terça-feira, 26 de maio de 2015

Parabéns Alberto!

Emile Bernard (1868 - 1941)
 
 
 
E aqui fica um poema, muito pouco conhecido de Ary (manuscrito na capa de um livro) 
 
Um riso alvar
Um franzir de sobrancelhas
um boné a desabar
que cai sobre as orelhas

olhos no dono postos
ou no chão para ver os pés
Homem triste e sem gostos
e sem o vigor do português

Palhaço fardado d’almirante
marinheiro que nunca andou no mar
Sabujo, lacaio que é capaz

de se curvar e envilecer perante
o seu dono – Salazar
Um só existe: – o Tomaz.
 


1 comentário:

  1. Do melhor Ary, satírico de sangue - muito obrigado, JAD!
    Desconhecia o poema, muito bem esgalhado, aliás.
    Abraço amigo,
    APS

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