sábado, 20 de dezembro de 2014
Louvável
http://www.panoramio.com/photo/71685995
A comunidade muçulmana recebeu, na Mesquita de Lisboa, cristãos carenciados para um repasto de Natal. Atitude bonita e louvável de diálogo entre religiões.
Apesar dos muçulmanos não acreditarem no Natal, agraciaram os católicos com uma festa de humanidade.
Apesar dos muçulmanos não acreditarem no Natal, agraciaram os católicos com uma festa de humanidade.
O meu jantar
Os mexilhões de trás, com frites. :)
Se há uns anos me dissessem que eu comeria (e gostaria) de mexilhões com batatas fritas...
Presentes Prosimetrónicos - 2
No seguimento da postagem do Luís, este ano, e dado o pouco tempo que tenho tido, optei por oferecer um presente igual (ou quase) a todos os prosimetronistas e nossos visitantes: o calendário da APCC, este ano dedicado à ilustradora Marta Madureira; e um folheto (8 p.) do Homem do Saco (aqui na sua versão «Troppo Inchiostro»). E disse quase igual porque cada um destes livros é de impressão manual, tem propositadamente diferenças na cor.
E, se os presentes não chegarem, já sabem: a culpa é dos CTT (Luís dixit). :))
Boas Festas!
Um retábulo
Nesta altura de Natal há pinturas que nos tocam pela beleza ou mistério que encerram. É o caso do Tríptico: A Sarça Ardente de Nicolas Froment, um pintor provençal.
O retábulo foi encomendado pelo rei René d’Anjou (1409-1480) num acto de devoção, provavelmente, para obter a sua salvação. O rei aparece no volante do lado esquerdo, acompanhado pela sua segunda mulher, Jeanne de Laval, representada no volante do lado direito.
O retábulo foi encomendado pelo rei René d’Anjou (1409-1480) num acto de devoção, provavelmente, para obter a sua salvação. O rei aparece no volante do lado esquerdo, acompanhado pela sua segunda mulher, Jeanne de Laval, representada no volante do lado direito.
A alegoria da sarça ardente está ligada à Imaculada Concepção de Maria e surge como um trono (de redenção) em destaque no painel central. Na base o anjo apresenta o redentor a Moisés.
Nicolas Froment, Tríptco de Buisson ardent 1475-1476,
Catedral de Saint-Sauveur d’Aix-en-Provence
O Menino segura na mão um espelho que reflecte a Virgem e Jesus, o retorno ao pecado original.
No volante esquerdo, estão representados o rei René, já referido, Santa Maria Madalena, Santo António (abade) e São Maurício. No painel da direita surgem as seguintes figuras: a segunda mulher do rei, Jeanne de Laval, também já referida, São João Evangelista, Santa Catarina e São Nicolau.
O retábulo fechado apresenta a Anunciação.
Froment manifesta na sua pintura a influência de pintores flamengos e italianos.
Informações baseadas no texto da "Direction régionale des affaires culturelles Provence-Alpes-Côte d'Azur, juin 2011" em pdf :www.culturecommunication.gouv.fr/
.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
Um quadro por dia
Ignacio Zuloaga ( 1870-1945 ), Cayetana de Alba, 1930, óleo sobre tela.
Um retrato enquanto menina da recentemente falecida Duquesa de Alba, mas o mais curioso pormenor é a figura mais à esquerda na tela, Mickey Mouse, surgido escassos dois anos antes ( 1928 ) .
Bom dia !
De um dos discos do ano, Amália no Chiado, tantos anos depois destas gravações esquecidas.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
A nossa vinheta - A Virgem com o Menino
A Virgem com o Menino, pequeno tondo, de provável origem flamenga (1505-1510).
Museu Nacional Machado de Castro
Adquirido pelo bispo de Coimbra, D. Jorge de Almeida, para o seu Paço, onde está instalado o Museu. O autor, Adriaen Isenbrant, era um dos mais reputados e prolíficos pintores da escola de Bruges nas primeiras décadas do séc. XVI.
