Prosimetron

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segunda-feira, 25 de março de 2019

Leituras no Metro - 1015

 

«[…] Lotto […] trazia uma garrafa de vermute doce, na mão direita, e dois cálices encaixados na mão esquerda.
«- Aceita uma bebida, comissário? – Perguntou . – Costumo tomar uma a esta hora.
«- Obrigado – disse Brunetti, que detestava bebidas doces. – Com muito gosto.  […]
«Lotto verteu duas generosas quantidades de bebida e atravessou a sala com elas. Brunetti segurou uma, agradeceu-lhe, mas esperou até que o seu anfitrião tivesse pousado a garrafa na mesa entre eles e se sentasse, antes de levantar o copo para dizer, com o mais amigável sorriso: - Tchim, Tchim. O líquido doce deslizou-lhe pela língua e desceu-lhe pela garganta, deixando uma leve viscosidade à passagem. O álcool era disfarçado pela intensa doçura; era como se estivesse a beber loção de barbear adoçada com néctar de alperce.»
Donna Leon - Morte e julgamento. Trad. Conceição Pacheco. Lisboa: Presença, 2001, p. 103


Para a Paula.

2 comentários:

PNLima disse...

Que docinho deve ser! Hummmmm!
Deve saber mesmo bem!
Bom dia

MR disse...

E não sabe a loção de barbear, como diz Brunetti... :)
Bom dia!