sábado, 25 de agosto de 2012
Daqui a pouco...
Um café e um pastel de Santa Clara (que são estes dois aqui à frente, à esquerda). Os de feijão (lá atrás, ao centro) também são deliciosos. A dificuldade aqui está na escolha.
Um dia destes voltarei à doçaria de Vila do Conde.
Um quadro por dia
António Carneiro, Praia da Figueira da Foz, 1921, óleo sobre madeira, 16x24cm, Colecção CAM- Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
" Foi na Figueira da Foz que António Carneiro pintou as suas praias com maior animação estival, repletas de banhistas com os seus guarda-sóis, toldos e açafates. Mas não se trata de uma nova vontade realista de descrever pormenorizadamente as figuras. Pelo contrário, e de modo inédito, elas encontram-se reduzidas a meros signos, quase como garatujos aleatórios de cor sobre a superfície pictórica, num sinal de progressiva abstracção nas paisagens do artista. "
- Afonso Ramos, António Carneiro, Quidnovi, 2010.
Praias de Portugal - 3.b)
Cartaz, 1925
Cartaz, 1929
Uma mistura um pouco estranha: Vila do Conde e Marie Laforêt. Contudo, Vila do Conde é uma das minhas praias preferidas (já andou aqui pelo blogue) e, no geral, gosto das canções desta francesa.
Os sete dias da semana: cantigas alentejanas - 6
O sábado é junquilho,
Que cheiro tão angelical;
Não há amor como o meu,
Nem coração mais leal.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Entre os livros e a música
Hoje visitei as minhas amigas Cláudia e Alexandra Ribeiro. Passei o dia entre os livros e a música. Visitei a Confeitaria Serrana focada no Prosimetron por MR e é para MR que deixo:
As flores da confeitaria Serrana.
No mundo da Cláudia e da Alexandra Ribeiro, a Livraria Lumière.
MR,
Sorri quando soube que podia tê-la encontrado. :)
Vim mais rica do Porto com vários livros: Semana Santa (1891), da Biblioteca do Povo; Internato (1ª edição, 1946) de João Gaspar Simões; O Homem como Fim (1964) de Alberto Moravia; Seis Annos na Índia (1876)de Carlos Pinto d' Almeida; trouxe mais uns livros que descreverei oportunamente e, finalmente, uma surpresa: Arte Tempo (ensaio, sd.) de Vergílio Ferreira. Obrigada, Cláudia.
A Casa da Música do arquiteto Rem Koolhaas. Sala dos azulejos (réplicas da Viúva Lamego) com vista para a Boa Vista.
A Casa da Música, uma preciosidade. Uma das perspetivas, quanto a mim, das mais bonitas pois o poliedro rasga os céus e contrasta com o casario tradicional.
Retomo aqui uma questão que me pus há quarenta anos, ou seja quando a reflexão me era particularmente um modo de me entender. Que relação há entre o "belo" - perguntava-me eu - e aquilo de que ele é no tempo uma expressão?
Vergílio Ferreira, Arte Tempo, edições rolim, p.9 (direcção da colecção Eduardo Prado Coelho)
Ó fascista...
Pensava eu que tinha já sido eliminada a velha táctica de chamar " fascista " por tudo e por nada, ou sem o mínimo suporte na realidade, e eis que afinal é uma prática bem viva como pudemos ver na recente polémica ocorrida nas páginas do Público entre dois historiadores da nossa praça, Rui Ramos e Manuel Loff.
Podemos não concordar com algumas das interpretações do Prof.Ramos, mas daí a considerá-lo um historiador fascista vai um passo tão grande que apenas cobre de ridículo Manuel Loff. De aplaudir a resposta serena, objectiva, factual de Rui Ramos.
ONDE ME APETECIA ESTAR
A aproveitar o imenso horizonte desfrutado a partir do Swallow's Nest/Ninho da Andorinha, o castelo neo-gótico construído há precisamente 100 anos, em Gaspra, perto de Yalta ( Crimeia ).
Vila do Conde: «O lugar onde o coração se esconde»
George Vivian - Vila do Conde
Rep. de litografia de 1839
é onde o vento norte corta luas brancas no azul do mar
e o poeta solitário escolhe igreja para casar
O lugar onde o coração se esconde
é em dezembro o sol cortado pelo frio
e à noite as luzes a alinhar o rio
O lugar onde o coração se esconde
é onde contra a casa soa o sino
e dia a dia o homem soma o seu destino
O lugar onde o coração se esconde
é sobretudo agosto vento música raparigas em cabelo
feira das sextas feiras gado pó e povo
é onde se consente que nasça de novo
àquele que foi jovem e belo
mas o tempo a pouco e pouco arrefeceu
O lugar onde o coração se esconde
é o novo passado a ida para o liceu
Mas onde fica e como é que se chama
a terra do crepúsculo de algodão em rama
das muitas procissões dos contra-luz no bar
da surpresa violenta desse sempre renovado mar?
