quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Doces Conventuais e de Natal

O suplemento Life do DN, edição de 9 de Dezembro, tráz um interessante roteiro gourmet sobre algumas iguarias de Natal. Por achar interessante a história do pão-de-ló (porque a do bolo-rei é mais conhecida) passo a transcrevê-la (mais ou menos):

Uma das teorias ligadas à origem dos doces conventuais tem a ver com a elevada utilização da clara de ovo com que as freiras engomavam os seus hábitos. Havia, depois, que aproveitar as gemas e assim surgiu a mais diversa doçaria. O pão-de-ló é uma delas e pensa-se ter vindo de Castela, no séc. XV. Durante o período das descobertas, religiosos e missionários portugueses levaram-no para o Japão onde ainda hoje é uma sobremesa muito apreciada a que chamam "kusutera" (que poderá dizer Castela). Entre nós são muitas a variedades e formatos de pão-de-ló, sendo o mais conhecido o de Alfeizerão. Além dos de Ovar e Arouca, o mais famoso mesmo é o de Margaride. A casa mais antiga que mantém a tradição, quer na sua receita quer na confecção, é a Fábrica de Pão-de-Ló de Margaride, no seu formato mais tradicional, redondo com um buraco ao meio, cozido em formas de barro, forradas a papel. Existe desde 1730, tendo sido nomeada em 1888, por carta assinada pelo conde de São Mamede, formecedora da Casa Real e Ducal Casa de Bragança, podendo mesmo usar as armas ducais no seu papel timbrado. Mais tarde, em 1893, o estabelecimento de Leonor Rosa da Silva, proprietária da fábrica, foi nomeado fornecedor da Casa Real por alvará de el-rei D. Carlos, podendo mesmo colocar as armas reais na frontaria do estabelecimento, o que acontece até aos nossos dias.

Também fiquei saber que pão-de-ló e um bom queijo amanteigado é a combinação perfeita que realça ainda mais a qualidade daquele bolo.

7 comentários:

  1. A primeira vez que comi pão-de-ló com queijo da Serra foi, há muitos anos, em casa de uma amiga, da Guarda. À primeira vista, achei uma combinação estranha, mas quando provei...
    De qualquer modo, prefiro queijo com pão-pão. Ou com uma tosta (que também é pão-pão).
    Não tenho comprado o DN. Será que o Jad ainda o tem por lá?

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  2. Pena é que os chefs convidados tenham dado receitas de vários bolos sem as quantidades. Espertos!

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  3. Claro!
    Mas acho que tenho uma receita de pão-de-ló de Alfeizerão que já fiz e que era boa. Se quiser, coloco-a um dia destes.

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  4. Pode ser, obg. O pão-de-ló tradicional do Minho também deve ser bom. Junta-se à farinha raspa de laranja antes de a adicionar á massa. Gosto de bolos com laranja. Com limão, menos.

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  5. O pão-de-ló do Minho é, por excelência, o de Margaride (localidade muito próxima de Guimarães) que é muito bom. Comia-se na Páscoa, principalmente, acompanhado de "Vinho Fino" (Vinho do Porto, de quintas particulares). Havia uma casa, próximo da estação da Trindade, no Porto que vendia o pão-de-ló de Margaride original, bem como malgas de marmelada caseira, muito boa. Não sei se a casa ainda existe,hoje.

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  6. Comi muitas vezes pão-de-ló com queijo da Serra e achava divinal a combinação. :)

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