Prosimetron
quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
Auto-retrato(s) - 226
Cesky Krumlov , 140 km a sul de Praga, é uma vila dominada pelo castelo dos Schwarzenberg, uma das grandes famílias principescas do Sacro Império . Uma das atracções do local são os frescos pintados por Josef Lederer em 1748 que decoram a chamada Sala das Máscaras , e no meio das personagens da Commedia dell'arte encontra-se o próprio pintor, bebendo café e olhando para nós .
Livros de cozinha - 88
Uma amiga minha que compra o Expresso, mas não cozinha, ofereceu-me este livro. Gosto das receitas do Avillez porque não são complicadas de fazer. Pelo menos as que vai publicando neste jornal e que apresenta na tv em Combinações improváveis.
O livro contém algumas das receitas que, semanalmente, o chefe Avillez publica no Expresso, algumas das quais eu recortei e guardei. Assim, ém livro, é mais fácil de guardar e de encontrar.
Um quadro por dia
É de um dos melhores pintores de Nova Iorque, Frederick Childe Hassam : A New Year 's Nocturne in New York , 1892, óleo sobre tela, col.particular .
Onde me apetecia estar
Em Lyon, cidade que não conheço, para assitir a uma das últimas representações desta extraordinária opereta de Offenbach que adapta um conto de Hoffmann .
Até 1 de Janeiro de 2016, Opéra National de Lyon .
Números
2,9 mil milhões
de euros , o valor total de compras feitas através da rede Multibanco na época de Natal , registado pela SIBS entre 23 de Novembro e 20 de Dezembro . Comparativamente ao período homólogo de 2014, há um acréscimo de 6,1 % .
Se somarmos os levantamentos em numerário o valor total é de 5,1 mil milhões de euros, e há também aumento de 3,5 % face ao período homólogo .
Bem pode a DECO fazer comunicados e alertas como o de ontem ...
Para logo ...
O habitual xxl da Moët , baptizado este ano como So Bubbly e decorado à mão com ouro verdadeiro. Uma edição de apenas 100 exemplares .
Feliz Ano Novo!
Com o melhor chá de jasmim que já bebi,
venho desejar a todos, os da casa e os que nos visitam,
um
FELIZ ANO NOVO
cheio de
ALEGRIA
e
MUITO VIRTUOSO!
Obrigada MR.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
Obrigado !
Agradeço os presentes virtuais aqui recebidos com este , o novo álbum do grande Sempé . São 200 páginas com aquele humor melancólico deste grande observador da natureza humana .
E quem puder visitar a Galerie Martine Gossieaux ( Rue de l'Université, 56 ) até Março , em Paris, verá expostos alguns originais .
Leituras no Metro - 235
Vila Nova de Famalicão: Húmus, 2015
Um contributo para a história da editora e livraria Romano Torres. «A atividade editorial de João Romano Torres começa em 1877, quando se autonomiza como tipógrafo editor, Só se afirma em pleno enquanto editor em 1885, com a compra do semanário literário O Recreio e a 'criação' duma editora homónima. (p. 69)
A obra mais antiga até agora identificada por Daniel Melo com a chancela da editora Romano Torres é Piquillo Alliaga, de Eugène Scribe, publicada em Portugal em 1889.
Na minha infância e juventude, li muitos livros da Romano Torres. E fui muitas vezes à livraria Romano Torres, na Rua Nova de S. Mamede, junto à Escola Politécnica.
E que me lembro eu de ler da Romano Torres? Para começar, a Coleção Manecas.
Imagem roubada ao Arpose.
Depois, o Salgari - todo, todinho. Só não li mais, porque não havia. Alguns até os reli e trili.
E li ainda alguns (poucos) livros da coleção Azul, como este 'clássico' de Max du Veuzit, que vim a descobrir há poucos anos que era o pseudónimo de uma francesa:
E também uns policiais, muitos deles assinados com nomes estrangeiros mas que eram escritos por portugueses.
