quinta-feira, 12 de março de 2009

Os paraísos fiscais

- Ugland House, Ilhas Caimão.
- As Ilhas Caimão ( Cayman Islands ) são o número 5 do mapa.


Recentemente, num documentário feito por um canal de televisão britânico, "conheci" o famoso edifício que está na primeira foto- Ugland House. E porque é famoso este edifício sito nas Ilhas Caimão? A fama advém de ser a "sede" de 18.000 empresas. É verdade, 18.000 empresas.
É claro que já perceberam que são 18.000 off-shores. 18.000 empresas fictícias, sem empregados, sem actividade económica, existentes apenas com o propósito de canalizarem capitais, circularem capitais, fugindo a sistemas fiscais e muitas vezes lavando dinheiro de actividades criminosas. Foi a quantidade de off-shores que tornou famoso este prédio das Ilhas Caimão que tem servido de "bode expiatório" tanto no Congresso Americano como em instâncias internacionais. Mas é um edifício entre muitos, sendo que as Ilhas Caimão são um dos muitos paraísos fiscais onde o segredo bancário é rei, e ninguém quer saber quais as origens dos milhões que são depositados nos bancos, ou qual a actividade de tantas empresas sediadas no território.
Foi a crise financeira internacional que trouxe de novo à ribalta o tema dos paraísos fiscais, ao descobrir-se até que ponto os bancos "sérios", e não só os barões da droga e políticos corruptos, recorrem a eles, como se viu até entre nós nas investigações feitas ao BPN e ao BPP, mas também ao BCP.
Tenho para mim que por mais boas intenções que a União Europeia e os Estados Unidos proclamem quanto a regular os paraísos fiscais, será sempre uma luta inglória tantos são os interesses cruzados, a começar pela promiscuidade entre actores políticos e agentes económicos.


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