernos eram comuns” (algo bastante parecido aos avisos que os serviços de streaming, como o Disney+, adicionaram antes de conteúdos com representações racistas, como O Livro da Selva).
«“Uma série de atualizações foram feitas nesta edição, mantendo o mais próximo possível do texto original e do período em que está definido”, acrescenta o aviso.» (Retirado daqui.)
Não há um organismo britânico que vele pelos direitos dos autores mortos?
Que estes «revisionistas» da literatura deixem os mortos em paz! Escrevam livros novos em vez de andar a censurar. Onde vamos parar? A novas fogueiras de livros?
A "Mão Negra" introduziu-se disfarçada, mas ditatorialmente nos meios ingénuos e puritanos do politicamente correcto inculto, para dirigir e orientar o "permitido". Convinha trazer à colação "As Bruxas de Salém", de Arthur Miller, a ver se estes bárbaros aprendiam alguma coisa. Mas vai ser difícil. A Inquisição também andou por cá cerca de 200 anos graças à ignorância mental, à irracionalidade galopante e à cobardia.
ResponderEliminarBoa tarde!
Realmente não sei onde vamos parar. Será que estes censores não compreendem que o encanto da escrita de Roald Dahl está também nas palavras que eles querem censurar? Gordo, feio, doido... Como se toda a gente fosse magra, bonita e muito bem comportada. Claro que não compreendem!
ResponderEliminarEsta porcaria começou há anos com a Enid Blyton, com um grupo de professores que, em vez de contextualizarem os livros, querem que lhes facilitem a vida. No caso de Roald Dahl então não me parece que haja nada a contextualizar. É um escritor fora da caixa para estas cabeças mentecaptas.
Li que Rishi Sunak e Salman Rushdie se pronunciaram contra estas censuras. Espero que daqui saia algum movimento que impeça estes novos censores de atuar. Senão, quem será o senhor que se segue?
para MR:
ResponderEliminarÉ a NOVA inquisição sem dúvida, a entrar de manselinho, com ademares de moderno e progressista, no entanto, cheio de ignorânica. Pena é que a sociedade civil, esclarecida, não consiga ou se manifeste, com mais vigor, contra esta campanha "tipo trompista" de inversão dos valores democráticos da nossa vida.
É um desconsolo. Tanto saber acumulado a ser denegrido por uns mentecaptos, apoiados por uma imprensa desmeolada !
Depois destes três comentários, já pouco posso acrescentar, a não ser que está tudo maluco!
ResponderEliminarÉ assim que se começa, a pouco e pouco, e depois já não se consegue parar...
A verdade é que História está sempre a repetir-se.
* a História
EliminarÉ muito triste. Subscrevo os comentários anteriores. Boa tarde!
ResponderEliminarLa estupidez humana no tiene límites.
ResponderEliminarBoa tarde
A Comissão Europeia devia fazer uma diretiva protegendo os textos dos mortos porque os herdeiros desses escritores aceitam tudo (como aconteceu com a Roald Dahl’s legacy que devia proteger o legado de RD). Neste caso, a CE não poderia interferir, mas pelo menos interferirá se esta loucura chegar aos países membros.
ResponderEliminarO senhor que se segue, Miss Tolstoi, deve ser Kipling.
Boa noite a todos.
No sé a dónde vamos a parar, pero , como muy bien dice Miss Tolstoi , no todos somos guapos ni delgados ni rubios. El prejuicio está en la mente de quien " piensa" que esas características son negativas.
ResponderEliminarNos hemos vuelto tan políticamente correctos, que estamos cayendo en lo contrario, lo cual no deja de ser además de un contrasentido, no sé si peligroso.
Boa noite.
Haver mentes que se dedicam a esse ofício de censurar é algo de muito estranho, gente que nos quer formatar o pensamento... E reescrever obras de mortos é algo que os Estados não deviam permitir. Acho isto perigosíssimo.
ResponderEliminarOs meus netos gostaram imenso de ler Roald Dahl e não lhes fez mal nenhum, só bem; pôs-lhes o miolo a funcionar.
Bom dia!
Confesso que nunca li os livros para crianças do Roald Dahl, mas vi o filme com o Johnny Depp e gostei de todo aquele saudável nonsense.
ResponderEliminarNos anos 80 comprei dois livros "Tales of the Unexpected" pois não perdia nenhum episódio da série que passava na rtp2.
Como o nome indica, eram contos com finais insólitos e imprevisíveis.
Será que tb vão "mexer" nesses?
Enfim, o planeta azul está a ficar muito negro e triste em muitos aspectos...
Bom dia!
Está a ficar irreconhecível. A História repete-se, com umas variantes, claro. E as pessoas não aprendem nada.
ResponderEliminarBom dia!
Gente estúpida e ignorante, não entende que as coisas têm que ser vistas à luz da época em que foram escritas. O mundo mudou, mas a história existiu e não se pode apagar. Reescrever livros é um absurdo, com o qual só gente muito burra pode concordar.
ResponderEliminarQualquer dia não se pode falar, pois alguém se pode sentir ofendido com o que dizemos!
Pois eu sinto-me ofendida com o politicamente correcto, que é muito castrador!!!
Bom fim-de-semana:))