Presentes Prosimetrónicos
Para M.R. escolhi esta enciclopédia sobre a " rainha do crime ", mais de 1000 entradas em 504 páginas onde são analisadas todas as personagens e os livros, mas também muitos factos biográficos. É das éditions Télémaque. www.editionstelemaque.com
Um grande pintor espanhol, um dos maiores, para o nosso João Mattos e Silva, nesta edição da Taschen que contou com a colaboraçãode José López-Rey e do Wildenstein Institut.
As 80 mais belas bibliotecas do mundo, escolhidas pelo historiador da arquitectura James W.P. Campbell e fotografadas por Will Pryce, para o nosso JAD. Uma edição da Citadelles&Mazenod.
A simbólica e a melhor pintura ( Bellini, Tintoretto, Tiziano, Veronese, Tiepolo ) ao serviço do poder no Palácio dos Doges, porque a República de Veneza queria mostrar-se igual a Roma ... Um livro que o nosso JP seguramente apreciará.
Já todos saberão por esta altura a razão desta minha escolha para o nosso MLV, que abraçou a arte milenar da preservação de certos alimentos. Um desafio e uma segunda vida :)
O mítico grupo sueco para o nosso Filipe Vieira Nicolau, um álbum sumptuoso com prefácio dos próprios.
Last but not least, o duplo álbum que celebra os 30 anos da Fondation Cartier pour l' art contemporain para o nosso benjamim, o João Soares. Um edifício magnífico, e o inventário de três décadas de exposições com testemunhos de muitos artistas.
Se não vos chegarem às mãos, a culpa é naturalmente dos CTT :) :) :) BOAS FESTAS !
Penso que a Ana aprecia este grande pintor renascentista italiano, cuja obra é aqui objecto de estudo por um grande especialista, Alessandro Angelini, numa bela edição da Imprimerie Nationale :
Um grande pintor espanhol, um dos maiores, para o nosso João Mattos e Silva, nesta edição da Taschen que contou com a colaboraçãode José López-Rey e do Wildenstein Institut.
As 80 mais belas bibliotecas do mundo, escolhidas pelo historiador da arquitectura James W.P. Campbell e fotografadas por Will Pryce, para o nosso JAD. Uma edição da Citadelles&Mazenod.
A simbólica e a melhor pintura ( Bellini, Tintoretto, Tiziano, Veronese, Tiepolo ) ao serviço do poder no Palácio dos Doges, porque a República de Veneza queria mostrar-se igual a Roma ... Um livro que o nosso JP seguramente apreciará.
Já todos saberão por esta altura a razão desta minha escolha para o nosso MLV, que abraçou a arte milenar da preservação de certos alimentos. Um desafio e uma segunda vida :)
O mítico grupo sueco para o nosso Filipe Vieira Nicolau, um álbum sumptuoso com prefácio dos próprios.
Last but not least, o duplo álbum que celebra os 30 anos da Fondation Cartier pour l' art contemporain para o nosso benjamim, o João Soares. Um edifício magnífico, e o inventário de três décadas de exposições com testemunhos de muitos artistas.
Se não vos chegarem às mãos, a culpa é naturalmente dos CTT :) :) :) BOAS FESTAS !
Um quadro por dia
Avaliado em 400 000 euros, este Study for Marilyn de James Rosenquist ( 1933 - ) foi vendido a 29 de Outubro na Christie's de Paris a um coleccionador americano por 1 497 000 euros .
Humor pela manhã
Muito adequado também para o Metro de Lisboa, que ontem teve a sua 7ª greve do ano e na Segunda terá a 8ª sem que os comuns mortais percebam sequer o que querem os trabalhadores afinal ...
Grande Guerra - 22
Às 4h30, de 18 de dezembro de 1914, as tropas alemãs investem sobre o posto de polícia de Naulila, onde se encontram 580 portugueses. O combate dura várias horas, com 70 portugueses mortos, e acaba com a retirada de ambas as partes.
