Prosimetron
sábado, 21 de julho de 2018
Os meus franceses - 634
Gostei muito deste filme que nunca tinha visto.
A canção que Joseph Kosma e Jacques Prévert escreveram para este filme.
A refeição de Salazar
Lisboa: Âncora, 2018
Enquanto Salazar esteve internado no Hospital da Cruz Vermelha, todos os dias com o boletim clínico era transmitido o menu da sua refeição. Um dia…
«Maurício [de Oliveira, chefe de redação de A Capital] almoçava geralmente na redação, para não perder tempo. Recebia o menu de uma casa de pasto existente na Calçada do Combro (esquina da Rua do Século)* e fazia a encomenda por escrito. Assim, procedeu num belo dia, chamando o contínuo para fazer chegar o papel ao seu destino.
«O pobre funcionário, porém, atrapalhou-se e entendeu que aquele papelinho seria para a tipografia. Aqui, o respetivo chefe, Almiro Soares, rabujou: “Qualquer dia, vou para redator. Estes tipos agora nem a prosa fazem”. E lá pôs, no meio das notícias sobre Salazar, que “o senhor Presidente tinha almoçado sopa, pescada cozida, uma pera, meia garrafa de vinho do Dão”.
«Maurício, estranhando a demora do restaurante, telefonou para lá. O papel devia ter desaparecido no caminho e fez a encomenda pelo telefone. Estava a almoçar quando chegaram as provas da tipografia. “Tem graça! O Salazar teve um almoço exatamente igual ao meu!” , começou a dizer. Mas o facto de o doente se ter batido com os 3 dl do Dão fê.lo despertar.
«Barafustou, pronunciou delicados impropérios. Mas já era tarde: segundo a primeira edição desse dia, Salazar, quisesse ou não, tinha comido pescada, regada com vinho da sua zona.» (p. 67-68)
Appio Sottomayor
*Deve ser o Sinal Verde.
Appio Sottomayor
*Deve ser o Sinal Verde.
sexta-feira, 20 de julho de 2018
Marcadores de livros - 1114
Verso e reverso de um marcador. O verso é sobre um café recente, frente ao Panteão, com uma bela tábua de queijos e enchidos para petiscar.
quinta-feira, 19 de julho de 2018
Paul Robeson: «Un homme du Tout-monde»
Paul Robeson foi a primeira estrela afro-americana que tentou ao longo da sua vida ligar a prática artística com o comprometimento político.
Esta exposição, que se encontra no Museu do Quai Branly (Paris) até 14 de outubro, versa sobre as várias facetas de Paul Robeson, que se celebrizou como barítono, ator de teatro e de cinema, pelas suas ligações com as vanguardas e pela sua atividade política. Marcou a história política e artística dos anos 1930 a 1960, denunciando a segregação racial, o colonialismo e o fascismo.
Este retrato de Paul Robeson é assim uma oportunidade para abordar a história do pan-africanismo, bem como para evocar as ligações entre os afro-americanos, os africanos, os caribenhos e a URSS, bem como as vanguardas inglesas.
«O artista deve escolher entre a escravatura e bater-se pela liberdade. Eu fiz a minha escolha. Não tinha alternativa.»
Paul Robeson, Londres, 24 jun. 1937.
Leituras no Metro - 985
Lisboa: Relógio d'Água, D.L. 2010
Este livro, de que gostei muito, é a biografia de Friedrich von Hardenberg até ao período em que começa a assinar como Novalis. A Flor Azul de que Novalis fala em Heinrich d'Orterdingen ficou como símbolo do Romantismo.
«E o rapaz revirava-se na cama, com pensamento no Estrangeiro, no que ele contara. Não, pensava ele para consigo; não são os tesouros que me despertam, no íntimo, tão inconfessáveis desejos; estou longe de sentir a mesma cupidez; mas quanto à Flor Azul, essa sim, anseio por descobri-la! Não me sai da cabeça, não consigo pensar ou imaginar outra coisa além dela. Nunca nada me impressionou desta maneira: tenho a sensação de que a minha vida, até aqui, não passou de um sonho, ou de que, enquanto dormia, vim ter a outro mundo; porque, naquele em que eu vivia, quem é que alguma vez se preocupou com flores? E de tão insólita paixão por uma flor única, muito menos, até aqui, ouvi falar.» (Cit. de Heinrich d'Orterdingen. Trad. de Luísa Neto Jorge.)
