Em 2015, Dylan publicou Shadows in the Night, um álbum no qual ele homenageia Sinatra, um sinal da sua ligação ao repertório americano. Pessoalmente, não gosto nada deste álbum de Bob Dylan e da escolha de Davis Caviogli.
Escolhi, para terminar a série, esta canção do álbum Empire Burlesque que, em 1985, me trouxe Dylan de volta.
Quase duas centenas de obras-primas confiscadas durante a Revolução Francesa são compradas por um padre refractário que as envia a outro padre, seu irmão, para decorar as igrejas da Nova França, o Quebeque.
Nascia assim a pintura canadiana graças a esta extraordinária migração, e 200 anos depois 180 telas voltam a França pela primeira vez : obras de Simon Vouet, Philippe de Champaigne, Lagrenée e outros grandes nomes da pintura francesa .
Le Fabuleux Destin des tableaux des abbés Desjardins, até 28 de Janeiro de 2018, no Musée des Beaux-Arts de Rennes . mba.rennes.fr
1 225 000
Um milhão e duzentos e vinte e cinco mil euros foi quanto custou ao cidadão chinês que comprou em leilão ( Toulouse, 23 de Setembro ) este selo ( ou sinete ) pessoal do imperador Qianlong ( 1736-1795 ) . Um objecto que estava desde o final do séc.XIX na posse de uma família francesa .
Assim se confirma uma tendência que já tenho aqui assinalado : a riqueza recente de muitos particulares chineses não compra apenas empresas e luxo , compra também o orgulhoso passado imperial ...
Um nome incontornável na história da moda do século passado, com a primeira colecção em 1946 depois de uma passagem pela Casa Dior. O organizador desta obra é Jean-Pascal Hesse, director de comunicação da Casa Cardin desde 1995, o prefácio é da actriz e modelo Marisa Berenson, musa de Cardin durante 17 anos, e os textos são de vários historiadores, costureiros e designers. As 200 ilustrações mostram o estilo Pierre Cardin .
A propósito da reedição do primeiro e homónimo álbum, que há vinte anos surpreendeu tudo e todos vendendo 3 milhões de cd. Número que hoje parece incrível ...
James Whistler - Sinfonia em branco, nº 2: A menina vestida de branco, 1864
Londres, Tate Britain
George Romney - Sra. Russell e Filho, 1786-1787
Col. Roger Seelig
Jorge Varanda - Sem título, 1990
Lisboa, Museu Calouste Gulbenkian – Coleção Moderna
Eduardo Luiz - A Mão de Alice, 1983
Col. Maria Isabel Alves da Silva
Do Outro Lado do Espelho, título que remete intencionalmente para o mundo de Alice Liddell, a heroína de Lewis Carroll, é uma exposição temática, que tem o espelho como foco principal.
«Os espelhos são objetos muito interessantes devido à sua capacidade de nos transportar a outras dimensões, conduzindo-nos por vezes a horizontes de espiritualidade, ilusão ou até de pesadelo.
Os artistas recorrem aos espelhos com diferentes propósitos, ora para revelar ora para disfarçar aspetos das cenas que representam, já que eles oferecem infinitas possibilidades visuais, incluindo a mais óbvia: o reflexo fiel da realidade.
Mas, embora a primeira finalidade do espelho seja efetivamente a representação fiel das aparências, refletindo uma visão coerente do mundo, nem sempre os artistas o utilizaram como tal, preferindo favorecer a ambiguidade e a fragmentação, de acordo com os efeitos pretendidos, que muitas vezes são de ordem filosófica, em detrimento da representação mimética da realidade.» (Do site.)
Uma exposição, comissariada por Maria Rosa Figueiredo e Leonor Nazaré, dividida nos seguintes núcleos: «Quem sou eu?»: O espelho identitário; O espelho alegórico; A mulher em frente ao espelho: A projeção do desejo; Espelhos que revelam e espelhos que mentem; e O espelho masculino: autorretratos e outras experiências. Vale bem uma visita.
