sábado, 31 de janeiro de 2009

Retratos: os diferentes olhares de Sofia Loren

Sofia conseguiu transmitir através da câmara uma personalidade forte, sensual e enigmática.










Sophia Loren, Sofia Villani Scicolone, nasceu em Roma a 20 de Setembro de 1934. Foi dirigida por grandes realizadores como: Vittorio De Sica, Federico Fellini, Ettore Scola, Robert Altman, Lina Wertmüller, entre outros.
Obteve um Óscar em 1962 por La Ciociara, recebera o prémio de melhor actriz em Cannes 1961, Globos de Ouro : 1965, 1969, 1977 e Cecil B. DeMille em 1995; César Honorário em 1991; David di Donatello em 1970, 1974, 1978, 1984, 1999;1961 por La ciociara.

Magia na vida...

Dedicado a MLV para que a Magia da vida não lhe escape...

Como o mundo nos escapa



video

Delibes : Lakmé

Para Miss Tolstoi

"Mallika, Viens ..." da ópera Lakmé

Festival Imagina (de 1995)

Puccini : Madame Butterfly (II)

Para o Filipe Nicolau


Soprano & Mezzo Soprano (Rebecca Knight & Karen England)

Here's to the heroes

Para R.


The ten Tenors & como solista Marc de PCCB (Les petits chanteurs à la croix de bois)

Bizet : Carmen

Para o João Soares

Carmen, Coro de crianças


Cantado por Les Petits Chanteurs a la Croix de Bois
Film by Pascal Roulin & Christopher Vallaux

Prokofiev: Romeu & Julieta (II)



Prestando uma homenagem a MR
Que passe um fim de dia divertido!

A Rainha do Sabá, relatos de viagem...

André Malraux
Porta para o Desconhecido
O avião aguarda ao amanhecer.
Quantos desses aviões terei visto pousados num longo terreno que se perde na periferia da alvorada num odor muçulmano de erva queimada e camelos! Campos do sul da Pérsia, estepes da Ásia Central – com os seus pilotos russos que passam a noite nus em balancés para escapar ao calor sufocante – na base do Himalaia, nos jardins queimados, sob o perfume selvagem e tórrido de alfazema já ressequida das montanhas… O Islão está à nossa volta até aos confins da África, até ao Pamir; (…)”

MALRAUX, André – A Rainha do Sabá, Lisboa:Livros do Brasil, 2006, p. 35.
André Malraux nasceu em Paris, a 3 de Novembro de 1901, e morreu em Créteil, a 23 de Novembro de 1973. Arqueólogo, orientalista, aventureiro, escritor e político, foi uma das figuras exemplares e um dos grandes escritores do século XX.

Corpo e alma : o odor masculino varia consoante as emoções

Encantado com os escritos da nossa colega M.R. sobre a inteligência das flores, encontrei em um número de Metro (jornal gratuíto), de 13 de Janeiro, p. 11, este artigo de Patrícia Lamúrias:

"O que diz o suor dos homens

Uma mulher consegue saber se um homem se sente atraído por ela através do cheiro do suor masculino

Os humanos também co­municam através do olfac­to, relembram os cientistas.

No que respeita à atracção sexual, homens e mulhe­res têm inúmeras ferra­mentas naturais para co­municarem as suas inten­ções. Mas os cientistas não se cansam de procurar os meios com que a Natureza dotou os humanos para ga­rantir que a espécie não se extinguiria facilmente. A última descoberta está re­lacionada com o cheiro do suor masculino.
Segundo um estudo da Universidade de Rice, nos Estados Unidos, o suor dos homens tem um odor dife­rente consoante as emo­ções que estão a ser expe­rienciadas. E, dizem os psi­cólogos, a transpiração emanada da excitação se­xual tem um perfume ca­racterístico. O mais surpreendente é que as mulheres conse­guem decifrar a intenção conti­da nesse perfu­me e captar o sentimento de atracção.

