Esta é uma das muitas canções de época que integram a banda sonora de Jacquot de Nantes, filme de Agnès Varda, sobre as memórias de infância e juventude de Jacques Demy, passadas na sua Nantes natal (e pelo Loire, durante a Guerra) e até ir para Paris estudar cinema.
«Se todo o filme é (deve ser) um acto de amor, Jacquot de Nantes é-o num duplo sentido. Primeiro como filme "em si", pois Jacquot de Nantes é, para mim, o melhor (apetece-me dizer, o mais bonito) dos filmes de Agnès Varda, no recorte dos personagens, na construção temporal, deslizando pelos anos com uma serenidade absoluta, no jogo que estabelece entre a cor e o preto e branco [...], e entre a narrativa própria e os corpos "estranhos" (refiro-me aos segmentos dos filmes que lá aparecem, de Les Parapluies de Cherbourg a Une Chambre en Ville). E em segundo lugar porque tem por "objecto" o homem da sua vida: Jacques Demy [...]. Da conjugação destes dois factores resulta um dos mais perfeitos exemplos de um "ciné-mémoire", que não deve ser entendido com uma reconstituição de época nostálgica de que se usa e abusa hoje em dia.» ( Manuel Cintra Torres, na folha de sala)
Este filme, preparado quando Jacques Demy já se encontrava doente e estreado em 1991, passou 6.ª feira à noite na Cinemateca. Na 2.ª feira, pelas 19h30, será exibido L'Univers de Jacques Demy, também de Agnès Varda.
«Se todo o filme é (deve ser) um acto de amor, Jacquot de Nantes é-o num duplo sentido. Primeiro como filme "em si", pois Jacquot de Nantes é, para mim, o melhor (apetece-me dizer, o mais bonito) dos filmes de Agnès Varda, no recorte dos personagens, na construção temporal, deslizando pelos anos com uma serenidade absoluta, no jogo que estabelece entre a cor e o preto e branco [...], e entre a narrativa própria e os corpos "estranhos" (refiro-me aos segmentos dos filmes que lá aparecem, de Les Parapluies de Cherbourg a Une Chambre en Ville). E em segundo lugar porque tem por "objecto" o homem da sua vida: Jacques Demy [...]. Da conjugação destes dois factores resulta um dos mais perfeitos exemplos de um "ciné-mémoire", que não deve ser entendido com uma reconstituição de época nostálgica de que se usa e abusa hoje em dia.» ( Manuel Cintra Torres, na folha de sala)
Este filme, preparado quando Jacques Demy já se encontrava doente e estreado em 1991, passou 6.ª feira à noite na Cinemateca. Na 2.ª feira, pelas 19h30, será exibido L'Univers de Jacques Demy, também de Agnès Varda.
Um bom programa para o final da tarde de segunda.
ResponderEliminarEu conto ir.
ResponderEliminarM.
Também fui e adorei. Hoje talvez nos encontremos por lá, se eu me despachar.
ResponderEliminar"As Praias de Agnès" é belíssimo, mas este... é um belo testemunho de amor a Demy. Espero que "O Universo de Jacques Demy" não desiluda.