Numa incursão à Feira do Livro encontrei este livro que narra a amizade entre dois poetas, dois pensadores, duas almas do sentir português. A viagem através dele leva-nos ao período que medeia entre as duas Guerras e à vida social portuguesa entre Amarante e Lisboa. O livro é delicioso. Invejo, no bom sentido, a amizade cultivada e a vivência que ele expressa. Apesar de ser mulher e de ter orgulho nisso, às vezes gostava de ser homem porque julgo que sabem viver melhor a amizade.
Isso de «saber viver as amizades», tudo depende das pessoas as saberem cultivar: há grandes amizades entre homens, entre homens e mulheres e entre mulheres. Há numerosos exemplos na literatura, de que me vêm à cabeça agora (com correspondência publicada): Jorge de Sena e Sophia, Cecília Meireles e Maria Valupi.
ResponderEliminarM.
Guardo muitas cartas, umas em caixas e outras em cofre.O peso literal de ter vivido em tempos anteriores ao correio electrónico...
ResponderEliminarM,
ResponderEliminarAs amizades cultivam-se dialogando e dizendo as coisas más e boas. Não é a dizer a tudo que sim ou valorizar simplesmente o outro. Às pessoas de quem mais gosto tanto dou um abarço como um abanão, porque a amizade tem que assentar na verdade, naquilo que sentimos no que percebemos e não percebemos.
Ana