Cérebro reage
Durante a investigação, os cientistas recolheram dois tipos de suor masculino, um “normal” e outro “se­xual”, através de pequenas almofadas de polyester co­locadas nas suas axilas.
O suor “normal” foi reco­lhido durante uma sessão de vídeos educacionais. O suor “sexual” resultou de uma sessão de vídeos eróti­cos. Depois disso, 19 mu­lheres foram expostas aos dois cheiros, enquanto a sua actividade cere­bral era moni­torizada atra­vés de uma ressonância magnética. As participantes — com mais de 20 anos — não perceberam, mas os seus cérebros não só identificaram os dife­rentes cheiros, como de­sencadearam uma reacção.
Para Denise Chen, chefe da equipa de estudos, isto prova que uma mulher consegue perceber quando um homem está atraído por ela, bastando para isso sentir o cheiro do seu suor.
No site da universidade, Chen explica que o suor “sexual” fez acender várias áreas do cérebro das parti­cipantes, algumas das quais que nem estão asso­ciadas a motivações ou comportamentos sexuais. “Os nossos resultados mos­tram que a informação re­lacionada com o cheiro do suor sexual está codificada holisticamente no cérebro e não apenas nas áreas as­sociadas ao sexo”, resume.
Os resultados levam os cientistas a reforçar a ideia de que os humanos tam­bém comunicam através do olfacto, tal como os ani­mais.
Patrícia Lamúrias


John Paul Young - Love Is In The Air (1978)

Mais um poema chileno...


«Vicente Huidobro» - desenho de Picasso

Basta senhora harpa das belas imagens
Dos furtivos cosmos iluminados
Outra coisa outra coisa buscamos
Sabemos pousar um beijo como um olhar
Plantar olhares como árvores
Engaiolar árvores como pássaros
Regar pássaros como heliotrópios
Tocar um heliotrópio como uma música
Esvaziar uma música como um saco
Degolar um saco como um pinguim
Cultivar pinguins como vinhedos
Ordenhar um vinhedo como uma vaca
Desarvorar vacas como veleiros
Pentear um veleiro como um cometa
Desembarcar cometas como turistas
Enfeitiçar turistas como serpentes
Colher serpentes como amêndoas
Descascar uma amêndoa como um atleta
Abater atletas como ciprestes
Acender ciprestes como faróis
Aninhar faróis como cotovias
Exalar cotovias como suspiros
Bordar suspiros como sedas
Derramar sedas como rios
Tremular um rio como uma bandeira
Depenar uma bandeira como um galo
Apagar um galo como um incêndio
Vogar em incêndios como em oceanos
Ceifar oceanos como searas
Repicar searas como sinos
Esquartejar sinos como cordeiros
Desenhar cordeiros como sorrisos
Engarrafar sorrisos como licores
Engastar licores como jóias
Electrizar jóias como crepúsculos
Tripular crepúsculos como navios
Descalçar um navio como um rei
Pendurar reis como auroras
Crucificar auroras como profetas

Vicente Huidobro
In: Natureza viva / trad. Luís Pignatelli. Lisboa: Hiena, 1986

A Poesia e as Flores 2



Para MR que nos oferece
a inteligência das flores





COROAI-ME DE ROSAS

Coroai-me de rosas;
Coroai-me em verdade
De rosas –
Rosas que se apagam
Em fronte a apagar-se
Tão cedo!
Coroai-me de rosas
E de folhas breves.
E basta.

Ricardo Reis, in Mário Soares, Os poemas da minha vida, Lisboa: Público – Comunicação social, SA, 2005, p. 93

A inteligência das flores - 3


Salva


fotos.sapo.pt/hPQJjcIZekR47HQ6dtPj/

«Eis aqui a maravilhosa cilada de amor, imaginada pela Salva: muito ao fundo da sua tenda de seda cor de violeta, destila algumas gotas de néctar; é a isca. Mas, impedindo o acesso ao líquido açucarado, erguem-se duas hastes paralelas, muito semelhantes aos madeiros giratórios de uma ponte levadiça, na Holanda. No cimo de cada haste, há uma grande empola, a antena, em que transborda o pólen; em baixo, duas empolas mais pequenas servem de contrapeso. Quando a abelha penetra na flor, para atingir o néctar tem de empurrar com a cabeça as pequeninas empolas. As duas hastes, que giram sobre o eixo, oscilam imediatamente, e as antenas superiores vão tocar no ventre do insecto, cobrindo-o de pó fecundante.
Assim que a abelha saiu, os eixos, convertidos em molas, repõem o mecanismo na sua posição primitiva, e tudo fica pronto a funcionar, para quando se dê nova visita.»
Maurice Maeterlinck
In: A inteligência das flores. Lisboa: Clássica Ed., 1918, p. 43-44

Há 118 anos no Porto

31 de Janeiro de 1891
a primeira revolução republicana



A Guarda Municipal atacando os revoltosos entricheirados na casa da Câmara.


