Hoje fui, finalmente, comer um gelado à loja de Claudio Corallo - cacau e café de S. Tomé. Os chocolates já conhecia - uma amiga ofereceu-me uma tablete, há uns três anos, e depois disso já experimentei outros, todos deliciosos. Desta vez fui à loja que ele abriu na Rua Cecílio de Sousa, 85 (junto ao Príncipe Real), para comer um sorvete de chocolate. Feito na hora, €2,50, digo-vos que é uma maravilha, não comparável a nenhum outro (de chocolate) anteriormente experimentado. A loja está aberta de 3.ª a sábado, entre as 11h00 e as 19h00.
Enquanto lia hoje, no Metro, a crónica de Ferreira Fernandes no DN (quem é que já está sorrir?), iam-se desfiando, na minha memória, situações que para mim tiveram importância semelhante (penso eu) àquela que o levou a dar esta espécie subtítulo ao seu texto: «Segue uma lista de provas de como não fico desiludido caso Stephen Hawking esteja certo e não haja Paraíso, depois. Já tive antes.» Retiro da crónica algumas ocorrências para poderem ter uma ideia do que falo: «[...] Frente a um quadro de Canaletto contar as personagens, descobrir sempre mais e, quando por três vezes a conta bater certo, aceitar que o cão que aparece atrás de uma gôndola também vale - recontar. [...]
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Paris.louvre.winged.500pix.jpg «Atravessar uma fazenda de açúcar de manhãzinha, cheirar a manhã, uma macaca saltar de uma palmeira para a outra com o saguim agarrado à barriga, topar que o meu pai sorriu porque sabe que também vi - e nada ter dito na cabina do camião. [...] «Ter vinte anos, não ter dinheiro nem documentos, subir a escadaria do Louvre e ser apresentado à Vitória de Samotrácia. Nunca ter ouvido falar de Woody Allen, entrar no cinema e ver Bananas. Nem saber quem era Émile Ajar, achar Romain Gary ridículo, abrir um livro e ler La vie devant soi. Entrar numa igreja que eu julgava qualquer e dar com o Moisés, de Miguel Ângelo. [...] Julgar que se despreza o fado e um dia, aos 17 anos, ter ouvido Carlos Ramos n'A Toca, e logo Não venhas tarde. Julgar que se viu Garrincha driblar. [...] «Subir ao Bairro Alto para ir trabalhar numa manhã de sábado. [...]»
Fiquei a saber que Romain Gary, que é um pseudónimo, escreveu sob outros nomes. Nunca li La vie devant soi. Não sei como é, mas há muitos livros que me têm levado ao Paraíso. Também fiquei deslumbrada a olhar para a Vitória de Samotrácia, quando aos dezanove anos fui ao Louvre.
E não pude deixar de me lembrar do que senti ao ver Nureyev dançar; da A morte e vida severina, com Chico Buarque (quando ainda não se sabia quem ele era); da primeira vez que vi Paco Ibáñez; de Leonard Cohen; etc. Também do fascínio que tenho por Garrincha (de que já aqui falei) e de ter visto George Best a jogar em Manchester (eu que não percebo nada de futebol).
Passear no Bairro Alto, visitar as livrarias, mas também ir do Campo Grande ao Cais do Sodré a pé, sempre ao sábado de manhã...
De um dia ter estado com um livro, acabado de sair, de Pérez-Reverte na mão, não o ter comprado, e 30 minutos depois dar de caras com ele (o escritor), ao subir a Av. da Liberdade.
Ver O rapaz do alaúde, de Caravaggio, no Hermitage; de ter visto muita outra pintura e muitos filmes, ouvido muita música, que nem consigo inumerar, que nos perturba. De entrar no Café Slavia em Praga, frequentado por Vaclav Havel, que muito admiro.
De férias e sítios maravilhosos: o Douro, o Gerês, Espanha, a Itália, a Inglaterra, a Noruega... e Nova Iorque, porque não esperava.
