Na catedral Metropolitana, em Bs. As., encontrei um dos melhores exemplos de diálogo do sagrado e do profano.
Começa pela fachada, lembrando um templo neo-clássico (construído em 1827), embora a Igreja Maior primitiva tenha sido começada em 1580; é composta por doze colunas coríntias (o mesmo número dos apóstolos). Não tem qualquer alusão a ser uma igreja... mas sim, do seu lado direito, uma lâmpada votiva, onde arde a "Llama de la argentinidad" recordando o descanço eterno do "Pai da Pátria", General José de San Martín e do Soldado Desconhecido da Independência.
O interior é pavimentado com lindos "tapetes" de flores...
Numa "capela" construída fora das naves (para já não estar em espaço "sagrado"), mas entrando por uma delas, a meio da parede do lado direito, encontra-se o Mausoléo do herege e maçon José de San Martín, ...
Obra de Albert Ernest Carrier Belleuse, 1880.
...que é guardado por dois jovens soldados do Regimento de Granadeiros, cuja cerimónia de render da guarda decorre militarmente dentro da catedral.
[vale a pena ver]
Ao lado, mas já dentro da planta de cruz latina, encontra-se a capela de Nossa Señora de la Paz, com uma imagem vinda do Perú, em 1751, ricamente paramentada com fatos bordados.
Ao seu lado a bandeira da Argentina e da Bolívia, oferta de duas famílias.
A bandeira da Argentina encontra-se "envolvida" de plástico para não apanhar pó.
E assim convive o sagrado e o profano...
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