A proclamação da República das janelas da Câmara Municipal.

Gravuras segundo croquis de Luciano Freire, publicadas em A Ilustração, Lisboa, 15 Mar. 1891

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Devem-na encontrar um pouco diferente...


Ernesto Charton de Treville - «Plaza de Armas de Santiago»

DÁ-ME A MÃO



Dá-me essa mão e dançaremos;
dá-me essa mão e amar-me-ás.
Como uma só flor nós seremos,
como uma flor e nada mais.

O mesmo verso cantaremos
e ao mesmo ritmo dançarás.
Como uma espiga ondularemos,
como uma espiga e nada mais.

Chamas-te Rosa e eu Esperança;
mas o teu nome esquecerás,
porque seremos uma dança
sobre a colina e nada mais.

Gabriela Mistral
In: Antologia poética / trad. Fernando Pinto do Amaral. Lisboa: Teorema, 2002

Tenho de agradecer ao Luís e ao João os bons momentos que tenho passado a reler a Gabriela Mistral. Não consegui encontrar umas mãos chilenas. Tive de me socorrer da Capela Sistina...
Boa viagem!

Sob o olhar da lente - 16


Um pouco mais de luz para animar este final de tarde. Tailândia. Fotos de António Nobre Marques

Em honra de Miss Tolstoi

Algures em Londres... Foto de António Nobre Marques

Um dia...

“Um dia, quando a ternura for a única regra da manhã, acordarei entre os teus braços, a tua pele será talvez demasiado bela, e a luz compreenderá a impossível compreensão do amor.
Um dia, quando a chuva secar na memória, quando o inverno for distante, quando o frio responder devagar com a voz arrastada de um velho, estarei contigo e cantarão os pássaros no parapeito da nossa janela.
Haverá flores, mas nada disso será culpa minha, porque eu acordarei nos teus braços e não direi nem uma palavra, para não estragar a perfeição da felicidade”.

José Luís Peixoto, A criança em Ruinas
1ª edição - Quasi, Set. 2001; 3ª edição - Quasi, Jan. 2002, p. 6

A Poesia e as Flores

Rosas e cantigas

Eu hei-de despedir-me desta lida,
Rosas? – Árvores! hei-de abrir-vos covas
E deixar-vos ainda quando novas?
Eu posso lá morrer, terra florida!

A palavra de adeus é a mais sentida
Deste meu coração cheio de trovas…
Só bens me dê o céu! eu tenho provas
Que não há bem que pague o desta vida.

E os cravos, manjerico, e limonete,
Oh! que perfume dão às raparigas!
Que lindos são nos seios do corpete!

Como és, nuvem dos céus, água do mar,
Flores que eu trato, rosas e cantigas,
Cá, do outro mundo, me fareis voltar.

Afonso Duarte, in Mário Soares, Os poemas da minha vida, Lisboa: Público,Comunicação social, SA, 2005, p. 76 , Afonso Duarte (Ereira, Montemor-o-Velho, 1884-1958)

Marco Aurélio, pensamento

Marco Aurélio, Imperador (Marcus Aurelius Antoninus, 121 – 180 d.C.)

"Como os homens são feitos uns para os outros, educa-os ou suporta-os".

Marco Aurélio - Pensamentos, Lisboa: Editorial Verbo, 1971, Livro VIII, p. 108

Puccini : Tosca

Aqui fica mais uma animação operática, tendo como fundo a famosa ária: E Lucevan Le Stelle

Youtube: mihmoh

Le Corbusier, A Viagem do Oriente 1


Charles-Edouard Jeanneret-Gris, mais conhecido pelo pseudónimo de Le Corbusier, nasceu em La Chaux-de-Fonds, a 6, de Outubro, de 1887 e morreu em Roquebrune-Cap-Martin a 27, de Agosto, de 1965, foi arquictecto, urbanista e pintor francês de origem suíça ligado ao Funcionalismo Modernista.
Em 1911, Le Corbusier decidiu viajar até Constantinopla com o seu amigo Auguste Klipstein. Com muito pouco dinheiro, os dois percorreram, de Maio a Outubro, a Boémia, a Sérvia, a Roménia, a Bulgária e a Turquia. Durante essa viagem ele tomou notas num caderno registando as suas impressões e realizou uma série de desenhos que o ensinaram a olhar e a ver.