O livro de Augusto Casimiro, tenente que veio a integrar o Corpo Expedicionário Português e a fundar a revista Seara Nova, pode ser lido em: http://purl.pt/24821.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
Boa noite!
A banda sonora que o madeirense Nuno Malo, radicado nos EUA, compôs para No God, no Master, é candidata aos Óscares.
Fiquei então a saber que Nuno Malo é também o autor da banda sonora de um filme espanhol que vi há pouco, que em Portugal foi intitulado Doce Amargo Amor. Penso que até lhe dediquei uma postagem.
Sobremesas de Natal - 1
Plache Blanche, é este o nome do tronco de Natal do Café Pouchkine ( Rue des Francs-Bourgeois, 2, Paris ). E aqui fica a descrição técnica : un coeur de caramel fondant, un biscuit et une fine mousse de chocolat.
Frase da semana que passou
Escolhi esta de Henrique Leitão, vencedor do Prémio Pessoa 2014 , contida na entrevista concedida ao Expresso do passado Sábado :
[ A história científica portuguesa era ] " contada de uma forma muito tímida, um pouco miserabilista e eu, nos arquivos, não encontrava nada disso. Encontrava coisas interessantíssimas. (...) Não temos Copérnicos nem Galileus, mas não me digam que não tem interesse ".
Um trabalho persistente que tem mudado ideias feitas, um prémio merecido .
Números
45 900 000 000
Este grande número, quarenta e cinco mil e novecentos milhões de euros, corresponde ao valor estimado da economia paralela em Portugal em 2013, o valor mais alto de sempre e equivalente a quase 27% do PIB nacional.
E foi explicado por Óscar Afonso, vice-presidente do Observatório de Economia e Gestão de Fraude :
(...) Temos a economia ilegal, que aponta para tráfico de droga, armas e lavagem de dinheiro. Temos a subterrânea, oculta e não declarada, relacionada com fuga aos impostos e às contribuições para a segurança social, e que também pode passar por lavagem de dinheiro. Há ainda a economia informal, que tradicionalmente são os " biscates ", onde a motivação primeira não é a fuga aos impostos, mas sim uma forma de sobrevivência. Por último, temos o autoconsumo, aquilo que antes comprava e agora faço, por exemplo, dar explicações ao meu filho, ou o quintal que passei a cultivar.
( entrevista à Visão )
Linces em Mértola
Foi ontem que Jacarandá, uma fêmea de 3 anos nascida no Centro Nacional de Reprodução de Linces Ibéricos de Silves, e Kathmandu, um macho de 2 anos nascido num centro similar em Granadilla, Espanha, foram libertados num cercado com 2 hectares no Parque Natural do Vale do Guadiana. Nos próximos meses, irão ter a companhia de mais oito exemplares. Uma nova vida para um dos felinos mais ameaçados de extinção em todo o planeta.
Leituras no Metro - 195
Lisboa: Gradiva, 2014
As Curandeiras Chinesas: Um motim que abalou a I República é um romance histórico de Joaquim Fernandes, baseado num caso muito falado e discutido.
Em novembro de 1911, duas chinesas chegam a Lisboa e recuperam a visão dos cegos mais pobres que as consultam. Depois de o caso chegar aos jornais, há uma histeria coletiva e as autoridades ordenam a expulsão das duas curandeiras. A decisão acende um rastilho de protestos, dando lugar a inflamados comícios. Há mortos, feridos e detidos em motins da Baixa lisboeta.
O livro é interessante, até porque eu não sabia mais sobre o assunto do que aquilo que li na Ilustração Portuguesa e noutros jornais da época. Acho a escrita um pouco arrebicada. Parece-me que o narrador (um jornalista) pretende aproximar-se do estilo de 1911.
O livro é interessante, até porque eu não sabia mais sobre o assunto do que aquilo que li na Ilustração Portuguesa e noutros jornais da época. Acho a escrita um pouco arrebicada. Parece-me que o narrador (um jornalista) pretende aproximar-se do estilo de 1911.
