De Tarde
Van Gogh, Papoilas e Borboletas, 1890,
Museu Rijksmuseum, Amesterdão
De Tarde
Naquele "pic-nic" de burguesas, Houve uma cousa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.
Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.
Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o Sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.
Mas, todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!
Cesário Verde, Obra Completa de Cesário Verde. Lisboa: Ed. Livros Horizonte, 2003, (8.ª edição).
Uma das telas que encontrarei no Rijksmuseum em Amesterdão.
Gostei muito de todo o post.
ResponderEliminarVais a Amsterdão?
Desejo-te umas boas férias!
Aproveita bem!
Um beijinho
Ana, este poema de Cesário Verde é lindíssimo!
ResponderEliminarHá um cliente que o sabe todo de cor.
E o quadro de Van Goh simplesmente genial!
Um beijinho.:))
Gostei do quadro, de que me não lembrava.
ResponderEliminarBom dia!
Isabel,
ResponderEliminarObrigada. Irei no final de Agosto. Tenho tanta vontade de conhecer a cidade, o museu Van Gogh e o Rijksmuseum, a Casa de Rembrandt... Estou a fazer um roteiro, vamos lá a ver se consigo ver o que planeio.:))
Cláudia,
Fantástico, acho graça a quem memoriza assim poesia.
Obrigada. :))
MR,
:))
Beijinho para todas.