«[…] Lotto […] trazia uma garrafa de vermute doce, na mão
direita, e dois cálices encaixados na mão esquerda.
«- Aceita uma bebida, comissário? – Perguntou . – Costumo tomar
uma a esta hora.
«- Obrigado – disse Brunetti, que detestava bebidas doces. –
Com muito gosto. […]
«Lotto verteu duas generosas quantidades de bebida e
atravessou a sala com elas. Brunetti segurou uma, agradeceu-lhe, mas esperou
até que o seu anfitrião tivesse pousado a garrafa na mesa entre eles e se
sentasse, antes de levantar o copo para dizer, com o mais amigável sorriso: - Tchim, Tchim. O líquido doce
deslizou-lhe pela língua e desceu-lhe pela garganta, deixando uma leve
viscosidade à passagem. O álcool era disfarçado pela intensa doçura; era como
se estivesse a beber loção de barbear adoçada com néctar de alperce.»
Donna Leon - Morte e julgamento. Trad. Conceição Pacheco. Lisboa: Presença, 2001, p. 103
Para a Paula.
Que docinho deve ser! Hummmmm!
ResponderEliminarDeve saber mesmo bem!
Bom dia
E não sabe a loção de barbear, como diz Brunetti... :)
ResponderEliminarBom dia!