sábado, 18 de janeiro de 2014
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Inverno
O Inverno chegou, rigoroso e triunfante.
Jan Mankes (1889-1920), Row of Trees, 1915, Rijksmuseum, Amesterdão
Parque Dr. Manuel Braga, Coimbra
Um apontamento singular, um prenúncio de Primavera invernosa
Bom fim de semana!
Paris em vinheta
Marc Chagall, Paris par la fenêtre, 1913, óleo sobre tela, 136x141,9cm, Solomon R.Guggenheim Museum, Nova Iorque.
Uma cidade onde viveria parte do ano sem qualquer problema. Uma cidade que tem tudo para todos, da arte antiga à contemporânea, espectáculos os mais diversos etc. E depois é uma cidade com rio, com tudo o que isso implica. Há mais de 20 anos que a visito, e há sempre recantos por descobrir, novos motivos de interesse, memórias que ficam gravadas.
O Metro transporta menos 10 milhões de passageiros por ano
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/trabalhadores-do-metro-de-lisboa-em-greve
Li isto num jornal esta manhã: o Metro transportou em 2013 menos 4 milhões de passageiros do que em 2012 e menos 10 milhões do que em 2011. E dava a entender que estes passageiros viajavam à borla. Tretas!
Só quem não anda de Metro - o jornalista do Destak devia fazer umas viagens de Metro a várias horas e em várias linhas - é que pode ficar espantado com isto. Com tantos desempregados e tendo sido retirados os descontos nos passes aos reformados e aos estudantes... Sei de um adulto e duas crianças que usavam passe. Quando acabaram os descontos para as crianças, passaram a andar de carro que lhes fica mais económico.
Até há dois anos eu queixava-me imenso do mau (ou não) funcionamento das escadas rolantes do Metro.
Agora queixo-me de: 1) viajar quase sempre em pé e apertada (devido à redução de carruagens); 2) do intervalo de dez minutos (e mais) que chega a haver entre um metro e o outro. E isto quando há ligações chega a ser uma espera de mais de 20 minutos nos cais, fora as viagens...; 3) de quase diariamente haver atrasos e interrupções (e não estou a falar de greves porque estas são legais) nas linhas do metro: ora é a amarela, ora é a azul, a vermelha ou a verde. E o que faz uma pessoa se tem de estar a determinada hora num sítio? Tem de sair do metro e tomar um táxi. E o bilhetinho do metro já lá ficou porque para o reaver a complicação é mais que muita.
Acresce a isto que €1,40 por viagem e um passe de €35,00 (parece que já aumentou) para a média de salários do nosso país é excessivo.
E que dizer da complicação com o carregamento das várias modalidades de bilhetes no Lisboa Viva? É uma cena kafkiana. Mas também se percebe: assim compra-se mais um cartão e o Metro empocha mais €0,50.
Museus, num artigo do Público
Trago o trecho do artigo de Luís Raposo para uma reflexão: Museus em face do presente e do futuro.
"Em Novembro de 2013 foi dado a conhecer um Eurobarómetro referente aos hábitos culturais dos europeus especialmente devastador para o caso português. (...)
Chegados aqui, voltamos, porém, ao princípio, ou seja, à situação em que nos encontramos nesta “ocidental praia lusitana”, onde não definhamos apenas por falta de dinheiro, mas também (ou sobretudo) por carência de política e de cidadania. Onde a moléstia atingiu tal dimensão que, nesta “triste e leda madrugada”, políticos, gestores e agentes culturais todos nos refugiamos em lugares de recuo e sobrevivemos apenas na nossa vidinha diária, tentando encontrar nela nichos de pequena felicidade. Onde, mais do que lutar, parece que desistimos também de pensar".
Luís Raposo, Público, 17-1-2014
Link
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Pensamento (s)
Consumir, usar
A diferença entre consumir e usar : consumir destrói o objecto, faz com que aquele objeto desapareça; usar mantém o objecto de tal maneira que ele pode voltar a ser usado mais tarde. Talvez em piores condições, sim, mas ainda vivo.
Um frigorífico quase a durar tanto quanto um produto da terra que exija ser consumido de imediato, antes que se estrague.
O frigorífico já não se aproxima da duração resistente de uma árvore, aproxima-se da duração de um só fruto.
Projeto ( avançar até ao limite ) : transformar tudo em objeto de consumo. Nada ser estável. Os livros, as estátuas e os edifícios : tudo ter no máximo a duração de uma semana. Depois, a estátua deixa-se cair, apodrecer - como acontece com as laranjas.
(...)
- Gonçalo M.Tavares, na Visão desta semana.
Um canguru nos finais do séc. XVI
A ser verdade esta notícia, esta iluminura de um canguru nos finais do século XVI ou começos do XVII, acabam as dúvidas sobre se os Portugueses teriam chegado, ou não, à Austrália antes de do holandês Willen Janszoon, em 1606.
E a notícia é: está a ser estudado, em Nova York, um manuscrito de música, dos finais do XVI começos do XVII, com uma iluminura representando um canguru. Texto e música para uma procissão, de Catarina de Carvalho, uma freira das Caldas da Rainha.
ler a notícia em:http://m.theage.com.au/entertainment/books/16thcentury-manuscript-could-rewrite-australian-history-20140115-30vak.html?skin=iphone
P.S. - O manuscrito foi comprado em Lisboa.
