Este jornal nasceu de um encontro dos Round tablers, no Hotel Algonquin, em NY.
«Um dos mais assíduos frequentadores da távola redonda do Algonquin é um certo Harold Ross, que constantemente aborrece os outros com a ideia fixa de dar vida a um semanário dedicado à vida da cidade. Há no ar vários títulos possíveis, mas nenhum parece totalmente satisfatório: Manhattan, New York Weeckley, Our Town, Truth.» Um dia em que almoçam todos, John Peter Toohey sugere The New Yorker.
«Quando sai o primeiro número (21 de Fevereiro de 1925) […] são vários a torcer o nariz e nos primeiros números nenhum dos Round tablers assina no jornal, com a única excepção de Dorothy [Parker], que mantém por algumas semanas a rubrica teatral sob o pseudónimo de Last Night (ontem á noite), participando também com contos e breves composições em verso. […] será preciso muito tempo antes que The New Yorker se torne o semanário de prestígio que virá a ser, com muitos dos melhores intelectuais – não só americanos – entre os seus colaboradores: Francis Scott Fritgerald, William Butler Yeats, Hannah Arendt, Jorge Luis Borges, Isaac B. Singer, Woody Allen, Sylvia Plath, William Carlso Williams, Vladimir Nabokov, James Baldwyn. J. D. Salinger publica nele um conto intitulado Slight Rebellion Off que mais tarde se tornará um capítulo de À Espera no Centeio. Truman Capote antecipa parte de uma reportagem sobre um caso envolvendo vários homicídios no Kansas que se tornará o estrondoso romance A Sangue Frio. Mas seria ainda necessário referir os desenhadores Rea Irvin, Art Spiegalman, Roger Crumb, Tullio Pericoli, Saul Steinberg, a famosa direcção de Tina Brown, as memoráveis críticas cinematográficas de Pauline Kael.»
(Corrado Augias – Os segredos de Nova Iorque. Lisboa: Cavalo de Ferro, 2008, p. 273-275)
http://www.newyorker.com/
Tenho algumas, ofertadas por um querido amigo norte-americano que também é leitor deste blogue.
ResponderEliminar