sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A paixão dos livros - 8


Édouard Manet - «Émile Zola» (pormenor)

«Um coleccionador de livros deve, segundo a ideia que eu dele faço, possuir, entre outras. As qualidades seguintes: apetite, vagar, fortuna e preseverança. Coleccionar livros pode ter os seus ridículos e as suas excentricidades; mas, em suma, é um elemento revivificante numa sociedade eivada de tantas causas de corrupção.»
Gladstone

5 comentários:

  1. Coleccionar livros para ler ou livros que são tesouros?
    Fortuna por ter sorte?

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  2. Acho que o coleccionador, que na época era sinónimo de bibliófilo, também tem de ter sorte. Por vezes, inesperadamente, vem-lhe parar às mãos um livro que procurava há anos. Ou mesmo que desconhecia.
    Podem-se coleccionar livros segundo vários critérios, desde os tesouros até aos almanaques, literatura policial, literatura de cordel, determinado autor, etc.
    Penso que é um procedimento relativamente moderno, esse de comprar livros para investir.

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  3. Tem razão MR., é óbvio, que é preciso ter sorte para encontrar uma raridade e a descoberta não só dá um grande prazer ao espírito como aquece as mãos de quem a segura.
    E desejo que os coleccionadores encontrem os livros que procuram, os comprem e os guardem porque só esse amor sabe guardar. Aí está a verdadeira paixão pelos livros, tema desta sua rúbrica.

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  4. A sorte não é do coleccionador; a sorte é, em primeiro lugar, do objecto que veio parar às mãos de quem lhe soube dar valor e transformar-lo em objecto com interesse e por vezes raro. Quantas raridades não passam pelas mãos de todos nós que as perdemos porque lhes não soubemos dar valor (aplica-se a livros e a tudo o mais)

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