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Cinenovidades
Quatro décadas depois da primeira adaptação, eis que volta às salas de cinema a Marquesa dos Anjos agora protagonizada por Nora Arnezeder e com Gérard Lanvin como Conde de Toulouse.
Novidades
A obra colectiva que celebra o tricentenário da Escola de Dança francesa, desde a sua fundação por ordonnance de Luís XIV, passando por Cléo de Mérode, Yvette Chauviré, Serge Lifar e tantos outros até aos dias de hoje, nem sequer interrompida pela Segunda Guerra Mundial.
É uma edição Albin Michel, em colaboração com a BNF e a Opéra National de Paris.
Será que a nossa M.R. vai resistir a esta tentação ? :)
É uma edição Albin Michel, em colaboração com a BNF e a Opéra National de Paris.
Será que a nossa M.R. vai resistir a esta tentação ? :)
Lá fora - 194
Uma exposição inédita sobre as três irmãs de Napoleão, com 140 quadros, esculturas, jóias e acessórios provenientes de grandes museus e das colecções dos seus descendentes, franceses e italianos. Reinaram em Itália, mas sujeitas aos altos e baixos da carreira do célebre irmão. Vidas que davam filmes...
É no museu Marmottan Monet, até 2 de Fevereiro. www.marmottan.fr
A arte do retrato
Bela tela, não é ? Pois não é, trata-se antes de um belo mosaico! Um mosaico sobre painel, 79x60cm, seguindo o São Pedro de Guido Reni e atribuído a Filipp Cocchi, de quem se conhece na mesma técnica um também soberbo retrato de Catarina II da Rússia. No século XVIII, os ateliês do Vaticano produziam estes mosaicos fantásticos a partir de grandes pinturas barrocas, escolhendo e depois talhando pedaços de pedras duras. Este São Pedro rezando foi oferecido a dois grandes mercadores, Joannes Baptista e Paul Jacob Cloots, nobilitados por Filipe V de Espanha em 1718 e feitos barões em 1725, e manteve-se até agora na sua descendência. É o lote 71 da habitual venda Of royal and noble descent, que se realiza todos os Janeiros na Sotheby's de Londres ( dia 23 ).
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Para quem não viu...
Conferência de Vítor Pereira na Arábia Saudita, Até fiquei com respeito por ele. O melhor será ele por-se ao fresco.
Lá fora - 193
- Autoportrait, 1885, Lausanne, Musée cantonal des Beaux-Arts
- La chambre rouge, 1898, Lausanne, Musée cantonal des Beaux-Arts.
Uma grande retrospectiva de Félix Valloton no Grand Palais, em Paris, com telas provenientes de vários museus franceses e suiços.
Pensamento ( s )
(...) Camões está prestes a sair do activo, esvai-se e cai no esquecimento. Já não seremos um povo de líricos, dentro de pouco tempo. Navegamos na Internet e não mais além da Taprobana. Tenho pena. Camões foi para mim uma dificuldade amável, gostava de dividir as orações nos Lusíadas, como se divide a risca do cabelo : escrupulosamente. Foi um parente que nos fez sombra pelo que tinha de rico, formoso e infinito. Agora é mais um profeta no desemprego. " Costuma ferir a sombra aos que cantam ", disse Vergílio. Por isso os poetas serão sempre maltratados pelos que na sombra vivem.
- Agustina Bessa , in Caderno de Significados, Guimarães, 2013.
Bom dia !
Uma carreira de 70 anos, agora lembrada numa antologia de 16 cd e um livro de 94 páginas. Uma edição Parlophone.
Rossini em Paris
É um melodrama giocoso esta obra de juventude de Rossini, agora reposta no Théâtre du Châtelet, de 20 a 29 de Janeiro.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
Música e bailado fantásticos
De Jean-Philippe Rameau (1682-1764), um trecho da ópera- bailado Les Indes Galantes., Les Sauvages
Um quadro por dia
John Atkinson Grimshaw, At the Park Gate, 1878, óleo sobre tela, 51x61cm.
Grande pintor realista britânico, retratou como ninguém as paisagens urbanas da Era Vitoriana, de Londres a Glasgow, de Liverpool a Leeds. Esta tela é o lote 89 do leilão de 22 de Janeiro na Bonham's de Londres.
Nova vinheta
Uma vinheta " enciclopédica " para assinalar no próximo dia 15 de Janeiro os 13 anos da Wikipedia. Cada vez mais fiável, cada vez menos manipulada, dando sempre pistas para aprofundar as nossas pesquisas. Auto-financiada graças aos donativos dos utilizadores, é um dos casos de sucesso da Internet.
domingo, 12 de janeiro de 2014
Boa noite!
Esta noite trago uma preciosidade fonográfica.
Make believe you are glad when you're sorry.
Sunshine will follow the rain.
«Lede tudo, sobretudo as obras»
«Estou a pensar no Cesariny, de quem todos falam, surrealismo para aqui, surrealismo para a colá, mas que, no fundo, poucos conhecem. Se o conhecessem, amá-lo-iam; se o amassem, haviam de lê-lo pela pura necessidade de o ler.»
Alexandre O'Neill - «Lede tudo, sobretudo as obras». In: Uma coisa em forma de assim. Lisboa: assíri & Alvim, 2004, p. 218