Até no trabalho tenho tido sorte - muitas horas de imenso prazer; e da família (nos sentidos estrito e amplo), já que, toda a vida, foi uma família alargada aos amigos.
Mas principalmente de ter vivido o dia 25 de Abril e seguintes. E de viver aqui, porque, apesar de tudo, isto está incomparavelmente melhor.
Quando JMS nasceu duas fadas benfazejas dirigiram-se ao seu berço. - Ofereço a este meu favorito - disse uma delas - a visão perspicaz da águia, a quem no imensidão do seu império não escapa sequer o mais pequeno mosquito.
- É um belo presente! (interrompeu a segunda) JMS tornar-se-á uma pessoa inteligente. Contudo a águia não possui somente perspicácia para detectar o mais pequeno mosquito, tem também o desdém de o não perseguir. E esse dom é o meu presente a JMS.
- Agradeço-te, irmã, por tão sábia restrição (redarquiu a primeira fada). Na verdade, muitos teriam sido bem mais grandiosos se não tivessem querido ocupar o seu espírito com as mais pequenas questões.
E este é o segredo para JMS ser quem é. Os meus parabéns no dia dos seus anos.
Fui ver este Brothers/Entre Irmãos, que conta com interpretações notáveis de Tobey Maguire ( o Homem-Aranha, que tem aqui uma excelente interpretação dramática), Natalie Portman ( a menina da segunda trilogia de Guerra das Estrelas que se tornou uma grande actriz), Jake Gylenhaal ( o cowboy moreno de Brokeback Mountain e que já sabemos ser um dos melhores actores da sua geração ) e um dos grandes actores ( e realizador e encenador) norte-americanos, Sam Shepard. Um comovente filme sobre a guerra (no caso, a do Afeganistão) e a culpa ( a dos sobreviventes, a dos pais ausentes, a dos filhos rebeldes, a de quem cobiça a mulher do próximo...). Tenho apenas algumas reservas quanto ao final, mas isso fica para outra altura. Vão ver.
É uma novidade de Junho, este livro do historiador Joaquim Leitão saído na Alêtheia. Diário dos Vencidos- O 5 de Outubro Visto pelos Monárquicos, tem prefácio de Vasco Pulido Valente. Ainda não li, mas está na lista de compras. E vou comprar também para ir oferecendo a alguns amigos... :)
Começou na quinta-feira mais uma edição do Festival D' Automne de Paris, que se prolongará até meados de Dezembro. Uma programação vasta, com cerca de 40 espectáculos virados para o contemporâneo: das artes plásticas às performativas. Uma boa razão, como se fossem precisas, para ir até à capital francesa.
Ao João Mattos e Silva um grande abraço de parabéns. Torna-se difícil encontrar uma canção, digna de alguém com uma vivência tão interessante e rica como a do João. Num mundo cada vez mais superficial, é um grande privilégio tê-lo como amigo e referência de valores e princípios. Obrigado pela amizade.
O tema escolhido vai ao encontro de uma conversa recente. Que tenha muitos, muitos Setembros pela sua frente.
Também o post-it está de parabéns. Criado nos laboratórios da 3M, um gigante das colas e fitas adesivas, pelo cientista Spencer Silver, não foi ao princípio um grande sucesso- a cola do papel era fraca... Mas depois o uso pegou e de que maneira...
Manuel Mujica Láinez nasceu em Buenos Aires, em 11 Set. 1910. Autor do monumental romance Bomarzo, foi um artigo de Mega Ferreira que há uns anos me despertou o interesse para ele. Comprei-o, mas está num monte à espera de ser lido.