Novalis não chegou a completar Heinrich d'Orterdingen.
quarta-feira, 18 de julho de 2018
Free Nelson Mandela
Há precisamente 30 anos eu estava em Inglaterra quando se realizou um grande concerto pelos 70 anos de Nelson Mandela, que estava então preso, e contra o apartheid.
Ruy Leitão na expo Pós-Pop
Ruy Leitão - Sem título, 1966.
Colagem, esferográfica e guache sobre papel,
Lisboa, Museu Calouste Gulbenkian – Coleção Moderna
Ruy Leitão - Sem Título, s.d.
Feltro e guache sobre papel.
Lisboa, Museu Calouste Gulbenkian – Coleção Moderna
terça-feira, 17 de julho de 2018
Tigre de Papel
segunda-feira, 16 de julho de 2018
Novidades
A primeira obra de ficção de Bill Clinton, escrita a meias com o mestre dos thrillers James Patterson, e não tenho dúvidas que vai ser um best-seller.
Lá fora - 339
Uma grande retrospectiva dedicada ao pintor de origem chinesa no Musée d' Art moderne de la ville de Paris, até 6 de Janeiro de 2019.
Números
100
anos esta noite, de 16 para 17 de Julho, sobre a execução dos Romanov e sua entourage na Casa Ipatiev, em Ecaterinenburg.
Só escapou um dos três cães da família, o cocker spaniel Joy, poupado por um soldado mais humano, e depois recolhido pelo coronel Rodizanko, russo branco, que acabou por o tirar da Rússia e levar para o Reino Unudo onde morreu e foi enterrado.
Onde me apetecia estar - 161
Em La Gacilly , na Bretanha, para mais uma edição do festival fotográfico mais bucólico do planeta, este ano com o tema La Terre. Das obras de Thomas Pesquet aos grandes nomes do fotojornalismo : festivalphoto-lagacilly.com
Até 30 de Setembro.
Biografias e afins
A epopeia napoleónica também tem os seus traidores, e um dos mais desprezados é sem dúvida Marmont, o grande traidor de Waterloo. A ironia suprema é que foi o último marechal de Napoleão a morrer, acabando os seus dias em Veneza em 1852, com 77 anos , depois de deambular por Inglaterra e pela Áustria. E ficou também na língua francesa como um verbo, raguser, do seu título de duque de Ragusa, verbo sinónimo de trair ...
Marmont, Franck Favier, Perrin, 351p, € 20.
Um quadro por dia - 425
Não se sabia deste Pot de fleurs, óleo sobre tela de Sanyu ( 1901-1966 ), desde os anos 30 do século passado até que uma família dos arredores de Paris se "mexeu" ao tomar conhecimento dos resultados obtidos por outras obras em vendas recentes . No passado dia 18 de Dezembro, na casa Aguttes, a tela mudou de dono por 9,5 milhões de euros ...
Cinema francês no Nimas
Não me lembro de ter visto este filme de Melville, com a banda sonora da autoria de Christian Chevallier e Martial Solal.
Marcadores de livros - 1111
Uma beleza de marcador em ponto cruz, obra da Paula Lima. Um marcador especial para assinalar o n.º 1111.
Obrigada, Paula!
domingo, 15 de julho de 2018
Boa noite!
Poema de Rosalía hoje cantado por Isabel Silvestre, para não ser sempre na voz de Adriano.
Knock
Knock é um filme presentemente em exibição em Lisboa, adaptado de uma peça de teatro de Jules Romains, Knock ou le triomphe de la medecine (1923). Realizado por Lorraine Levy, com Omar Sy, é uma comédia divertida e humana, sobre o negócio da Medicina.
Eu não sabia que a peça de Jules Romains já tinha sido objeto de outras três adaptações cinematográficas: em 1925, por René Hervil; em 1933, por Roger Goupillières; e em 1951, por Guy Lefranc.
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