Humor pela manhã
Isto deve ser o cúmulo de qualquer coisa, mas nem consigo dizer bem o quê. Só me lembro do comentário algo politicamente incorrecto que um amigo meu costuma fazer : " E pensar que também votam ".
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Nos 250 anos da morte de Rameau
Maqueta de traje (tinta e aguarela) para Dardanus, de Louis-René Boquet, na Opéra Garnier, 1768
Por ocasião dos 250 anos da morte de Jean-Philippe Rameau, a BnF e a Ópera Nacional de Paris propõem um percurso da obra lírica do músico, na exposição Rameau et la scène.
De 1733 até à sua morte em 1764, Rameau compõe uma vintena de obras para a Corte ou para a Ópera de Paris, explorando todos os géneros. Através dos traços deixados pelas representações, da criação de Hippolyte et Aricie em 1733 até à última representação desta ópera no Palais Garnier, em 2012, a exposição confronta as apresenta-nos diversas montagens de espetáculos, do século XVIII até ao princípio do século XX, das obras de Rameau.
A exposição abriu hoje no Palais Garnier, em Paris, e pode ser vista até 8 de março de 2015.
De 1733 até à sua morte em 1764, Rameau compõe uma vintena de obras para a Corte ou para a Ópera de Paris, explorando todos os géneros. Através dos traços deixados pelas representações, da criação de Hippolyte et Aricie em 1733 até à última representação desta ópera no Palais Garnier, em 2012, a exposição confronta as apresenta-nos diversas montagens de espetáculos, do século XVIII até ao princípio do século XX, das obras de Rameau.
A exposição abriu hoje no Palais Garnier, em Paris, e pode ser vista até 8 de março de 2015.
A BnF dedica o n.º 46 da sua revista a Rameau. João Mattos e Silva já aqui falou de umas descobertas feitas naquela instituição a propósito da obra deste compositor.
Para além do dossier dedicado ao músico, tem um artigo sobre a guerra franco-prussiana, no âmbito da história da BnF; outro sobre as primeiras edições francesas de Jane Austen; e inéditos vários. Uma revista feita para o público em geral.
Boa noite!
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
Grande Guerra e cartões de Natal
No âmbito do centenário da Grande Guerra, aqui ficam uns cartões de Natal.
Um quadro por dia
Foi no passado dia 5 de Novembro que este Le Printemps de Édouard Manet foi vendido na Christie's de Nova Iorque, pelo equivalente a 52 milhões de euros. Mas irá parar a uma instituição, o Museu Getty.
Auto-retrato(s) - 213
Um auto-retrato de Gilbert Stuart ( 1755-1828 ), que foi um dos primeiros grandes retratistas dos Estados Unidos. ( Redwood Library and Athenaum, Newport, Rhode Island, EUA ) .
«O vento levanta-se!...»
Foto de Cartier-Bresson, 1946
«Le vent se lève!... Il faut tenter de vivre!...»
Paul Valéry
(verso de Le cemitière marin)
Marcadores de livros - 205
Costumo escolher um livro para dar aos jovens-jovens. Este ano foi este de Emilio Salgari. Normalmente o primeiro costuma ser o Diário de Anne Frank.
domingo, 14 de dezembro de 2014
Notas soltas sobre o Advento
Celebra-se hoje o terceiro domingo do Advento. Liturgicamente, as atenções centram-se em São João Batista como antecessor de Cristo. A alegria pela proximidade do nascimento de Cristo deu o nome "Gaudete" (Alegrai-vos) a este domingo.
Quem tiver uma coroa de Advento, seguramente já terá a terceira vela acesa. Para complementar este sentimento de Advento, seguem dois cânticos interpretados pelo coro da catedral de Paderborn (Alemanha).
A nossa vinheta- Iluminações de Natal
Iluminações de Natal.
Aproxima-se o Natal e as luzes trazem o seu ar festivo.
Bem precisamos.
Laço no Chiado com o desejo que simbolize:
a união, a amizade, a força, a justiça e a fortuna.