Vermeer - Mulher a segurar uma balança, ca 1662-1664
Washington, National Gallery of Art
BALANÇA
Com pesos duvidosos me sujeito
À balança até hoje recusada.
É tempo de saber o que mais vale:
Se julgar, assistir, ou ser julgado
Ponho no prato raso quanto sou,
Matérias, outras não, que me fizeram,
O sonho fugidiço, o desespero
De prender violento ou descuidar
A sombra que me vai medindo os dias;
Ponho a vida tão pouca, o ruim corpo,
Traições naturais e relutâncias,
Ponho o que há de amor, a sua urgência
O gosto de passar entre as estrelas,
A certeza de ser que só teria
Se viesses pesar-me, poesia.
José Saramago
In: Os poemas possíveis
Muitos desconhecem que Saramago também escreveu poesia.
ResponderEliminarGosto muito de Vermeer!
O Equinócio foi às 06,50h!
Tenha um Outono muito feliz!
🍁🍂🍁🍂
Acho que foi livro único.
ResponderEliminarEu tb gosto muito dos interiores de Vermeer. E da rapariga do brinquinho...
Resto de bom setembro e feliz outubro!
Há um outro de Poesia: Provavelmente Alegria, que por acaso é o que eu tenho.
ResponderEliminarJá consegui a menina do brinquinho para casar com o livro e o filme 😉
O Outono trouxe-nos o tempo de Verão.
Bom dia!
Obrigada pela retificação. Já fiz este post há um tempo e pensei que tinha retirado o poema do Provavelmente alegria.
ResponderEliminarBom sábado!
A rectificação (se se pode chamar assim) foi só no sentido de dizer que JS escreveu dois livros de poesia. Eu só tenho o Provavelmente Alegria e nem fui ver se este poema lá está.
EliminarTarde feliz!🌻
Gosto muito da pintura e gostei do poema. Boa tarde!
ResponderEliminarObrigada na mesma, Maria.
ResponderEliminarBoa tarde para as duas.