«[...] Há cerca de trinta anos, um amigo recomendou-me um volumoso romance histórico do argentino Manuel Mujica Láinez, sobre o enigmático Pier Francesco Orsini, duque de Bomarzo, que se deu ao trabalho de mandar lavrar na pedra da sua propriedade uma fantástica galeria de figuras colossais, monstruosas e inverosímeis. Previsivelmente, o romance chamava-se Bomarzo, e, também previsivelmente, não estava publicado em Portugal. «Não me esqueci da referência, mas não procurei o livro. Achei, isso sim, num dos primeiros números da magnífica revista FMR, que o editor Franco Maria Ricci começou a publicar em finais dos anos setenta uma sumptuosa reportagem fotográfica sobre os monstros dos jardins de Bomarzo. Na primeira ocasião, comprei a edição espanhola de Bomarzo, setecentas páginas em letra cerradíssima, a pedir um tempo longo de espera antes que eu tivesse tempo (ou tempo de maturação) para o abordar. O romance ficou assim, letras azuis sobre fundo branco na lombada, à espera de melhores dias, durante os últimos vinte e dois anos. «Há cerca de três semanas, ao sabor de um zapping distraído, caíram-me os olhos numa figura que imediatamente identifiquei como um dos monstros de Bomarzo. Era um documentário da BBC; fiquei a vê-lo até ao fim. Depois, com fria determinação, levantei-me e fui à estante. Senti que tinha chegado o momento: ia finalmente ler Bomarzo. […] «Bomarzo é um romance de leitura compulsiva (unputdownable, dizem os ingleses), que conta a lenta, decantada, inexorável progressão do duque corcunda e aleijado para o coração das trevas, para a absoluta indiferenciação entre o Bem e o Mal, nele sublimada, segundo Mujica Láinez (de quem temos, em português, O Unicórnio, publicado em 1990 pela Cotovia), pelo seu magnum opus, as esculturas monumentais e fantásticas do jardim de Bomarzo. Neste livro, não há um único momento de tédio ou trivialidade. […]» António Mega Ferreira
Os Irmãos Catita, uma das bandas/alter-egos do Manuel João Vieira, actuam amanhã à noite no Maxime, em Lisboa. Assim sendo, recupero um dos temas mais conhecidos deles- Drogado. Se houvesse um Prémio Contra o Luso-Cinzentismo, estes eram sérios concorrentes...
Não seria mau preparar o Outono no Harmony Hill Wellness and Organic Spa, um resort/retiro de 17 hectares com vistas deslumbrantes, situado em Margate, a 30m de Hobart, capital da ilha-estado australiano da Tasmânia.
Tratamentos anti-envelhecimento,de medicina chinesa, ayurvédica, dietéticos,bem como massagens de todo o tipo.
A tradução inglesa da autobiografia da jovem austríaca Natasha Kampush há-de chegar primeiro às nossas livrarias ( se calhar à hora que escrevo até já chegou ), mas certamente que a tradução portuguesa não demorará muito. Entretanto, os jornais e revistas (também os lusos) vão reproduzindo alguns excertos deste longo calvário de 3,096 dias. Viver com um psicopata, satisfazer os seus desejos e caprichos- algo que parece inimaginável não deixar traumas profundos em qualquer um. Mas, aparentemente, a jovem autora deste volume recuperou rapidamente, embora visite ocasionalmente a casa onde esteve fechada durante anos e que actualmente é sua propriedade...
(...) Os empregaditos de café ou de uma oficinazeca de carpintaria ou de automóveis nunca serão famosos- e por isso nessa área o trabalho infantil é duramente perseguido. Claro que estas crianças que lidam toiros na arena ou correm em motos em pistas a sério ultrapassam todos os limites do tolerável. Porque aí não são só os pais a autorizá-los a fazer o que fazem, não são só as autoridades a promover esses eventos- é também o público a divertir-se com o espectáculo de crianças a arriscar a vida e às vezes a morrer na pista ou na arena. Como é possível haver espectadores que exultam a ver meninos a tourear touros em pontas ou a correr em motos a duzentos e tal à hora? Para os jovens que servem à mesa ou ajudam na carpintaria, porventura ganhando uma profissão, a tolerância é zero- não só em Portugal mas em todo o mundo chamado "civilizado". Mas para o trabalho infantil dos aspirantes a futebolistas, a modelos, a actores de tv, a pianistas, a bailarinos, a toureiros ou a corredores de motos a tolerância é máxima. É difícil perceber o mundo em que nos movemos. - José António Saraiva, No trabalho infantil também há ricos e pobres, no Sol de hoje.
