quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Os 50 anos do assalto ao Santa Maria



O assalto ao barco Santa Maria vai estar em debate amanhã, 6.ª feira, pelas 18h00, na Livraria Leya na Barata (Av. de Roma) em Lisboa. Nele intervêem Camilo Mortágua, revolucionário participante na Operação Dulcineia, e José António Barreiros, tradutor de Eu roubei o Santa Maria, de Jorge Soutomaior. O assalto ao Santa Maria, dirigido pelo capiotão Henrique Galvão, teve como objectivo alertar a comunidade internacional para a ditadura de Salazar.
Durante o debate será apresentado o livro Eu roubei o Santa Maria, escrito em 1972 e agora traduzido para a língua portuguesa.
«A obra relata a tomada e o desvio do paquete de luxo português «Santa Maria», com cerca de mil pessoas a bordo entre passageiros e tripulantes, praticado por um comando revolucionário luso-galaico, o DRIL, a 22 Janeiro de 1961, com o objectivo de combater a ditadura de Salazar. Escrito por Jorge Soutomaior, nome de guerra do activista e comandante galego José Fernández Vázquez, nele se fazem revelações inéditas sobre o acontecimento que se liga ao início da insurgência em Angola, a 4 de Fevereiro de 1961. Livro polémico, Eu roubei o Santa Maria revela as contradições políticas da Operação Dulcineia comandada pelo capitão Henrique Galvão e inspirada pelo general Humberto Delgado, bem como os conflitos de personalidade de Jorge Soutomaior com Henrique Galvão, desmentindo que este último tenha sido o estratega e o líder do incidente tal como a História fez passar. O drama histórico e a tragédia humana fluem ao longo da escrita de uma aventura que custou a vida ao piloto do navio, Nascimento Costa» (do comunicado da LeYa).

4 comentários:

  1. Se algum oficial de Marinha ler este post fica logo enjoado. Barco?! Navio! Se há distinção que eles prezam é essa, até os da Mercante...
    Barco é coisa de civis e para civis :)

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  2. E lembrar aquela voz de falsete (quando o navio chegou ao Tejo) a dizer: "Obrigado!, portugueses..."

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  3. Luís, vê-se logo que é o meu caso. :)

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  4. APS, lembro-me bem da voz de falsete.
    E também me lembro de ter ido ao aeroporto, com o meu pai, comprar o Paris Match que trazia uma grande reportagem sobre o assunto.

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