O DANÚBIO

“ …Belgrado jazia numa curva, porta mágica do Oriente. Vinham a seguir os ecos trágicos do desfiladeiro de Kasan, sangrando de combates seculares. As “Portas de Ferro” eram as legiões romanas em quadra onde se ergueram as “águias” de Trajano. Eu podia vê-la, essa Via sagrada, desmaiar no ouro dos trigais romenos, onde o céu se aniquila na luz e onde o ruído se calou para sempre. E, mais abaixo, a doacção inteira dessas águas ao Oriente. (…) É uma solidão inacreditável. Durante horas nada se vê à direita e à esquerda, a não ser um horizonte de árvores pequenas na distância e azuis sob a luz. O rio as alcança e as afoga. Fiordes parecem abrir-se, pondo o céu nessa pequena faixa de terra. (…) Como diferenciar esse céu do rio que o absorve? (…) Parece que estou em algum rio do Amazonas, tão longínquas são as margens e inexplorável suas matas. (…)
Esztergon aparece, silhueta estranha: um cubo e uma cúpula apoiada sobre muitas colunas. De longe, é como a promessa de uma maravilha. Cubo que possui um ritmo admirável e que os montes nascentes apresentam como uma oferenda nesse altar que lhe fazem. Enfim, na hora em que tudo se abandona à poesia, sob um céu esverdeado, o rio apareceu um imenso leque de lâminas pretas e douradas, em grandes ondas diluídas de rosa; e, surgindo, montes nos cercaram, de perfis voluntariosos. Evocação violeta de uma Grécia que assim desejávamos, porém mais arquitectónica ainda”.

Le Corbusier, A Viagem do Oriente, São Paulo: Cosac Naify, 2007, (Apoio do Ministério da Cultura Francês - Centro Nacional do Livro, traduzido por Paulo Neves), p. 37- 54.

A paixão dos livros - 1


Édouard Manet - «Emile Zola» (pormenor)

«Com excepção do homem vivo, nada há que seja mais maravilhoso do que um livro. É uma mensagem que nos chega dos mortos, de seres humanos que nunca vimos, que viveram talvez a milhares de léguas de nós, e que, todavia, nessas pequenas folhas de papel, nos falam, nos divertem, nos aterram, nos instruem, nos reconfortam, nos abrem seu coração como a irmãos.»
Kingsley

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Então até breve

também andarei pela Argentina e tentarei comunicar com o espírito da voz do tango

El dia que me quieras, Carlos Gardel, 1935

Em Viagem, Miguel Torga

Ao Luís Barata com o desejo de uma óptima viagem.

Viagem

É o vento que me leva.
O vento lusitano.
É este sopro humano Universal
Que enfuna a inquietação de Portugal.
É esta fúria de loucura mansa
Que tudo alcança Sem alcançar.
Que vai de céu em céu,
De mar em mar,
Até nunca chegar.
E esta tentação de me encontrar
Mais rico de amargura
Nas pausas da ventura
De me procurar...
Miguel Torga, in 'Diário XII'

Arte de Amar, Ovídio


(…) Cantava eu estas coisas e apareceu-me, de repente, Apolo,
a dedilhar com o polegar as cordas da sua lira doirada;
nas mãos trazia o louro, a cabeleira sagrada cingida
de louro, assim se aproximou, para ser olhado como profeta;
e disse-me: “mestre dos prazeres do amor,
vamos!, guia os teus discípulos para os meus templos,
onde está uma inscrição que a fama celebrizou pelas várias partes
do mundo e que cada um ordena a si mesmo se conheça.
Quem a si mesmo se conhecer, só esse há-de amar com sabedoria
E saberá tirar o máximo rendimento das suas capacidades.
(…)

Públio Ovídio Nasão nasceu em Sulmona, no ano de 43 a.C. Estudou em Roma Retórica e Gramática para seguir uma carreira na administração pública. Viajou até à Grécia para aperfeiçoar os seus conhecimentos. Foi expulso de Roma por Augusto, em 8 d.C. As causas da condenação permanecem, ainda hoje, obscuras, pensa-se que foi por fazer um constante apelo à dissolução dos costumes que resultaria da Arte de Amar.

