quinta-feira, 14 de maio de 2009

A Custódia de Belém, Impressões I.

O artigo de Lucinda Canelas agradou-me e levou-me a observar com mais pormenor a Custódia de Belém. Registo aqui algumas impressões e não a sua história porque não tenho possibilidade de consultar fontes primárias.
A data da criação da Custódia remonta ao ano de 1506. A autoria é do dramaturgo Gil Vicente, facto que levantou algumas polémicas, contudo, é consensual a sua aceitação.

O ouro utilizado veio da costa oriental africana, resultante de um tributo de vassalagem (30 marcos de ouro) pago pelo régulo de Quíloa ao rei D. Manuel. O ouro foi trazido por Vasco da Gama no regresso da segunda viagem à Índia, em 1503.
Gil Vicente levou três anos a esculpir a peça. Nela conseguiu exaltar os Descobrimentos Portugueses e o poder de D. Manuel I.
Corpo central da peça
A Custódia divide-se em três partes distintas:

- A base, onde se encaixa a haste, decorada com esferas armilares, divisa de D. Manuel; - O corpo central, onde está o viril destinado à hóstia, rodeado pelos 12 apóstolos;
- Finalmente, o duplo baldaquino do gótico final, marcado pela figura de Deus Pai sentado numa cadeira, segurando também ele uma esfera armilar, e pela pomba que simboliza o Espírito Santo.

Fotografia do Público, 09/05/12

A figura de Deus tem oito centímetros e os apóstolos quatro (como convém, são mais pequenos do que o Pai).

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