sábado, 8 de março de 2014
Partilha
Partilho o chocolate que me ofereceram com todas as mulheres que por aqui passam.
Não conhecia esta receita do Jubileu com pétalas de rosa.
Cabides espalhados pela Baixa de Coimbra. Confesso que não gostei de alguns "dizeres".
Auto-retrato(s) - 195
Charley Toorop ( 1891-1955 ), Auto-retrato, 1928, óleo sobre tela, Museu Boijmans Van Beuningen, Roterdão.
Hoje tinha de ser uma mulher :), no caso a talentosa filha do pintor holandês Jan Toorop.
Hoje tinha de ser uma mulher :), no caso a talentosa filha do pintor holandês Jan Toorop.
Alberto Caeiro 'nasceu' há 100 anos
Carta astral de Alberto Caeiro, feita por Fernando Pessoa.
Alberto Caeiro nasceu no ano em que começou a Grande Guerra.
http://purl.pt/1000/1/alberto-caeiro/obras/bn-acpc-e-e3/bn-acpc-e-e3_item234/P1.html
A guerra que aflige com os seus esquadrões o Mundo,
É o tipo perfeito do erro da filosofia.
A guerra, como todo humano, quer alterar.
Mas a guerra, mais do que tudo, quer alterar e alterar muito
E alterar depressa.
Mas a guerra inflige a morte.
E a morte é o desprezo do Universo por nós.
Tendo por consequência a morte, a guerra prova que é falsa.
Sendo falsa, prova que é falso todo o querer alterar.
Deixemos o universo exterior e os outros homens onde a Natureza os pôs.
Tudo é orgulho e inconsciência.
Tudo é querer mexer-se, fazer cousas, deixar rasto.
Para o coração e o comandante dos esquadrões
Regressa aos bocados o universo exterior.
A química direta da Natureza
Não deixa lugar vago para o pensamento.
A humanidade é uma revolta de escravos.
A humanidade é um governo usurpado pelo povo.
Existe porque usurpou, mas erra porque usurpar é não ter direito.
Deixai existir o mundo exterior e a humanidade natural!
Paz a todas as cousas pré-humanas, mesmo no homem!
Paz à essência inteiramente exterior do Universo!
Alberto Caeiro
24-10-1919
Bom dia !
Arriba ! Que é dia longo. E tinha de começar hoje com uma senhora : a brilhante violinista espanhola Leticia Moreno.
Homenagem...
A nossa vinheta é dedicada ao Dia da Mulher.
Almada Negreiros, Homenagem a Luca Signorelli, 1942,
Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian
Your mind and you are our Sargasso Sea,
London has swept about you this score years
And bright ships left you this or that in fee:
Ideas, old gossip, oddments of all things,
Strange spars of knowledge and dimmed wares of price.
Great minds have sought you — lacking someone else.
You have been second always. Tragical?
No. You preferred it to the usual thing:
One dull man, dulling and uxorious,
One average mind — with one thought less, each year.
Oh, you are patient, I have seen you sit
Hours, where something might have floated up.
And now you pay one. Yes, you richly pay.
You are a person of some interest, one comes to you
And takes strange gain away:
Trophies fished up; some curious suggestion;
Fact that leads nowhere; and a tale for two,
Pregnant with mandrakes, or with something else
That might prove useful and yet never proves,
That never fits a corner or shows use,
Or finds its hour upon the loom of days:
The tarnished, gaudy, wonderful old work;
Idols and ambergris and rare inlays,
These are your riches, your great store; and yet
For all this sea-hoard of deciduous things,
Strange woods half sodden, and new brighter stuff:
In the slow float of differing light and deep,
No! there is nothing! In the whole and all,
Nothing that's quite your own.
Yet this is you.
EZRA POUND (daqui)
sexta-feira, 7 de março de 2014
Para MR
Ainda a tempo e vendo que já está servida de doces, aqui ficam umas flores para alegrar esse jantar no Grand Colbert!
E ficando pelas flores e em França, no ano em que estamos e sem querer dar ideias, aqui deixo um exemplar do uso heráldico de cravos (estes ainda por cima de vermelho!).
Parabéns!
Le Grand Colbert
Então não aparecem? Estou à vossa espera para jantar neste restaurante, na rue Vivienne, em Paris.