OVÍDIO, Públio Nasão – Arte de Amar, Lisboa: Edições Cotovia, p. 69-70.
(Tradução de Carlos Ascenso André)

Prémio Literário Fernando Namora

Mais um prémio para Mário Cláudio. Desta vez é o Fernando Namora. A entrega é no dia 2 de Fevereiro, no Casino do Estoril, pelo Presidente da República.

Notícias do blogue

A partir de hoje, o Prosimetron conta com um novo contribuidor na pessoa de R . , que creio irá ser uma mais-valia para o blogue, desde logo por nos oferecer mais uma perspectiva feminina do mundo.
É bom ter também uma voz de fora de Lisboa, longe do centralismo da capital, no caso uma voz que nos falará desde a Lusa Atenas e mais não digo.

O caso Freeport ...

" (...) O segundo ponto essencial que a imprensa tem esquecido é o motivo. Sócrates tinha ou não uma razão forte e privada para favorecer a construção do Freeport?
Não é preciso pensar muito para concluir que sim. A quem interessa um outlet com lojas de roupa de marca mais barata perto de Lisboa? Ao sexto homem mais elegante do mundo, certamente. O Freeport permite-lhe manter a mesma elegância, mas a preços mais baixos. Não sei se o primeiro-ministro cometeu alguma infracção ética ou até algum delito no caso Freeport, mas não deve ser menosprezada a ambição, inerente à condição humana, de ultrapassar o Karl Lagerfeld em garbo.

O terceiro ponto menosprezado pela comunicação social tem a ver com o facto que precipitou a investigação. Ao que parece, o juiz desconfiou do modo como o projecto foi licenciado. De acordo com a descrição do magistrado, tudo se passou de forma impecável, célere e competente. Estava à vista de todos que alguma coisa estava mal. Em Portugal, este costuma ser um bom método para descobrir ilegalidades. Se um projecto é aprovado dentro do prazo, alguém anda a receber dinheiro por fora. Normalmente, quando alguma coisa corre bem, é sinal de que há moscambilha."

- Ricardo Araújo Pereira, Os casos Freeport, in Visão, 29 de Janeiro de 2009.

Citações - 15 : O amor e o ...

" (...) Fui casado duas vezes e o único tempo em que não tive imenso sexo foi quando fui casado. Quando olho para trás, vejo que os tempos mais felizes para mim foram as primeiras fases do amor romântico, quando a paixão é mais forte e quando realmente nos importamos com alguém e alguém se importa connosco. O amor jovem, o amor novo, mantém-nos jovens. "

- Hugh Hefner, em entrevista à Time, reproduzida pela Visão de 29 de Janeiro de 2009.

Os nossos amigos gatos



Os cafés com gatos são a última moda em Tóquio. Nestes estabelecimentos, além dos habituais chá e café é possível conviver com gatos por cerca de 7 euros por hora. Os clientes brincam com eles, fazem-lhes festas e tiram-lhes fotografias. É possível encontrar desde homens de negócios que assim aliviam o stresse, a gente tímida, ou ainda aqueles que gostavam de ter gatos mas não têm casa para isso.


O regresso de Grace Jones

Depois de um intervalo de quase 20 anos, foi lançado no final de 2008 um álbum de inéditos de Grace Jones. Chama-se Hurricane, e este é um dos temas mais interessantes: William's blood.

As flores de Marc Quinn






No passado mês de Dezembro falei de Marc Quinn e das suas esculturas, deixando para outra ocasião outras das suas criações. Sugestionado pela inteligência das flores da nossa M.R. , resolvi mostrar uma das criações mais espectaculares de Quinn: o jardim congelado. Este Frozen Garden é um jardim imaginário de 1000 flores de várias estações, todas coexistindo artificialmente. Como? As flores estão imersas em 25 toneladas de silicone líquido, mantido à temperatura constante de -80º C. Não crescerão mais, mas também não morrerão- pelo menos enquanto a temperatura for mantida.É uma criação de 2000, e está na Fondazione Prada, em Itália.

