Páscoa feliz, de José Rodrigues Miguéis, foi a primeira obra que li deste escritor e adorei, de tal modo que fui lendo o que estava disponível do autor. Uma paixão que dura até hoje. Li-o, pela primeira vez, nesta edição de 1932, com capa de Fred Kradolfer. É um dos livros que mais tenho oferecido, pela Páscoa. Quando alguém não o conhecia,chegava a Páscoa e lá iam umas amêndoas com este Miguéis. Ainda este ano pensei oferecê-lo, mas depois passou-me.
Esta é a edição que presentemente tenho: 3.ª ed., de 1965. Ofereci muitos desta, comprados em alfarrabistas e do da ed. de baixo, a 2.ª ed. de 1958, também adquirida em alfarrabistas.
«Recebo poucas visitas e, coisa estranha, não reconheço algumas das pessoas que se dizem das minhas relações. Interrogam-me, invocam nomes, datas, olham-me com espanto e curiosidade. Com franqueza, irritam-me. Às vezes rato-as mal. A impressão que me fica é de tê-las conhecido, sim, mas numa vida anterior de que me não resta lembrança viva... Há certos enigmas contra os quais luto em vão.» (p. 23-24)
Este livrinho de Henry Miller foi-me oferecido por uns amigos em 1966. Gostei de tal modo dele que durante muito tempo o ofereci. Ainda há pouco tempo quis comprar um exemplar para oferecer e não encontrei.
Não sou particular leitora de Henry Miller - já fui! -, mas continuo a achar este «sorriso aos pés da escada» adorável.
«Sentado aos pés de uma escada que subia para a lua, Augusto quedava-se em contemplação, sorriso fixo, pensamento algures. O simulacro de êxtase, por ele levado à perfeição, impressionava sempre os espectadores como se fora o cúmulo do contra-senso. O favorito tinha mais truques na manga, mas este era inimitável. Jamais ocorrera a um palhaço figurar o milagre da ascenção.» (p. 21-22)
E chegámos ao Pacheco e aos Doutores. No Natal de 2002, devo ter comprado uns dez exemplares deste livro para oferecer. E quem o recebia era sempre no meio de grandes sorrisos e risadas.
«Era no tempo em que os animais falavam. O Menio Jesus tinha então doze anos e estava um homenzinho.» (p. 19) Promete!...
«Era no tempo em que os animais falavam. O Menio Jesus tinha então doze anos e estava um homenzinho.» (p. 19) Promete!...
Quanto aos livros que me ofereceram, o caso é mais bicudo. Fica para amanhã.
Quando puder responderei ao desafio.
ResponderEliminarLi tambbém Henry Miller há uns anitos. No entanto esse que foca não conheço.
Verei se o encontro.
De José Rodrigues Miguéis também gosto.
O Pacheco e os Doutores não li mas promete!:)
Fico curiosa quanto aos que recebeu...
ResponderEliminarIsabel, já vou espreitar as respostas no seu blogue. :)
ResponderEliminarHenry Miller li seculos atras, e gosto muito, adoro o Oscar Wilde, e tantos outros que é dificil me lembrar de todos:)))
ResponderEliminarbeijos
É engraçado como as respostas são tão diferentes. Não há assim tantas respostas, mas os livros e os autores escolhidos, são muito diferentes. É muito interessante.
ResponderEliminarDo Henry Miller, li os clássicos.
ResponderEliminarEste nem conhecia o título.
Mas sempre capreciei o Somerset Maugham. Creio que li tudo quanto ele escreveu ( passando, naturalmente, pela Servidão Humana, Fio da Navalha, etc, etc...).
Porém, um que reli não sei quantas vezes, é um de contos, cujo nome, de momento, me escapa.
HHá uma história de dois amigos que é uma MARAVILHA !
Ed. Ulisseia.
João Menéres,
ResponderEliminarO desafio era cingirmo-nos aos livros que mais oferecemos e aos que mais gostámos que nos tivessem oferecido.
Também gosto do Somerset Maugham e A servidão humana foi o primeiro livro que li dele.
Em tempos, houve um inquérito, penso que no Arpose, sobre o Top 10 dos nossos livros preferidos. E no Prosimetron, uma série sobre «O livro da minha vida».
Este Henry Miller tem um registo diferente dos outros livros dele.
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