Os europeus (re)descobriram Nova Iorque. Com a falência da economia americana e a subida do euro, NY tornou-se na nova catedral do consumo, sobretudo para quem atravessa o Atlântico em busca das ofertas cultural e de lazer que aquela imensa metrópole tem para oferecer a custos mais atractivos. E à boa maneira americana a adaptação aos novos tempos não se fez esperar, já que uma perspectiva prática sobre a questão viu na voragem do consumo por parte dos europeus um filão a explorar. Até os mais renitentes como os snobs habitantes de Greenwich, que, durante anos, tentaram silenciar os autocarros de turistas para que estes não incomodassem o seu estilo de vida, acabaram por reconhecer os efeitos benéficos do turismo, deixando entreabertas as cortinas das casas e assim permitindo o voyeurismo a quem passa. Só nos últimos meses de Maio, Junho e Julho, o número de visitantes que passaram por NY ultrapassou os três milhões de turistas do Verão de 2007, dando assim uma ideia de como aquele se tornou num dos destinos de eleição para quem está disposto a gastar até ao último cêntimo. Aproveitando o facto da cidade ter acolhido ao longo dos últimos anos várias produções televisivas de sucesso e ciente do impacto audiovisual na vida actual que isso representa, o secretariado de Turismo de Nova Iorque incluiu nos roteiros, visitas aos cenários reais de séries como O Sexo e a Cidade e Os Sopranos. Desse modo, comer uma pizza no restaurante favorito de Tony Soprano ou comprar uns sapatos na loja preferida de Carrie ou de Charlotte são paragens obrigatórias para quem quer sentir NY mais profundamente.
Sem comentários:
Enviar um comentário