Prosimetron
sábado, 4 de abril de 2015
As amêndoas da minha infância
Nunca fui muito dada a amêndoas. Na minha infância só havia amêndoas francesas (as de cima) e umas mais grosseiras (porque tinham mais açúcar) de várias cores.
E havia as chamadas amêndoas de licor (que não têm amêndoa). Gostava de comer um ou outro feijão (porque eram mais fininhas e tinham menos açúcar) e de caçar os bebés (que apareciam pouco).
Também havia estas amêndoas cobertas, de Moncorvo, muito duras e cheias de açúcar. E umas amêndoas moles que normalmente eram dadas a pessoas com poucos dentes. :) Não encontrei nenhuma foto na net.
As amêndoas milanesas só apareceram mais tarde, bem como as de chocolate. Agora, como destas quando o chocolate é preto e umas de canela.
Nas montras de Paris - 18
Marc'Aurelio
Capas dos anos 1950.
Não sabia da existência deste jornal humorístico (1931-1958) até ter ido ver o filme que Scola fez sobre a sua amizade com Fellini. Jornal onde ambos começaram as suas carreiras como desenhadores e humoristas, em épocas diferentes, já que tinham uma diferença de 11 anos.
Fellini no tempo em que trabalho no Marc'Aurelio
Um dos desenhos que Scola, então com 16 anos. levava na sua pasta quando se foi apresentar ao Marc'Aurelio.
Não percam o filme Que Estranho Chamar-se Federico.
Dois dos filmes de que mais gosto - La Dolce Vita e Una Giornata Particolare - foram realizados o primeiro por Fellini e o segundo por Scola.
sexta-feira, 3 de abril de 2015
Sexta-Feira Santa
Da Paixão segundo São João de Bach (BWV 245) segue a ária "Ich folge dir gleichfalls", na interpretação dos Les Voix Baroques e do Arion Orchestre Baroque sob a direção de Alexander Weimann.
Nas montras de Paris - 17
Em fevereiro passado coloquei uma montra com esta loiça, mas guardei estes coelhinhos para a Páscoa.
quinta-feira, 2 de abril de 2015
Que estranho chamar-se Federico
Um retrato emocionante (entre filme e documentário) de Federico Fellini, baseado nas memórias de seu grande amigo Ettore Scola.
Luísa Todi no Campo Grande
Postal (dos anos 1960) do monumento a Luísa Todi, da autoria do escultor Martins Correia, inaugurado em 1957 no Campo Grande. O busto tinha sido roubado e o pedestal vandalizado. Pelos vistos foi feita uma cópia do busto (que está assinado F.B.) e refeito o pedestal.
Para Jad.
"Agora jazes"
Desejo a todos uma boa Páscoa!
Agora completou-se o meu sofrimento e inominavelmente
dele estou repleta. Fico imóvel como o interior
de pedra fica imóvel.
Dura como estou, uma coisa apenas sei na minha dor:
Tu cresceste
e cresceste,
para te elevares
como dor desmedida
muito para lá da medida do meu coração.
Agora jazes atravessado ao meu colo,
agora já não Te posso
dar à luz.
Rainer Maria Rilke, A Vida de Maria, ( tradução e prefácio de Maria Teresa Dias Furtado)
Lisboa: Portugália Editora, 2008 p. 93.
quarta-feira, 1 de abril de 2015
Passeio por Ourém
Ourém
Castelo e palácio dos condes de Ourém
( Palácio século XV -)
O Castelo ilustra a Reconquista Cristã, conquista de Ourém (1136)
S. frei Nuno de Santa Maria (1360-1431) - Canonizado a 26 de Abril de 2009
Cripta 4º conde de Ourém, D. Afonso,
na Igreja da [antiga] Colegiada da Nossa Senhora da Misericórdia.
Na Igreja da Nossa Senhora da Misericórdia encontrei
o Cântico dos Cânticos. Deixo aqui a bela passagem:
Na Sexta-feira Santa pode assistir à tradição pascal que se repete em Ourém. Cerca de 80 figurantes, acompanhados pela Sociedade Filarmónica Ouriense, dão corpo à recriação do último dia da vida terrena de Jesus Cristo.