A colhida grave sofrida pelo Michelito, o toureiro de 12 anos, na Praça de Calí, Colômbia.
Penso não sofrer de eurocentrismo, mas a verdade é que de vez em quando a sensibilidade (ou falta dela ) chinesa deixa-me estupefacto. Isto a propósito da nova colecção Diana Underwear da empresa chinesa de lingerie Jealousy International. Como se vê supra, contrataram uma sósia da falecida Princesa Diana e toca a fazer anúncios publicitários, mais ou menos caricatos ( Diana a tocar violoncelo?!) sobretudo pela mistura lingerie/diadema.
Pelo que li, ainda não houve qualquer reacção oficial por parte da Casa Real Britânica ou da família Spencer.
Um filme de João Botelho que gostava de ver ... O Desassossego, de Bernardo Soares, o livro pessoano que vou lendo ao sabor do vento. x "Serei sempre da Rua dos Douradores, como a humanidade inteira.” Bernardo Soares, Livro do Desassossego
E se o seu cancro o visitasse, perturbando a sua escrita, a degustação de uns belos brancos e a tranquilidade do seu retiro campestre com amante e tudo? É esta a premissa do mais recente filme de Bertrand Blier, estreado em França a 25 de Agosto. Espero que cá chegue este Le bruit des glaçons, nem que seja em dvd como já tem acontecido com outros...
Aqui há dias, uma pessoa amiga quis renovar o cartão Lisboa Viva. No guiché da estação Baixa-Chiado informaram-na que ali demorava dez dias úteis, para o poder ter em 24 horas devia dirigir-se ao Campo Pequeno ou à Alameda. Lá foi à estação da Alameda, tendo entrado pela Guerra Junqueiro, que dá acesso à Linha Verde. Nesse guiché demorava (parece-me que) quatro dias; para a modalidade de 24 horas tinha de ser no guiché da entrada que dá acesso à Linha Vermelha. Lá foi a esse guiché (por fora, já que não tinha bilhete), onde entregou os papéis. E no final, sabem o que lhe disseram? - Amanhã, para levantar o cartão é no guiché da entrada que dá acesso à Linha Verde. Vivemos num país de loucos!
O beijo de fraternidade socialista (osculum fraternum socialisticum) representa um gesto com que líderes de Estado de países do antigo Pacto de Varsóvia manifestavam a solidariedade entre as nações socialistas/comunistas. Consistia num abraço e beijos, por vezes dados também na boca. A imagem mostra-nos Erich Honecker (RDA) e Leonid Breschnew (União Soviética) num apogeu de felicidade, vivido em 1979.
Esta espécie muito particular provém provavelmente do beijo, habitual na saudação da Páscoa ortodoxa. O beijo socialista / comunista teria assim origens religiosas.... Será que Marx aceitaria tal proveniência?
Baixa-Chiado, escadas rolantes de acesso ao Chiado: ontem o terceiro lance continuava sem funcionar. E com o cartaz «Pedimos desculpa pelo incómodo», o qual, pelo que escreveu um utente (que gostaria de poder servir-se da escada), já dura desde 23 de Junho - há quase três meses.
Epígrafe de um livro que chegou há dois dias e de que falarei um dia destes: «O Paladar defende no homem a sua personalidade nacional. «E dentro da personalidade nacional a regional, que prende o indivíduo de modo tão íntimo, às árvores, às águas, às igrejas velhas do lugar onde ele nasceu, onde brincou menino, onde comeu os primeiros frutos e os primeiros doces, inclusive os doces e frutos proibidos.» Gilberto Freire - O açúcar, 1939
Pois era na Suiça, na Riviera Suiça mais propriamente, que me apetecia estar. Para assistir ao 74º Festival de Musique Classique Montreux-Vevey, que decorre até 12 de Setembro. Nas margens do lago Leman, nas localidades de Montreux, a mesma de um melhores festivais de jazz do mundo, e de Vevey, ouvindo grandes solistas, como o pianista Jean-Yves Thibaudet ou o violinista Corey Cerovsek, e também a Royal Philarmonic Orchestra.