Espero que se venham a produzir outros estudos sobre outras editoras e livrarias.
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
Jano, o patrono de todos os começos
Estamos quase a celebrar o começo de um novo
ano. Ao festejarmos a despedida do velho ano e a entrada num outro, retomamos uma tradição com muitos séculos, instituída por Júlio
César que dedicou o primeiro dia de cada ano novo a Jano, deus do portões,
também conhecido por deus das mudanças e
transições (Jano tem poder sobre todos os começos). Por isso é que o primeiro
mês de cada ano se chama Janeiro.
A todos aqueles que fazem este blogue e
aos que o lêem, sinceros votos de um excelente 2016!
Le musée des lettres et des manuscrits
Há dias fui ver o que se passava com este museu que da última vez que fui a Paris quis visitar e estava encerrado, mas continuava a vir nos guias com horário de abertura.
Este museu tinha dois pólos: um em Bruxelas e outro em Paris, no bd Saint-Germain, onde fui varias vezes. Conheci-o ainda na rue de Nesle, onde vi uma exposição sobre Saint-Éxupery.
Então o que se passou? Foi encerrado, devido a uma investigação aos eu proprietário Gérard Lhéritier, fundador da sociedade Aristophil, suspeito de fraude organizada. Parece que se dedicava a comprar manuscritos em leilões que depois eram super super sobrevalorizados, para serem novamente vendidos.
Gérard Lhéritier dedicava-se a este negócio há mais de 20 anos e a sociedade Aristophil tinha mais de 16 000 clientes.
O Estado francês contou muitas vezes com a generosidade de Gérard Lhéritier para conseguir adquirir alguns tesouros nacionais. Um dos mais recentes, foi o manuscrito de Os 120 dias de Sodoma do Marquês de Sade que, comprado por sete milhões de euros, Lhéritier pretendia tinha a oferecer à BnF dentro de cinco anos.
Referi-me a esta exposição aqui no Prosimetron.
Aristophil era ainda proprietário da revista Plume, que assinei, mas nunca recebi.
Gérard Lhéritier dedicava-se a este negócio há mais de 20 anos e a sociedade Aristophil tinha mais de 16 000 clientes.
O Estado francês contou muitas vezes com a generosidade de Gérard Lhéritier para conseguir adquirir alguns tesouros nacionais. Um dos mais recentes, foi o manuscrito de Os 120 dias de Sodoma do Marquês de Sade que, comprado por sete milhões de euros, Lhéritier pretendia tinha a oferecer à BnF dentro de cinco anos.
Referi-me a esta exposição aqui no Prosimetron.
Aristophil era ainda proprietário da revista Plume, que assinei, mas nunca recebi.
Para saberem mais, leiam aqui:
https://fr.wikipedia.org/wiki/Aristophil
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
Leituras no Metro - 234
Lisboa: Companhia das Letras, 2015
Um livro que eu queria ler e que foi um presente de Natal. Comecei a lê-lo ontem e quase que o acabei.
«E era nos livros que eu me escorava, desde muito pequeno [...]. E quando não havia ninguém por perto, eu passava horas a andar de lad rente às estantes, sentia certo prazer em roçar a espinha de livro em livro. Também gostava de esfregar as bochechas nas lombadas de couro de uma coleção que, mais tarde, quando já me batiam no peito, identifiquei como os Sermões do padre António Vieira. E, numa estante acima dos Sermões, li aos quatro anos a minha primeira palavra: GOGOL.»
