Este documentário que vi em dvd tem três partes, mas só encontrei as duas primeiras no YouTube.
sábado, 21 de maio de 2016
Esconjurações em obras de José de Guimarães
Camões I
Tapeçaria
Ontem à tarde tive de ir à Baixa e resolvi ir ver o que se passava na galeria Millenium. Visitei então uma exposição de José de Guimarães - Esconjurações -, a primeira exposição individual do artista em Lisboa desde 2008, e que encerra hoje, ao fim da tarde.
A exposição «reúne um significativo núcleo de obras do artista pertencentes à coleção Millennium bcp, realizadas em suportes muito distintos, nomeadamente um raro e surpreendente conjunto de tapeçarias de Portalegre de grandes dimensões, que, pela primeira vez, podem ser vistas pelo público em geral.» (Do site do Millenium) Estão ainda expostas obras de luz, com néon e led, de vários períodos do percurso do autor; caixas-relicário que dialogam com peças da coleção de arte africana de José de Guimarães e algumas esculturas de grandes dimensões.
http://abitofdream.blogs.sapo.pt/
sexta-feira, 20 de maio de 2016
Lá fora - 263
- Gauguin , O porto de Dieppe .
- Boudin , Maré baixa em Trouville .
Quatro dezenas de telas celebram a Normandia que inspirou Turner, Monet ou Caillebotte . São telas destes, e também de Courbet, Degas, Signac e Lebourg , que compõem esta exposição patente no Jacquemart-André .
Normandie, l'atelier en plein air , até 25 de Julho . musee-jacquemart-andre.com
Humor pela manhã
Gostava mesmo de ter acesso a este jornal regional brasileiro para perceber esta curiosa manchete ...
Manuel Alegre: Prémio Consagração de Carreira 2015
O Prémio de Consagração de Carreira é hoje entregue a Manuel Alegre, um dos nomes mais destacados da vida literária, cívica e política portuguesa desde meados da década de 60 do século passado. Manuel Alegre estreou-se em livro com a publicação de A Praça da Canção em 1965. Escreveu o livro na prisão, em Angola. Foi preso quando estava na guerra colonial..
«Nos primeiros tempos na prisão, em Angola, o alferes Manuel Alegre não tinha direito a usar papel ou lápis. E se não podia escrever poesia, pensava os textos com cuidado, dizia-os em voz alta e memorizava-os. "Uma vez até lá foi um funcionário da PIDE saber o que é que se passava, se eu estava a falar com alguém" [...]. Não estava. Mas dizê-los permitia-lhe "avaliar o ritmo do poema, a sonoridade". Isso fez com que, nas suas palavras, os textos desta Praça da Canção tenham "uma estrutura rítmica muito especial muito ligada aos cancioneiros e à poesia trovadoresca".» (Entrevista à Sábado, 29 jan. 2015).
Vários poemas de A Praça da Canção foram musicados e cantados por nomes como Adriano Correia de Oliveira. Esse livro tornou-se assim um dos símbolos da luta dos Portugueses contra a ditadura de Salazar e Caetano. Também esse facto foi tido em conta na escolha do nome de Manuel Alegre para receber a mais alta distinção anual da SPA em 2016.
«Nos primeiros tempos na prisão, em Angola, o alferes Manuel Alegre não tinha direito a usar papel ou lápis. E se não podia escrever poesia, pensava os textos com cuidado, dizia-os em voz alta e memorizava-os. "Uma vez até lá foi um funcionário da PIDE saber o que é que se passava, se eu estava a falar com alguém" [...]. Não estava. Mas dizê-los permitia-lhe "avaliar o ritmo do poema, a sonoridade". Isso fez com que, nas suas palavras, os textos desta Praça da Canção tenham "uma estrutura rítmica muito especial muito ligada aos cancioneiros e à poesia trovadoresca".» (Entrevista à Sábado, 29 jan. 2015).
Vários poemas de A Praça da Canção foram musicados e cantados por nomes como Adriano Correia de Oliveira. Esse livro tornou-se assim um dos símbolos da luta dos Portugueses contra a ditadura de Salazar e Caetano. Também esse facto foi tido em conta na escolha do nome de Manuel Alegre para receber a mais alta distinção anual da SPA em 2016.