Clara Haskil (1895-1960), virtuosa do piano, é homenageada nesta edição do Montreux-Vevey e pelas mãos de outro grande pianista, Paul Badura-Skoda, que tocará Bach, Mozart e Schubert.
Septembre musical, Festival de musique classique Montreux-Vevey, de 27 de Agosto a 12 de Setembro. http://www.septmus.ch
Ao ser beijado por um ser humano (por uma princesa, de preferência), o sapo deverá transformar-se em príncipe. Este tipo de beijo (saviatio ranae) nasceu num conto de fadas dos irmãos Grimm no século XIX. Há quem acredite nesta transformação...
Peter Sellers (1925-1980) faria hoje 85 anos, Sophia Loren vai estar em Portugal para ser homenageada num festival de cinema. Gosto muito de ambos, e este dueto é bem giro.
É o número de astrónomos que estão em Lisboa, reunidos em congresso, a discutir a origem do universo, mais concretamente o que há de novo relativamente à Teoria do Big Bang, até ao presente a mais consensual na comunidade científica.
Mas, embora eles não gostem nada e alguns até nos chamem burros, a pergunta que paira sempre no meu espírito é sempre a mesma- e o que havia antes do Big Bang?
Fiquei ontem surpreendido ao descobrir quem foi o prefaciador do primeiro livro de Aquilino Ribeiro- Jardim das Tormentas, 1913.
Trata-se de um ilustre cronista, e ficcionista de talento, infelizmente muito esquecido. E uma pessoa que eu jamais esperaria ter prefaciado o jovem Aquilino.
De quem se trata?
Vá, meus caros, toca a procurar nas vossas (ou noutras ) estantes.
«Os bordados de Viana do Castelo nasceram das ornamentações do traje (mangas, ombros, peitilhos e cabeções) a partir duma exposição de bordados realizada em 1917 […].Foi D. Germiniana Branco de Abreu e Lima (1887-1962), da Liga Republicana das Mulheres Republicanas, que, com quatro bordadeiras rurais, resolveu utilizar estes motivos e técnicas em toalhas, guardanapos, reposteiros e aventais, e fundou a respectiva manufactura, que em 1918 já contava mais de uma vintena de mulheres.»
Alberto A. AbreuIn: Viana do Castelo: roteiros republicanos. Matosinhos: Quidnovi, 2020, p. 20
Eu pensava que o bordado de Viana era mais antigo. Mas depois desta "descoberta", temos mesmo de ir a Viana...
Encontrei no link assinalado esta natureza morta que achei deliciosa. O que mais me interessou nesta tela é o movimento que o pintor transmite com o desequilíbrio do cesto e as cerejas que caem. Também gostei do título.
Há uns dias coloquei uma natureza morta com ameixas. Comparando as duas telas posso dizer que gosto mais desta por causa do movimento introduzido pelo pintor. Todavia, o conceito de beleza é relativo.
Um Dicionário que me faltava era o de Jerónimo Cardoso (1.ª ed., Coimbra, João de Barreira, 1555). E hoje consegui um exemplar que é, ao que parece, de uma edição bastante rara, embora seja já de 1695.*
E enquanto se esperava pelo jantar MR passou os olhos e encontrou a seguinte frase e explicação (p. 212-213):
Língua quo vadis? Onde vais língua? Dir-se-á isto aos que falam o que não devem. Porque a língua é o melhor e o pior membro que temos; dele depende a nossa vida e morte (actualizada a ortografia).