Sugestão: um local para passar a noite a Pousada do Conde de Ourém.
Um local muito aprazível.
Um quadro por dia
O rapto de Michel Houellebecq
Estreia amanhã. Ainda não sei se o irei ver porque este escritor irrita-me. :)
Humor pela manhã
É claro que também podiam ser outros , mas este continua na " crista da onda ". Só se a mãe fosse uma Rothschild é que se conseguia explicar o " regabofe " dos últimos anos ...
terça-feira, 31 de março de 2015
«Avez-vous Coca-Cola dans la cave...?»
- Avez-vous Coca-Cola dans la cave...?
- Ah non, Madame, ici c’est un restaurant, pas une pharmacie.
(do filme de Julien Duvivier, Voici le Temps des Assassins, 1956)
- Ah non, Madame, ici c’est un restaurant, pas une pharmacie.
(do filme de Julien Duvivier, Voici le Temps des Assassins, 1956)
Leituras no Metro - 206
Lisboa: Tinta da China, 2015
Um livro de homenagem a Medeiros Ferreira, que é mais um livros de memórias daqueles que com ele conviveram. O livro lê-se muito bem e é interessante porque a personagem também o era. Só a organização do livro é que é um pouco ridícula, para não dizer parola. Em vez de arrumarem os depoimentos por ordem alfabética, não: Presidentes da República, Presidentes da Assembleia da República; Presidentes do Governo Regional dos Açores; Testemunhos. E estes então estão ordenados por ordem alfabética. :)
«Notáveis são [...] as comparações que Medeiros Ferreira fez dessa "Europa das chancelarias" com o Império Austro-Húngaro, cujo final não foi brilhante", e com o Sacro Império Romano-Germânico:
Porque no século XIX o Império austro-húngaro tornou-se burocrático e torou-se decadente do ponto de vista económico, com um desenvolvimento desigual entre os seus territórios. Só acordou da letargia com a I Guerra Mundial, que levou ao seu desmembramento. A outra comparação que faço é com o Sacro Império romano-germânico. Na prática, terminou em 1648, com a paz de Westefália, mas o Imperador ficou com os títulos até apanhar com uma carga de pancada do Napoleão em Austerlitz. A União Europeia pode desaparecer sem a gente dar por ela. Podemos vir a assistir a uma diminuição do papel da UE sem que ela desapareça.
Sem dúvida uma derradeira e brilhante lição de história comparada.» (Do depoimento de Alfredo Barroso, p. 72; as citações de MF são de uma entrevista que este deu a Miguel Gaspar.)
segunda-feira, 30 de março de 2015
Encadernações de livros raros
Livro de Salmos, Londres, 1639
Encadernação bordada do século XVII. É uma pena hoje já não se fazerem encadernações salvo raras excepções. Daqui.
Boa tarde!
domingo, 29 de março de 2015
Festa do cinema italiano
A oitava edição do 8 ½ Festa do Cinema Italiano percorreu várias cidades de Portugal e voltou a Lisboa onde continua no Cinema de São Jorge até 3 de Abril. A programação, disponível para consulta em www.festadocinemaitaliano.com,, integra naturalmente novas películas italianas, mas também alguns clássicos inesquecíveis, tais como, o Nuovo Cinema Paradiso de Giuseppe Tornatore que acabo de ver pela ? vez. E o final comovente do filme junta-se às diversas postagens de M.R. sobre a Itália ...
Cantina Bella Ciao
Ontem fui com uns amigos a esta antiga taberna, agora renovada e de comida italiana. Fica na Rua do Crucifixo, em Lisboa e tem uns preços muito em conta.
Comi Paccheri con Ragù di Agnello (uma massa em tubos largos com molho de borrego) que estava verdadeiramente deliciosa; e experimentei o Tiramisù que é o melhor que já comi em restaurantes. Com mais um pouco de marsala ficaria divinal.
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