quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Audeguy - 6

Vandalisme

L' usage des téléphones portables dans des lieux publics, associé à l'apparition récente de modèles dotés de puissant haut-parleurs, participe à la destruction de l'espace public. Ce n'est pas être technophobe que de le constater, car le tapage est une barbarie particuliérement virulente : on peut fermer les yeux, se boucher le nez, mais quoi qu' on en dise ont peut difficilement isoler convenablement ses oreilles. Je me souviens d'un passager de train lançant aux autres qui protestaient du vacarme produit depuis deux heures par son enfant d'une dizaine d' années : " Si vous n'êtes pas contents, vous n'avez qu' à mettre des walkmans ! " Des abrutis qui vous importunent, dans le métro, avec les basses et les stridences de leur lecteur MP3, ont est sur le point de se consoler en pensant qu' ils deviendront sourds; et puis l' on réalise que cela prépare une génération de sourds, qui beuglera sur le tard.

- Stéphane Audeguy, Petit éloge de la douceur, Gallimard, 2007.

2 comentários:

  1. Bem verdade o que afirma Stéphane Audeguy.

    Parece que as pessoas se isolam do mundo que as rodeia.
    Num almoço de convívio social quando o telefone toca somos interrompidos e há algum constrangimento. Primeiro tenta-se não ouvir a conversa do outro para se preservar a privacidade; segundo não sabemos onde nos havemos de meter...talvez se recorra a uma ida à casa de banho para não se ser inoportuno.

    O MP3 e os walkmans viajam por todo o lado. As pessoas já não ouvem o ruído da cidade,não se aprecebem que alguém precisa de ajuda. Só se ouve o que se quer e se gosta. Não se apercebem do inestético, do que não gostamos de ouvir, do que temos que ouvir para dizer NÃO... Realmente, esta fuga diária o que fará do ser humano?

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  2. venho corrigir uma gralha onde se lê aprecebem, naturalmente é apercebem.

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