Oleg Kulik e Monteverdi

Cumprindo o anunciado ontem, trago hoje mais uma encenação moderna, a realizada por Oleg Kulik, o provocante e provocador videasta russo-ucraniano para as Vésperas da Virgem de Claudio Monteverdi no Théâtre du Châtelet de Paris esta semana. Confesso que a primeira vez que li sobre a escolha do Kulik para encenar Monteverdi fiquei com os cabelos em pé. Kulik, o famoso homem-cão, um dos mais ousados artistas contemporâneos a encenar as Vésperas da Virgem? Aqui fica o teaser, produzido pelo próprio Châtelet e em que Kulik se explica.
Hoje é a última noite de apresentação, se alguém passar por Paris...

Novidades - 27 : No Mundo Antigo

Este é o 27º álbum das aventuras de Alix, uma das geniais criações de Jacques Martin, um dos mestres incontestados da banda desenhada franco-belga. Alix, que aos 60 anos ( nasceu em 1948 ) continua jovem, belo, intrépido e protector dos fracos e oprimidos. Confesso que foi uma das bandas-desenhadas que contribuiu bastante para o meu gosto e interesse pela Antiguidade Greco-Romana, e pelo prazer de viajar ( como não depois de ver Alix atravessar todo o Império Romano até à China? ) .
As últimas três aventuras não saíram já das mãos de Jacques Martin, afligido por problemas oculares, mas sim do jovem desenhador belga Christophe Simon, embora as sinopses sejam ainda escritas por Martin.
Quando há poucos anos visitei Cartago, não pude deixar de me lembrar de uma das aventuras de Alix que mais me impressionaram na adolescência, e fechando os olhos era fácil lembrar-me das terríveis noites que Alix e Enak passaram na grande cidade púnica.
Hoje em dia, o entusiasmo com que leio as aventuras de Alix não é o mesmo naturalmente de quando as lia há um quarto de século atrás mas rejuvenescem-me sempre o espírito.

- Le Démon du Pharos, Jacques Martin, Christophe Simon e Patrick Weber, Casterman.

arrumador

Este arrumador é o blogue do meu amigo João Paiva, e tal como o seu criador é um blogue irreverente e iconoclasta.
Além das opiniões do João sobre a política à portuguesa,também presta "serviço público": o João já viu o filme português Second Life que estreia hoje e diz de sua justiça.

Espreitem em http://arrumador.blogspot.com/

Frase da semana

"Em latim, adultério que dizer alteração, adulteração, colocar uma coisa em lugar de outra, crime de falsidade, uso de chaves falsas, contrato falso. Daí o nome adultério dado a quem profana o leito conjugal, como chave falsa introduzida em fechadura alheia."
Voltaire

A inteligência das flores - 2

Lírio, Tulipa e Arruda


maiacarvalho.blogs.sapo.pt/arquivo/Lirio.jpg




olhares.aeiou.pt

«[…] na Primavera, as fêmeas são alternadamente mais compridas ou mais curtas do que os machos. No Lírio, na Tulipa, etc., a esposa, muito alongada, faz o que pode para recolher e fixar o pólen. Mas o sistema mais original e mais fantasista é o da Arruda (Ruta graveolens), erva medicinal, bastante mal cheirosa, […]. Os estames, tranquilos e dóceis na corola amarela, esperam, dispostos em círculo, à roda do grosso pistilo. Na hora conjugal, obedecendo à ordem da mulher, que, aparentemente, faz uma espécie de apelo nominal, um dos machos aproxima-se e toca no estigma; depois, vem o terceiro, o quinto, o sétimo, o nono macho, até ao último que pertença à série ímpar. Em seguida, na série par, é a vez do segundo, do quarto, do sexto, etc. É deveras o amor à disciplina. Aquela flor, que sabe contar, parecia-me tão extraordinária, que eu, primeiro, não acreditei nos botânicos, e desejei verificar mais de uma vez o apego dela aos números antes de ousar confirmá-lo. Verifiquei que ela rarissimamente se engana.»
Maurice Maeterlinck
In: A inteligência das flôres. Lisboa: Clássica Ed., 1918, p. 37

