segunda-feira, 1 de julho de 2024

Leituras no Metro - 2932

Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2024

Sala de leitura da Biblioteca de São Lázaro. Criada em 1883 é a mais antiga biblioteca de Lisboa. Postal-marcador. Foto de Susana Neves.

Comprei dois exemplares deste livro: eu para mim e outro que ofereci. E pensei em comprar mais exemplares. Ainda bem que não o fiz porque este livro é francamente mau: mal escrito (até com erros ortográficos: emponham em vez de empunham) e mal concebido. Não dá nenhuma ideia do que é uma biblioteca pública, quanto mais que atraia público para as frequentar.
Bibliotecas são livros e, dados os novos tempos, também acesso a computadores, CDs, DVDs, jogos, etc.
Só o li até à p. 40, mas até aqui, em que trata das bibliotecas Almeida Garrett (Porto), de Arouca, de Bragança, Belmiro de Moura (Vila Flor, mas quem foi Belmiro de Matos?*) e Dr. Júlio Teixeira (Vila Real) não se refere o que os leitores ou frequentadores dessas bibliotecas leem ou consultam.
Um tema fantástico, com pano para mangas... mas o autor (até duvido que ele frequente alguma biblioteca) dá-nos um reles roteiro (uma espécie de anuário) de bibliotecas, com indicação do horário de funcionamento das mesmas e das suas funcionalidades, coisas francamente desinteressantes. Não era isto que eu esperava de um livro sobre A biblioteca nesta coleção, um livro francamente desanimador. 

* Continuo sem saber quem foi Belmiro de Matos porque nem a página web da BM de Vila Flor nos diz quem foi o seu patrono.

Ver aqui.

6 comentários:

  1. Grato pelo aviso, pois decerto o iria comprar...
    Uma boa semana!

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  2. Sim, não vale os €5,00 nem o tempo.
    Boa semana!

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  3. Com 4/5 páginas para cada biblioteca (não sei se por vontade própria ou imposição editorial) pouco mais poderia fazer. Lamento que não tenha andado aqui pela Beira Interior, mas, apesar de tudo, não desgostei de o ler.
    Quanto às gralhas, estou sempre a encontrá-las, mesmo em livros caros.
    Boa semana!

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  4. MR,
    Sim, muito haveria para escrever sobre o tema e sobre aspectos bem mais interessantes, como refere. Mas o autor, decidiu apenas dar a conhecer 21 das bibliotecas existentes em Portugal, na maioria, desconhecidas para o comum dos mortais.
    Também não desgostei de o ler.
    Claro que o autor podia ter enveredado por outros caminhos/pesquisas, mas certamente teria de ser um volume para cada uma das bibliotecas citadas. Com esta limitação de páginas, ou o autor escrevia de forma genérica ou então seria muito complicado pegar no tema.
    Mas...
    Bom dia e boa semana!

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  5. O autor optou por escrever sobre 21 bibliotecas. Foi a escolha dele, que não me parece acertada para o tamanho do livro. Parece-me estranho que até à p. a que cheguei, o autor não se tenha interessado por saber o que os utentes esperam de uma biblioteca pública, o que leem ou consultam; se há muita leitura domiciliária; leitura de jornais diários; etc. Isto para além do uso dos computadores: se os usam para trabalhos escolares, idas à net, etc. São gostos e opções.
    Boa tarde para as três.

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