E para que não nos esqueçamos das cenas finais de Alguém tem que ceder, um cartaz do filme está afixado numa das montras.
Até já!
E para que não nos esqueçamos das cenas finais de Alguém tem que ceder, um cartaz do filme está afixado numa das montras.
Até já!
Parabéns, MR
Parabéns, happy birthday, herzlichen Glückwunsch, auguri! Uma selecção de chocolates gianduia para a MR. Se precisar de ajuda ....
Citações : Ainda Relvas
(...) num Portugal sofrido e causticado por uma austeridade a que não se podia fugir, mas em que, por isso mesmo, as preocupações de natureza ética deveriam ser a obsessão maior de quem tem a ingrata tarefa de conduzir o país, o simbólico gesto da " reabilitação " de Miguel Relvas ganha contornos de uma burrice política inqualificável. Mas, sobretudo, de uma afronta tremenda a todos os portugueses. É assim que o interpreto. É assim que o julgo. Sem mais papas na língua.
- Pedro Norton, na VISÃO.
Para M.R.
Parabéns ! E aqui vai ouro, mas doce - lingote Dingo ( " chocolat, caramel, noix de pécan e Carambar " ) da pastelaria parisiense Les Enfants Gâtés.
Parabéns MR!
Parabéns, MR.
Um dia muito feliz!
Angela Barret, Anna Karenina (2008)
Natalia Povoroznyuk e Nikolay Radush - Anna Karenina, Boris Eifman Ballet
Magnólias do meu jardim:))
quinta-feira, 6 de março de 2014
Citações
(...) Mas cada um é militante do que é. Eu sou militante de uma nesga de esperança. Se podemos viver a vida toda alimentados por um dia de felicidade que tivemos, na História das nações também é assim : existem momentos em que há um relâmpago que ilumina tudo. Walter Benjamim só vê o relâmpago iluminar ruínas até ao teto. Mas eu prefiro ver o contrário : há relâmpagos que iluminam algo bom para o futuro. (...)
- excerto da entrevista a Lídia Jorge, na VISÃO desta semana.
Silva designers em expo
A Abysmo convida para a inauguração da Exposição Coletiva de Ilustração.
7 de março, sexta, a partir das 19h00.
Rua da Horta Seca, 40, Lisboa
Marcadores de livros - 144
Frente e verso de um marcador que já tinha visto no Palavras daqui e dali, mas que ganhei há dias.
Espera-se que esta experiência continue, até para podermos enriquecer as nossas coleções. :)
Obrigada, Cláudia!
quarta-feira, 5 de março de 2014
Carta de Pêro Vaz de Caminha no Público
Carta de Pêro Vaz de Caminha no Público, 5 de Março 2014
Adriana Calcanhotto, directora por um dia, quis que a carta de Pêro Vaz de Caminha fosse publicada nesta edição de aniversário, por esse documento ser a prova de os portugueses acharem que descobriram o Brasil.
Público, 5/o3/2014
Trabalhos de Março...
Trabalho no jardim ou embelezamento dos vasos faz-se a partir de Março.
Hoje com o sol dei início a estes trabalhos.
Na Casa Hortícola de Coimbra, Baixa, Coimbra
Trabalhos que anunciam a Primavera - A Poda
Jornalistas sóbrios e manchetes alcoólicas
«No DN colaborou em tempos Fernando Pessoa, um bêbedo. Um tipo que era apanhado, não poucas vezes, em flagrante de litro. Para desculpa do DN, naqueles tempos ainda não havia o arsenal de leis purificadoras que permite, hoje, o Correio da Manhã (salve, ó bíblia dos costumes morigeradores!) tirar os seus jornalistas da perdição. Um jornalista tipo CM vai para uma reportagem e salta-lhe ao caminho o advogado da empresa: "Fulano, vamos lá ao nosso exame de deontologia!" O advogado aponta a linha reta feita a giz que o jornalista, de braços abertos, tem de percorrer sem bambolear. Exame conseguido, o jornalista já pode ir fazer, por exemplo, a manchete de ontem do CM: "Pai de Sicrano em fuga por tráfico de droga". Não importa que o Sicrano, de 19 anos, não tenha culpa dos tráficos do pai. Leva com o seu nome, o traje de trabalho (Sicrano é jogador de futebol) e a foto na primeira página. Algumas almas piedosas podem não achar isto bonito, mas o importante, não é?, é que aquela manchete não foi feita por um bêbedo. Um jornal com manchetes alcoólicas, fontes anónimas e jornalistas sóbrios. E, suspeito, talvez outros jornais lhe sigam o exemplo. Infelizmente, eu, que sempre bebi pouco, tenho de declarar que nunca soprarei o balão numa redação. Cruzei-me com alguns camaradas talentosíssimos e bêbedos, e, esgotadas todas as tentativas de lhes chegar às canelas, quero guardar a última esperança de o conseguir com uns copos.»