Havia muitas baratas em casa, devido aos livros: «Mamãe também estava familiarizada com as baratas, quando casou sabia bem o que a esperava. Não fosse uma mulher valente, teria dado meia-volta ao entrar pela primeira vez na casa do meu pai. Calculo que então, aos trinta e tantos anos, meu pai já tivesse quase a metade dos livros que juntou na vida. E, antes da minha mãe, imagino que essa livralhada, além de empilhada no escritório, atulhasse os dois quartos vagos dos futuros filhos, em forma de escombros de pirâmides astecas. Mamãe tratou logo de erguer estantes pelas paredes de sobrado, e ao engravidar decorou o quarto do bebê com livros de linguística e arqueologia, além da mapoteca, dos espanhóis e dos chineses. Para o meu quarto, dois anos mais tarde, reservou os escandinavos, a Bíblia, a Torá, o Corão e metros e metros de dicionários e enciclopédias. [...] Só em livros raros [meu pai] gastou metade da herança, ao vender a tipografia que meu avô Arnau de Hollander possuía no Rio de Janeiro. O suprassumo da biblioteca eram onze volumes hospedados num nicho da sala de visitas, como que um altar no centro da estante com espessas molduras de jacarandá que os segregavam dos livros por assim dizer plebeus. Essas raridades já foram doze, mas uma primeira edição de Hans Staden do século XVI fiz o favor de inutilizar. Foi num dia em que meu irmão me disse que, quando nasci, meu pai me tomou por um mongoloide. Eu nem sabia o que era mongoloide, foi a gargalhada do meu irmão que me acertou. Arrastei uma cadeira, alcancei o nicho e catei o livro que me pareceu mais sagrado, por causa das letras de ouro na capa dura. Espicacei página por página, depois ainda mijei em cima. A capa não consegui rasgar, e já tocava fogo nela quando mamãe chegou e meu deu um tapa na cara qu nem doeu. Mas quando meu pai desceu as escadas com o chinelo na mão, me caguei todo e mijei o que não tinha para mijar.» (p. 15-17)
Retrato de Hans Staden feito por
H. J. Winkelmann, em 1664
Página de História Verdadeira e Descrição de uma Terra de Selvagens (Marburgo, 1557)
domingo, 27 de dezembro de 2015
Canções de Natal - 29a
Não querendo "perturbar" de todo esta bela série de canções natalícias de MR, escolhi uma canção (e só uma) que me é particularmente querida, ainda que o original de Harry Belafonte de 1957, já aqui postado, seja imbatível: Mary's Boy Child, interpretada por Tom Jones numa abordagem muito própria deste cantor do País de Gales em 1970. Uma boa noite a todos!
Linha do tempo
As Reencarnações de Pitágoras,um livro bonito de fácil leitura,
"(...) um resumo poético de algumas transmigrações que Pitágoras viveu ao longo dos séulos, desde a Mesopotâmia aos dias de hoje." - introdução de Téophile Morel.
ANDRONIKOS criou uma linha para coser todos os homens uns aos outros, de modo que, quando morresse um, morressem todos.
E, quando um fosse eterno, vivessem todos.
Chamou-lhe linha do tempo, e ainda hoje a usamos para coser os nossos destinos.
Afonso Cruz, As Reencarnações de Pitágoras, (ilustradas por Susa Monteiro) "Enciclopédia da Estória Universal" Lisboa: Alfaguarda, 2015, p. 12 e 13.
Frutas - 115
http://www.chrissandvoyage.com/banane-flambee.php
Banana flamblée ao rum foi a sobremesa do meu almoço. E estava muito boa, a saber a rum.
Caixa do correio - 52
Hugo d'Alesi
Recebi um postal com este cartaz no verão, mas guardei-o para o postar agora. Como seria agradável passar uns dias em Nice... :)
Um dia destes postarei mais uns cartazes de Hugo d'Alesi que nasceu na Transilvânia com o nome de Frédéric Alexianu e faleceu em Paris. Desenhou muitos cartazes para a companhia de caminhos de ferro francesa, para companhias de navegação e para construtoras de automóveis.
sábado, 26 de dezembro de 2015
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
Dois presépios das Irmãs Flores
Presépio de cantarinha
Para a Isabel, que gosta de presépios. Estes são de Estremoz.
Também não me importava de os ter.)
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