No antigo monumento ao Camões (erigido pelos estudantes para evocar o 3.º centenário da morte do poeta) que foi, por "acidente" destruído, a quando da construção da actual Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e mais tarde reconstruído e que tem andado de lugar em lugar (julgo que hoje está na Avenida Sá da Bandeira) havia uma frase tirada de Os Lusíadas (Canto IV) que procurava copiar a grafia antiga, em que se usava o tal "s" que parece um "f".
Julgo que já perceberam de que "s" se trata: Qualquer pessoa que resistir...
Voltando à história. Na estátua estava escrito, com este desenho gráfico: «As cousas arduas e lustrosas se alcançam com trabalho e fadiga». Quando levaram um "calouro" até ao monumento para que pudesse "contemplar" a "natureza anatómica" do leão representado na estátua – o que é impossível, dado que o leão os não tem, por erro do artista – mandaram que o estudante lesse a frase e "os" procurasse com trabalho e fadiga. E o estudante terá lido "As coufas arduas e luftrofas ..." o que foi uma risada completa... e em resposta leram em voz alta, para ver se o "calouro percebia", e trocando todos os "s" pelo som de "f" : "Af coufaf arduaf e luftrofaf...".
A história tem outras variantes... um lente que na "Aula Magna", perante o Rei (e perante "os Reis" em imagem), terá feito uma leitura "singular" da mesma estrofe de Os Lusíadas, pela edição original, dado que era muito culto. E aqui fica a reprodução da edição:
E pensem quanto "amorofa" terá sido a leitura...
Post delicioso, pela graça da história, que corre por Coimbra, e o humor inteligente.
ResponderEliminarPara JAD,
ResponderEliminara noite já vai longa, mas teria muitos exemplos a juntar sobre o "meu" - "efforçado" cauallero Don Florando.