Ferreira FernandesIn: Diário de Notícias, Lisboa, 28 fev. 2014
Em geminação com o Arpose.
Queijo
Retirado de um livro de Isabella Beeton
Gosto muito de queijo e vario muito. Agora tenho comido queijo da ilha e um de mistura de vaca, cabra e ovelha (apimentado) da Herdade do Barão.
Compro quase sempre queijos portugueses, mas de vez em quando lá vem um francês ou um inglês, ou um ma manchego espanhol. Nunca flamengo (mesmo do legítimo) nem queijos suíços, que não aprecio.
terça-feira, 4 de março de 2014
Arte Urbana
Em ligação com os peixes da Jarra d'Ormoy,(1926, Sèvres) colocada por MR, aqui fica um peixe realizado por Mário Belém, Arte Urbana.
Mural no Centro de Arte e Espectáculos da Figueira da Foz.
Para os poetas antigos, o mar era íntimo da Grande Mãe como matriz do ser, cujos filhos-amantes eram peixes. Eles davam a entender que, para se compreender a água há que estudar os peixes; para compreender os peixes, há que estudar a água.
Katthleen Martin (editor), Livro dos Símbolos, Reflexões sobre Imagens Arquetípicas. Lisboa: Taschen,p.202
segunda-feira, 3 de março de 2014
Querias uma foto? Toma um pontapé!
Que esperar de um tipinho que, numa entrevista ao Público, disse: «"Fui mobilizado para a Guiné como atirador por ter participado numa manifestação contra o regime, não tinha noção das consequências que tal me podia acarretar", confessa. Foi o momento de uma opção: "Antes de embarcar fiquei uns dias no Porto, indeciso, se devia ir para a guerra ou para Paris ou Amesterdão, onde já estavam o Jorge Palma e o Júlio Hélder Moura Lucas, um amigo meu que era do MPLA". A decisão foi tomada por moeda ao ar: "Estava num café, atirei a moeda, saiu coroa... fui à guerra".» (8 abr. 2012)
O «Tesouro dos remédios da alma» - 22
Para quem tem passado o dia em Roma. :) (Difícil de adivinhar...)
O «Tesouro dos remédios da alma» - 21
Vejam este pequeno filme (20 minutos) de Alain Resnais sobre a BnF.
Para Jad.
Pensamento ( s )
Aprender várias línguas é questão de um ou dois anos; ser eloquente na sua própria exige metade de uma vida.
- Voltaire
- Voltaire
A arte do retrato
Battista Dossi, Retrato de Alfonso I de Este, 1530, Galleria Estense, Modena.
Um homem notável, tanto pelos talentos militares como pelos variados interesses : músico, ceramista, ourives e alquimista. Foi também o terceiro e último marido de Lucrécia Bórgia, que acabou os seus dias na sofisticada e faustosa corte de Ferrara.
Um homem notável, tanto pelos talentos militares como pelos variados interesses : músico, ceramista, ourives e alquimista. Foi também o terceiro e último marido de Lucrécia Bórgia, que acabou os seus dias na sofisticada e faustosa corte de Ferrara.
Lá fora - 198
- Picasso, La femme au miroir, 1959.
- Hélion, L' homme à la face rouge, 1943.
- Charley Toorop ( 1891-1955 ), Trois générations, autoportrait, 1929.
Além de Magritte e Warhol, citados no cartaz, e destas três por mim escolhidas também dezenas de outras telas de Bacon, Giacometti e outros pintores que fizeram do rosto a marca do retrato do século passado.
Patente em Marselha, na Vieille Charité.