As atenções na feira industrial de Hannover concentram-se nas inovações de um meio de comunicação revolucionário - a televisão. No entanto, apenas 681.000 lares alemães dispõem de um aparelho em finais de 1956. Preços elevados e problemas na cobertura de rede continuam a dar preferência ao rádio. O cinema regista, em contrapartida, um ano record de espectadores com 817 milhões de bilhetes vendidos. Os alemães “invadem” as salas de cinema para se deslumbrar, quer com as grandes produções internacionais, quer com os filmes nacionais: o cinema alemão “fabrica” em massa películas para vários gostos. Os grandes nomes dos anos 50, praticamente desconhecidos em Portugal, são Ruth Leuwerik, O. W. Fischer, Sonja Ziemann ou Dieter Borsche. A Áustria e a Suíça lançam para o estrelato internacional artistas como Romy Schneider ou Maximilian e Maria Schell.
A mulher mais bela do mundo chama-se Petra Schürmann, é alemã, oriunda de Mönchen-Gladbach e conta 21 jubilosas primaveras. A estudante de Filosofia, Filologia e Geografia da Universidade de Colónia alcança o título Miss World 1956 em Londres. Como prémio, recebe um cheque de 500 libras e um automóvel.
Com o crescimento económico e uma maior riqueza gerada, renasce o desejo da senhora alemã num guarda-roupa moderno. As tendências da moda, ditadas por estilistas franceses e italianos, prevêem linhas femininas e elegantes. O new look vai ao encontro das exigências tanto da senhora adulta como das raparigas jovens que, com o vestuário adequado, acompanham os ritmos do Rock’n Roll.
Imagens: cartaz do filme "Immer wenn der Tag beginnt", um "clássico" do cinema alemão dos anos 50; slogan sindical; Petra Schürmann; tendências da moda feminina no final dos anos 50 (primeira foto da autoria de Rico Puhlmann)
Mais uma vez parabéns por esta série! É desta que vem a medalha do Goethe Institut :)
ResponderEliminarFantástico.
ResponderEliminarA.R.