Porque dos mortos vem a voz que chama;
porque dos tempos surge um corpo exangue
porque do mundo rasga o ventre a vida;
porque dos filhos um olhar acusa
a paz se exige aqui e hoje e sempre
que as nossas mãos estão brancas e recusam
tingir-se de outra cor que não de anil.
- João Mattos e Silva, Memória(s) , Átrio, 1987.
Dedicado a todos os ex-combatentes na Guerra do Ultramar, em especial aos meus tios António e José.
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