Manuel Alegre foi deputado durante várias legislaturas e duas vezes candidato à Presidência da República. Mas alguns ainda se lembraram dele como a voz da Rádio Voz da Liberdade.
quinta-feira, 19 de maio de 2016
Boa noite!
«Quando cheguei a The River, já tinha tomado consciência das coisas que unem as pessoas às suas vidas - trabalho, compromissos, família e amor. Queria imaginar e escrever sobre essas coisas. Pensei que se conseguisse escrever sobre elas, talvez ficasse um passo mais próximo de tê-las na monha vida.»
Bruce Springsteen em Newark, no início da digressão de The River, que hoje está no Parque da Belavista.
Um quadro por dia
O bestiário de Alois Zötl ( 1803-1887 ) continua a ser muito procurado , o que espantaria seguramente este artesão de profissão que nunca saiu da sua Áustria natal . Este Éléphant des mers ( aguarela ) estava avaliado entre 30 000 e 50 000 euros, mas acabou vendido no passado 31 de Março em Paris por 202 000 euros ...
Onde me apetecia estar
Não é todos os dias, felizmente :), mas às vezes bem apetecia uma temporada neste Paro Tanktsang ( Ninho do Tigre ) , mosteiro a 800 metros de altitude no pacato reino do Butão .
Biografias e afins
Começaram o seu percurso público juntos, na corte de Fouquet em Vaux-le-Vicomte, e mantiveram a amizade mesmo quando um, Molière, passou para a verdadeira corte, a de Luís XIV em Versalhes, e o outro, La Fontaine, se manteve mais afastado da órbita do Rei-Sol ...
Uma amizade que foi além da vida : dormem o sono eterno lado a lado num pequeno cercado do Père-Lachaise .
La Fontaine et Molière, la Plume & le Masque, Gilles de Becdelièvre, Éditions Télémaque, 284p, €20.
Lá fora - 262
São 240 esculturas, com a mais valia de muitas delas serem provenientes de colecções particulares, do princípio do séc.XX até aos anos 60 e com os mais variados suportes : cerâmica, bronze, cera, gesso. Um grande pintor que foi também um grande escultor, com obras assinadas desde os 20 anos .
Patente no Hôtel Salé, actual Museu Picasso de Paris .
Até 28 de Agosto .
Bom dia !
O que muitos não saberão é que esta Golden Years foi primeiro oferecida a Elvis Presley que não a quis .
Marcadores de livros - 392
«A sensatez não convém em todas as ocasiões; às vezes é necessário ser um pouco louco com os loucos.»
Menandro
E com este marcador acabam os clássicos gregos. No início pensava que era só um marcador, mas depois começaram a ser-me oferecidos um por dia.
Mais uma vez agradeço a quem mos trouxe de Atenas.
quarta-feira, 18 de maio de 2016
Auto-retrato(s) - 234
Um dos quadros de que mais gosto está em Lisboa. :)
Às 12h00 inaugura a exposição do Autorretrato de Albrecht Dürer da coleção do Museo Nacional del Prado.
A pintura será presentada por Alejandro Vergara, conservador do museu espanhol.
Fui pela primeira vez a Madrid aos 14 anos e comprei - compraram-me - um poster deste quadro que esteve anos no meu quarto a fazer companhia ao autorretrato de Degas (da Gulbenkian) e ao Che Guevara. :)
Fui pela primeira vez a Madrid aos 14 anos e comprei - compraram-me - um poster deste quadro que esteve anos no meu quarto a fazer companhia ao autorretrato de Degas (da Gulbenkian) e ao Che Guevara. :)
Obras em reserva do MNAA
«As reservas de um museu são, por natureza, um território mítico: um lugar protegido, inacessível aos olhos profanos, onde se acumula e preserva um sem-número de obras de arte. Nelas ocultam-se peças isoladas ou formando séries, mais ou menos extensas e de diversa índole, acondicionadas por critérios vários, de natureza técnica ou mesmo pragmática. É esse espaço, velado e misterioso, que esta exposição pretende evocar, trazendo à luz e ao olhar curioso dos visitantes um vasto número de obras que, apenas pelos constrangimentos físicos do edifício em que se aloja o MNAA, não fazem parte da sua exposição permanente.» (Do site do MNAA)
Estas obras podem ser vistas a partir de hoje e até 25 de setembro, na Galeria de Exposições Temporárias do MNAA.