O lugar onde o coração se esconde
e a mulher eterna tem luz na fronte
fica no norte e é vila do conde
Ruy Belo
E pode ouvir o poema dito por João Ricardo Pateiro, aqui:
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=2371680
Os sete dias da semana: cantigas alentejanas - 5
Sexta-feira é um ramo,
Que se faz de dif'rentes flores,
Rosas, cravos, jajemins,
Maravilhas, e amores.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
"O Coração da Tempestade"
Um filme difícil mas com um elenco notável. Realizado por Fred Schepisi e com as interpretações sublimes de Charlotte Rampling, Geoffrey Rush e Judy Davis.
Goa em 1747
A Ana acabou os seus trabalhos. Parabéns.
O arcebispo que estudou foi sagrado na Catedral de Lisboa, a 30 de Março de 1721, e partiu para para o Oriente. Esta é uma vista da sua Metrópole, feita no período em que foi Arcebispo. A gravura foi aberta, em Lisboa, 1747, por Guilherme Francisco Debrie (?-1755).
Para a Ana, com um obrigado!
Para a Ana, com um obrigado!
Em Braga
Gravura de C. M. Coutinho, ca 1890
Capela de Nossa Senhora da Conceição
Litografia de Charles Legrand, 1847
Sé de Braga
Litografia de Charles Legrand, 1847
Os sete dias da semana: cantigas alentejanas - 4
Quinta-feira é violeta,
Mimosa e triste florinha,
Que simbolisa os meus pesares,
E a mágoa que me definha.
"Ir a nove"
De quando era miúdo, mesmo muito miúdo, só me recordo de uma ou outra história.
Uma delas era a do "putapé até nove" queria eu dizer, levas um pontapé que até vais a nove. Tinha dois anos e pouco.
E um dia, no elevador da Glória, mostraram-me ao "vivo e a cores" o que era ir a nove... foi a primeira vez; mais tarde voltaram a recordar-mo numa viagem de eléctrico até Belém. É que no Aterro (ninguém dizia Av. 24 de Julho) o eléctrico "voava" com a sua velocidade no máximo. E, então, mostraram-me o guarda-freios a rodar, ora para a esquerda, ora para a direita, uma alavanca, com uma roda dentada, que fazia (ti-ti-ti-ti....) saltando de número em número até chegar ao máximo, o ponto 9 da escala... e aí ninguém conseguia agarrar o eléctrico.
Desenho "roubado" aqui . É a alavanca que está sobre o combinador (a peça mais à esquerda). Não é a roda...
Homenagem a A. H. de Oliveira Marques (1933-2007) que hoje faria 79 anos e que com amor e carinho me ensinou muito do que eu sei.
Uma delas era a do "putapé até nove" queria eu dizer, levas um pontapé que até vais a nove. Tinha dois anos e pouco.
E um dia, no elevador da Glória, mostraram-me ao "vivo e a cores" o que era ir a nove... foi a primeira vez; mais tarde voltaram a recordar-mo numa viagem de eléctrico até Belém. É que no Aterro (ninguém dizia Av. 24 de Julho) o eléctrico "voava" com a sua velocidade no máximo. E, então, mostraram-me o guarda-freios a rodar, ora para a esquerda, ora para a direita, uma alavanca, com uma roda dentada, que fazia (ti-ti-ti-ti....) saltando de número em número até chegar ao máximo, o ponto 9 da escala... e aí ninguém conseguia agarrar o eléctrico.
Desenho "roubado" aqui . É a alavanca que está sobre o combinador (a peça mais à esquerda). Não é a roda...
Homenagem a A. H. de Oliveira Marques (1933-2007) que hoje faria 79 anos e que com amor e carinho me ensinou muito do que eu sei.
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
O Porto de Germano Silva
Germano Silva iniciou-se no jornalismo em 1959. O seu interesse pela cidade veio-lhe por achar que «só seria um bom repórter se conhecesse o Porto, a origem das ruas, as personalidades, os factos políticos.»
(http://jpn.c2com.up.pt/2009/10/15/germano_silva_em_50_anos_o_porto_tornouse_decadente_e_apagado.html)
É de há uns anos para cá o grande divulgador da cidade do Porto.
Este livro, que saiu com o Jornal de Notícias, merecia uma edição comercial.