A Valsa com Bashir


debate sobre o filme
A Valsa com Bashir
«A utilização do cinema de animação»
com a participação de: Fernando Galrito (realizador, professor universitário
e director artístico da MONSTRA), Luís Salvado (jornalista) e Regina Pessoa (realizadora).
Cinema King - Lisboa
30 de Janeiro sexta-feira

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Porque esta música não me sai da cabeça

desde que acordei e porque é uma das mais belas árias do barroco, aqui a compartilho com os nossos visitantes



Lamento de Dido, Dido e Eneias, Henry Purcell, Tatiana Troyanos

O amor em português - Fácil de entender

É um dos temas dos The Gift de que mais gosto. E ainda por cima, em português. É também para mim uma das mais belas canções sobre o amor escritas por cá nos últimos anos.

Alguns dos desportos mais originais

Bog Snorkelling

Parece simples, mas exige muita coragem. Este desporto consiste em nadar (percurso de ida e volta) numa trincheira escavada num trecho pantanoso e fétido com cerca de 60 metros de extensão. Os participantes têm de usar máscara de mergulho, tubo para respiração e barbatanas. Serve qualquer roupa desde que não seja equipamento próprio para natação ou mergulho. Se for de fato e gravata, tanto melhor!!

The tough guy

O tipo durão, é uma espécie de corrida desumana, realizada na Grã-Bretanha, que dura entre 90 minutos a 5 horas, dependendo da forma física do participante e do seu limiar de dor. Começa com uma longa corrida de cross-country, para depois os participantes entrarem numa pista com obstáculos infernais: cercas eléctrificadas, túneis subterrâneos e subaquáticos, fogueiras, arame farpado e toneladas de lama. Existe ainda uma versão mais radical praticada no inverno, com temperaturas abaixo de zero.

Xadrez-Boxe
As lutas resolvem-se no ringue, as guerras no tabuleiro é o lema deste desporto, que consiste em rounds de dois minutos de boxe, alternados com rounds de quatro minutos de xadrez. Sediado em Berlim, até tem uma associação, a “World Chess Boxing Association”.

Boa viagem!

O meu conhecimento de música chilena é muito limitado e desactualizado. Como já coloquei Violeta Parra há uns tempos, chegou agora a vez de Victor Jara, cantor das minhas preferências.

«Te recuerdo Amanda»

ONDE VOU ESTAR

Hoje não é "onde me apetecia estar", mas sim "onde vou estar". E vou estar durante os próximos 2o dias na América do Sul, começando pela cidade que vemos na imagem- Santiago, capital do Chile. Segue-se uma descida até à Patagónia, o Uruguai e a Argentina.Um sonho já antigo, agora finalmente concretizado. E em cruzeiro, passando pelo Cabo Horn e não muito distante de zonas polares.

Sob o olhar da lente - 15


Novamente a fauna e a flora... Fotos de António Nobre Marques

Lá fora - 17 : Windsor

- Uma das muitas aguarelas pintadas pelo Príncipe de Gales.

- Um dos livros escritos por Carlos de Gales sobre uma das suas paixões: a agricultura biológica.


- O Príncipe Carlos e a Princesa Ana ocupados a bordo do iate real Britannia, 1954, autor desconhecido.



- fotografia do grande Cecil Beaton




- Windsor Castle, o maior e o mais antigo castelo ainda ocupado do mundo.


Como noticiei oportunamente, o Príncipe Carlos fez 60 anos no passado dia 14 de Novembro. Para marcar o acontecimento, foi feita uma exposição na Drawings Gallery do Castelo de Windsor documentando as primeiras seis décadas da vida de Carlos de Gales com fotografias, brinquedos,livros escolares e de entretenimento, objectos preciosos, algumas das aguarelas que pintou e muitas outras lembranças de viagem, da carreira militar etc.


- HRH The Prince of Wales: An Exhibition To Celebrate His 60th Birthday, Drawings Gallery, Castelo de Windsor, até 22 de Fevereiro.