*Coimbra, João Antunes. Os responsáveis pela edição que a Biblioteca Nacional de Portugal está a fazer da obra de João Frederico Arouca, Bibliografia das Obras Impressas em Portugal no Século XVII, não localizaram nenhum exemplar. Informa que se trata de "notícia transcrita do Arquivo de Bibliografia Portuguesa, III, pg. 212"; contudo apresenta mais informações (formato e n.º de pp.) [Arouca C 134].
Alterei o post às 15:24 h porque pensei que a minha ideia poderia não ser bem interpretada. A minha visão pode ter sido abusiva. Agradeço a quem me avisou. No comentário coloquei a minha ideia.
Camilo Pessanha nasceu em Coimbra, na freguesia da Sé Nova, a 7 de Setembro de 1867 e faleceu a 1 de Março de 1926 em Macau.
O último filme de Visconti, adaptação de uma obra de Gabriele d'Annunzio, com Giancarlo Giannini e Laura Antonelli. Mais uma incursão de Visconti na aristocracia em decadência.
Doze minutos de epílogo de Lost, com algumas respostas para alguns dos mais duradouros mistérios da série. Mas fiquei com mixed feelings sobre este The New Man In Charge porque sou daqueles que continua desiludido com o final da espectacular série. Foram meia dúzia de anos à espera de luz e o que apareceu soube a pouco. Mas compreendo a razão principal deste epílogo: vai ajudar a vender a caixa da sexta temporada e a da série completa...
A 6 de Setembrode 1975 era Rod Stewart quem dominava o top britânico de singles com esta Sailing de que todos se lembram certamente. Este vídeo tirado do YouTube é de 1994, durante uma digressão pelo Japão.
Espero que este volume de ensaios não passe despercebido, e penso que não acontecerá dada a qualidade dos autores. Com coordenação de José Neves, são " Trinta ensaios sobre o povo, nas suas várias vertentes, identitárias, sociológicas, revolucionárias, quotidianas e artísticas."
A edição é da Tinta da China.
Está associado à mega-exposição da Fundação EDP, que termina a 14 deste mês. Tempo de ir ver ou rever.
Estreou há dias, abrindo o Festival de Veneza, o novo filme de Darren Aronofsky. Um thriller passado no mundo da dança clássica. Com Natalie Portman, Mila Kunis e Vincent Cassel. Não faltará, pois, sensualidade.
Claude Monet - Les lilas, temps gris Óleo sobre tela, 1872 Paris, Musée d'Orsay
vem, meu amor, traz contigo os lilases. segue as pistas que te deixei entre as pedras da memória.
vem guardar-nos do inverno.
Renata Correia Botelho In: Um circo no nevoeiro. Lisboa: Averno, 2009, p. 29
Claude Monet - Lilas au soleil Óleo sobre tela, 1872 Moscovo, Museu Pushkin
Obrigada a quem encontrou o livro e mo ofereceu - o olho de lince. E agradeço a APS ter-me dado a conhecer esta poetisa (ou, se preferirem, poeta). Nunca digo poetisa em tom displicente.
O beijo de saudação (savium primum) representa o sinal de boas-vindas entre dois seres humanos. Em muitos países, instituíu-se como ritual, mesmo entre desconhecidos. Nalgumas regiões em França, são cinco os beijos a dar...
Tarquinio Merula (1594/5 - 1665, Cremona) figura entre os mais conceituados compositores da Música Antiga italiana do século XVII. Exerceu funções de organista em Cremona, Lodi e na corte polaca. Seus concertos de música sacra para voz equiparam-se à qualidade compositora de Monteverdi ou Gabrieli.
Do vasto espólio da sua obra profana, segue a Ciaccona (género de composição popular no período pré-barroco/barroco), interpretada pelo conjunto Il Giardino Armonico. Buona notte!
Com um início calmo, pela mão de Kitty Kallen, que a 5 de Setembro de 1954 era quem vendia mais discos no Reino Unido com esta Little Things Mean A Lot. Um título com que concordo. Não são só os grandes gestos que contam, os pequenos também são importantes.