Revisitar a Galeria Nacional Húngara
no Dia Internacional dos Museus com o Auto-Retrato de Ádám Mányóki, c. 1711 (Galeria Nacional Húngara, Budapeste).
Parabéns a todos os museus e a quem os gere.
terça-feira, 17 de maio de 2016
Boa noite!
E para quem não saiba, Curros Enríquez traduziu alguns poetas (e não só) portugueses para espanhol.
No Dia das Letras Galegas.
No Dia das Letras Galegas.
Biografias e afins
O mais famoso casal de caminhantes de França, provavelmente de toda a Europa . Este é o relato da mais recente aventura, 3000km entre Lyon e Istambul , e quando se tem mais de 70 anos é obra ... Mas ajuda a perceber que é um casal especial saber que foram também os fundadores da SEUIL, uma associação que recupera jovens condenados através da marcha, com 80% de sucesso .
Um quadro por dia
Este Coroação do Sultão Osman II é de Fevereiro de 1618, pintado por um artista europeu da época que acompanhava o barão Mollard, embaixador da Áustria no Império Otomano . Foi vendido a 20 de Abril na Sotheby's de Londres, por € 672 000 .
Amanhã
Programação aqui:
http://www.patrimoniocultural.pt/pt/agenda/atividades-diversas/dia-internacional-dos-museus-e-noite-dos-museus-2016/
segunda-feira, 16 de maio de 2016
A nossa vinheta
Mário de Sá Carneiro por André Carrilho
Mário de Sá Carneiro, cujo centenário da morte foi aqui evocado no mês passado, nasceu em 16 de maio de 1890, numa casa da Rua da Conceição, em Lisboa.
Escolhi este desenho de André Carrilho como vinheta porque me parece que caracteriza bem o grande frequentador de cafés que foi Sá Carneiro.
Cinco horas
Quero-lhe tanto... A garrida
Toda de pedra brunida
Que linda e fresca é!
Um sifão verde no meio
E, ao seu lado, a fosforeira
Diante ao meu copo cheio
Duma bebida ligeira.
(Eu bani sempre os licores
Que acho pouco ornamentais:
Os xaropes têm cores
Mais vivas e mais brutais.)
Sobre ela posso escrever
Os meu versos prateados,
Com estranheza dos criados
Que me olham sem perceber...
Sobre ela descanso os braços
Numa atitude alheada,
Buscando pelo ar os traços
Da minha vida passada.
Ou acendendo cigarros,
— Pois há um ano que fumo —
Imaginário presumo
Os meus enredos bizarros.
(E se acaso em minha frente
Uma linda mulher brilha,
O fumo da cigarrilha
Vai beijá-la, claramente)
Um novo freguês que entra
É novo actor no tablado,
Que o meu olhar fatigado
Nele outro enredo concentra.
É o carmim daquela boca
Que ao fundo descubro, triste,
Na minha ideia persiste
E nunca mais se desloca.
Cinge tais futilidades
A minha recordação,
E destes vislumbres são
As minhas maiores saudades...
(Que história de Oiro tão bela
Na minha vida abortou:
Eu fui herói de novela
Que autor nenhum empregou...)
Nos cafés espero a vida
Que nunca vem ter comigo:
— Não me faz nenhum castigo,
Que o tempo passa em corrida.
Passar tempo é o meu fito,
Ideal que só me resta:
Pra mim não há melhor festa,
Nem mais nada acho bonito.
— Cafés da minha preguiça,
Sois hoje — que galardão! —
Todo o meu campo de acção
E toda minha cobiça.
Mário de Sá Carneiro
domingo, 15 de maio de 2016
Queijadas da Graciosa
É um doce regional da Ilha Graciosa. No passado chamavam-se Covilhetes de Leite e todas as donas de casa da Graciosa as confecionavam, não faltando em nenhuma festa.
Atualmente são apenas confecionadas na Vila da Praia e são conhecidas por Queijadas da Praia.
Em 2003 foi atribuído a Maria de Jesus dos Santos Bettencourt Félix o registo da marca Queijadas da Graciosa..