Martin Walser, um dos maiores nomes da literatura alemã do pós-guerra, faleceu hoje aos 96 anos.
O seu primeiro grande romance "Ehen in Philippsburg" de 1957 define o fio condutor da sua obra literária: a descrição de cidadãos comuns e anti-heróis, em conflito com a regras da sociedade, bem como da traição e hipocrisia da classe média.
Durante os anos 60, ao lado de outros intelectuais como Grass, apoiou a candidatura de Willy Brandt como primeiro chanceler social-democrata da RFA, assistiu aos processos de Auschwitz em Frankfurt e manifestou-se contra a guerra no Vietnam.
Quando em 1998 recebe o Prémio da Paz do Comércio Livreiro Alemão, gera no seu discurso na Paulskirche de Frankfurt uma grande polémica ao opor-se à instrumentalização do Holocausto.
Walser nunca se conformou com o establishment político e social. Uma voz importante de crítica e contestação que desapareceu para sempre.
Não sabia. Dele só li há muitos anos Um cavalo em fuga.
ResponderEliminarIsto tem sido uma mortandade de famosos, mas famosos qualificados.
Boa noite!