Não li todos, mas li alguns e com grande prazer.
Boa tarde!
Wissenbourg: Lith.F.C.Wentzel, ca 1850?
Para a Cláudia Ribeiro. E também para o João Menéres, nossos visitantes potuenses.
Portugal seduz
Este nosso pequeno rectângulo à beira mar plantado, com 300 dias de sol por ano, seduz que o visita em férias ou em trabalho, mas também é o palco preferido para as maiores campanhas publicitárias. Bom e barato é o que dizem os produtores do destino luso, particularmente Lisboa, que apaixona as mais variadas marcas que escolhem sobretudo cenários turísticos facilmente reconhecíveis.
Portugal também é procurado pela facilidade em conseguir autorizações e filmar cá pode ser até 40% mais barato do que em Londres ou Paris, ou mais mais de 20% mais económico do que em Madrid.
Mas como não há bela sem senão, alguns dos pedidos frequentes ficam pelo caminho como seja filmar em monumentos nacionais, sobretudo nos geridos pelo IGESPAR que implica um pagamento de 30 mil euros diários para filmagens, incomportável para as marcas, ou nas pontes de acesso a Lisboa (excepto se for de helicóptero para não perturbar o trânsito). Praias lotadas são também terrenos proibidos nos meses mais quentes.
Portugal também é procurado pela facilidade em conseguir autorizações e filmar cá pode ser até 40% mais barato do que em Londres ou Paris, ou mais mais de 20% mais económico do que em Madrid.
Mas como não há bela sem senão, alguns dos pedidos frequentes ficam pelo caminho como seja filmar em monumentos nacionais, sobretudo nos geridos pelo IGESPAR que implica um pagamento de 30 mil euros diários para filmagens, incomportável para as marcas, ou nas pontes de acesso a Lisboa (excepto se for de helicóptero para não perturbar o trânsito). Praias lotadas são também terrenos proibidos nos meses mais quentes.
Os sete dias da semana: cantigas alentejanas - 3
Lisboa, 11 maio 2012
Quarta-feira é a rosa,
A mais aromática flor;
Não há outra que lhe iguale,
E assim é o meu amor.
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Boa noite!!
Soube hoje que Scott McKenzie faleceu dia 18. E que não gostava da sua voz.
Ouvi esta música vezes sem conta. Fui à procura do 45 r.p.m. para colocar aqui a capa, mas não o encontrei.
A fórmula de Marcelo, essa de que se fala
No domingo, na TVI, surpreendendo quem pensava que ele ia falar dos cortes nos subsídios, o professor Marcelo deu a tática ao FC Porto. Disse: "Onde se vai buscar pontos para ganhar o campeonato? Há duas fórmulas. A fórmula Benfica e a fórmula FCP corrigida. A fórmula Benfica é essa de que se fala, foi o que o Benfica fez para ganhar o campeonato no ano passado, quando foi buscar 50% de pontos a todos os clubes. Isto é a fórmula Benfica. O que é que tem a seu favor? Já passou na Federação. Se a Federação já aprovou um campeonato ao Benfica, agora é só dar o dobro de pontos ao Porto. Bom. Depois, há a fórmula FCP corrigida: em vez dos outros clubes perderem os dois jogos, é só perderem nas Antas e depois o resto é para ser repartido por todos. E, portanto, o Pinto da Costa tem de optar ou por aderir à tese Benfica - o que não deixa de ser irónico, porque os portistas disseram as últimas do Luís Filipe Vieira - ou à tese do FCP corrigida. A segunda é mais justa e por uma razão: o Porto não ganha um campeonato há anos..." Aí, Judite de Sousa interrompeu: "Há aqui algo que me está a fazer confusão. Não tenho ideia de que ganhou o Benfica." Marcelo: "Então, não?!" Judite: "Quando?" Marcelo: "No... no... ano passado. Não se lembra?" Judite: "Nos dois últimos anos quem ganhou foi o Porto." Marcelo: "Foi?!!!"... - Isto aconteceu (mais ou menos) no domingo passado. No próximo, o professor vai falar da vitória da Alemanha na II Guerra Mundial.
Ferreira Fernandes
DN, Lisboa, 21 ago. 2012
Ainda há quem oiça o Marcelo. E o que está ali a fazer Judite de Sousa? Um dia destes ainda nos vem dar lições de jornalismo isento. Disgusting!
Sardinhas - 4
Duas edições (1952 e 1958) do mesmo livro para promover as nossas sardinhas no estrangeiro.
Nada mais rápido do que uma refeição de sardinhas em dia de limpezas.