Termino esta viagem pela Cozinha Arqueológica com a receita que mais me maravilhou.
A receita é para todos mas coloco-a especialmente para o Luís que fez uns posts sobre as flores e a alimentação. Cheirem a fragrância...
"Poderemos findar, se quiserdes, pela famosa empada de rosas. Era um acepipe muito usado em todas as festas do culto de Vénus. Para o realizar, descei ao jardim, colhei as rosas mais largas e as mais cheirosas. Pisai-as no almofariz. Juntai miolos de galinha, de pombo e de perdiz, muito bem cozidos, depois de os terdes desembaraçado das mais pequenas fibras. Acrescentai ainda duas gemas de ovos, um fio de azeite puro, pimenta e vinho velho da Malvasia. Depois de ter mexido tudo, até conseguir uma massa leve e fina, deitai numa caçarola nova de barro, e colocai sobre um fogo lento e contínuo. Logo que a superfície se aloure, servi. Por toda a sala se espalhará um aroma de rosa- e a vossa alma bendirá Apício Célio, criador desta maravilha."
Eça de Queirós, A cozinha Arqueológica, Lisboa: Compendium, (prefácio Manuela Rêgo), 1998, p. 40-41
Eça de Queirós, A cozinha Arqueológica, Lisboa: Compendium, (prefácio Manuela Rêgo), 1998, p. 40-41
Obrigado! Mas não prometo...
ResponderEliminarAinda bem Luís porque míolos ....rrrr...!
ResponderEliminarDeve ser mesmo intragável! Uma mixórdia!
ResponderEliminarÉ mesmo melhor não experimentar.
M.
Aliás a maioria das receitas antigas têm de ser adaptadas, senão não as conseguiríamos comer: tanto doce e tantas especiarias, às carradas... Era uma forma de mostrarem o poderio económico.
ResponderEliminarM.