A União Soviética celebra euforicamente a presença do primeiro homem no Espaço, Juri Gagarin. Entretanto, a prosperidade económica e a liberdade democrática da República Federal Alemã atraem cada vez mais alemães da RDA. As fronteiras entre os quatro sectores de Berlim são relativamente “permeáveis”, e assim, cerca de 200.000 alemães orientais viram, durante os primeiros meses de 1961, as costas ao seu Estado rumo ao campo de acolhimento de Marienfelde no sector ocidental.
O êxodo de cidadãos qualificados e de milhares de agricultores, descontentes com a colectivização forçada dos seus bens, acentua-se neste ano, sobretudo após o fracasso da Conferência de Viena em Julho. Torna-se numa ameaça à sobrevivência da RDA. Mesmo assim, Walter Ulbricht, Chefe de Estado da RDA, declara em Junho que “ninguém tenciona construir um muro”.
Tal afirmação revela-se como mentira pérfida a 13 de Agosto. Na manhã desse dia, soldados do exército alemão oriental vedam todos os acessos para os sectores ocidentais de Berlim. A divisão da Alemanha é irreversível. Dentro de poucos dias é construído o muro. Seria derrubado apenas 28 anos depois.

61, um ano cheio de novidades! Do muro tenho um pedacinho que guardo religiosamente. Não gosto de muros, ninguém gosta de muros.
ResponderEliminarObrigada Filipe por me recordar a conquista do espaço e ao mesmo tempo o atrofiamento que foi o muro...às vezes as atitudes dos homens não são compreensíveis.
Ainda falta muito para 89, mas este post lembra-me o fim de tarde chuvoso de Novembro, no então novo bar da FDL, em que, no meio do fumo (!), consegui ver qq coisa na tv, umas imagens confusas de pessoas e muros que já não o eram.
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