José Malhoa - O Fado, 1910
Lisboa, Museu do Fado
«"[Malhoa] contou-me que perdeu muito tempo a encontrar o tipo de fadista [...] ao lado da mulher da vida esbandalhada e descomposta." Encontrou-os na rua do Capelão . Amâncio Augusto Esteves, rufia que fadistava, e Adelaide, conhecida por 'Adelaide da Facada', daí a inclinação exagerada da pose "esbandalhada". Era para ela tapar a face esquerda com uma naifada.~«A pintura, diz-se, atrasou um pouco porque por vezes Amâncio voltava de uma breve passagem pela esquadra e embirrava com a alça da blusa de adelaide, que na pintura descera mais do que os ciúmes dele permitiam. E lá tinha Malhoa de retocar um pouco menos de seio atrevido. Em 1910 o quadro estava pronto. está lá tudo, a chinela no pé, o Senhor dos Passos, a lamparina de querosene, o pote de manjerico, um cigarro nos dedos dela, a garrafa de vinho e os olhos avinhados dele, amis a banza...»
José Ferreira Fernandes - Martim Moniz: Como o desentalar e admirar. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2023, p. 73-74
Letra de José Galhardo; música de Frederico Valério.
Muito "fadista" esta história.
ResponderEliminarTalvez fui três vezes escutar Fado, sempre com o professor português e gostei.
Não gosto da exageração para os turistas, mas gosto de fados.
Bom dia!
Interessante, a história deste quadro.
ResponderEliminarSempre bom ouvir Amália.
Bom dia!
Havia mais a por, mas...
ResponderEliminarNessa altura, Maria Luisa, ainda não havia estas hordas de turistas.
Eu gosto de fadistas.
Boa semana para as duas.
Creo que con el fado ocurre lo mismo que con el flamenco; todo muy exagerado para el turismo.
ResponderEliminarSaludos
Não aprecio Malhoa e nem o quadro "Fado". Que fica bem entoado por Amália. É como se nas voltas da sua voz tudo ganhe brilho e resplandeça: quadro, versos e o fado que canta.
ResponderEliminarCongratulo-me por serem hoje as fadistas e o mundo do fado coisa diversa do que então foi. O fado nasceu pobre, deseducado e sem condição. Hoje ouve-se com o respeito devido a quem o canta e sabe tocar. Nele, como na voz de Amália, vai inteira a alma do povo português.
Uma voz inigualável.
ResponderEliminarBoa semana:))
¡Ay, vuestro fado...!
ResponderEliminarApertas frescas.
Gosto muito de Malhoa.
ResponderEliminarHá vários quadros dele que me agradam imenso, por exemplo À beira-mar (Praia das Maçãs) ou Primavera.
Curiosamente, ontem ao pesquisar num livro de selos dos CTT encontrei a pintura O Fado.
Bom dia!
Esta pintura e a sua história é magnífica. Bom dia!
ResponderEliminarGosto de Malhoa e de Amália.
ResponderEliminarSim, agora até há uns locais onde se canta fado á tarde, que nada têm a ver com casas de fado. E estas também cresceram... upa, upa... O fado virou moda.
Bom dia para tosos.