(...) Um exercício que devemos repetir mais vezes é recordar ( voltar a trazer ao coração, literalmente ) os lugares onde experimentamos consolação. Esses lugares, amiúde inesperados, guardam um precioso ensinamento. Se quisesse eu próprio falar de um lugar de consolação recente na minha vida teria de referir o campo de concentração de Westerbork, na Holanda, onde estive em peregrinação o verão passado.Foi nesse epicentro da dor que, ao lado de milhares de outros mártires do século XX, esteve prisioneira Etty Hillesum. Recordo-me de passar um par de horas, deitado sobre a erva, a escutar o vento. Apenas isso. Mas senti uma comunhão profunda com o grito e o perdão que se pode ler quer nos escritos de Etty, quer no destino silencioso de tantas vidas. E, sem que as pudesse deter, as lágrimas lavaram-me o rosto várias vezes. As vezes necessárias para que ficasse limpo. - José Tolentino de Mendonça, no Expresso do passado Sábado .
Se é difícil viver no Haiti, não será menos difícil ser artista haitiano. Não por acaso a maior parte vive nos EUA ou na Europa . Edouard Duval-Carrié ( 1954- ) vive em Miami, e é dele este Canis boinem, um acrílico sobre tela, 196x166cm, de 1996.
Fundada em 1894 na cidade de Braga, a Saboaria e Perfumaria Confiança permanece ativa ainda hoje. O seu espólio de embalagens e rótulos apresenta uma excepcional qualidade gráfica, abordando diversos temas culturais, históricos e sociais em gamas de produtos de uso quotidiano. Foi uma das indústrias pioneiras em Portugal a tomar consciência de que uma cuidada apresentação dos produtos aliada à implementação de um conceito de marca seria sinónimo de sucesso.
Uma história de Confiança relata a história da fábrica Confiança desde a sua fundação até ao presente.
Um livro, que começou por ser uma tese de doutoramento, profusamente ilustrado, com fotografias, documentos e uma seleção alargada de rótulos de produtos.
Para a Sandra, que gosta de sabonetes e faz hoje anos.
Na Cidade do Cabo, África do Sul, para conhecer o recentemente inaugurado Zeitz - Museum of Contemporary Art Africa, o maior museu construído no continente africano nas últimas décadas e que reaproveitou antigos silos para cereais situados na zona portuária da cidade. São cem salas distribuídas por nove pisos, numa parceria entre a W&A Waterfront, dona dos terrenos, e o empresário e coleccionador alemão Jochen Zeit, que cedeu em permanência a sua colecção particular.
Os novos retratos oficiais que assinalam as Bodas de Platina de Isabel II e Filipe de Edimburgo, pelo fotógrafo britânico Matt Holyoak. 70 anos de casamento hoje feitos, o mais longo da monarquia britânica. Estar aos noventas com esta vitalidade e lucidez é de invejar, com trono ou sem trono :)
Olivier Debré ( 1920-1999 ) , Petit Lysne gris, 1974.
Lysne é o nome da propriedade da família Astrup, que fundou o Museu Astrup Fearnley em Oslo, e foi durante anos um dos refúgios do artista . A tela foi vendida em França há dois meses .
A Philharmonie de Paris acolhe uma grande exposição sobre a cantora Barbara até 28 de janeiro de 2018. Desde a sua infância aos seus maiores sucessos, passando pelas suas amizades e vida amorosa, o percurso acaba num jardim, símbolo da necessidade que a artista, doente, teve em se retirar do mundo para escrever as memórias que ficaram inacabadas.
Para David Caviglioli é impossível falar do álbum Time Out of Mind» sem falar de «Not Dark Yet», considerada como uma obra-prima do Dylan tardio. O texto parece um poema de um morto-vivo, ainda não morto, mas também não verdadeiramente vivo. «Feel like my soul has turned into steel», canta o velho, tremendo, antes de concluir o refrão com estas palavras geladas: «It’s not dark yet, but it’s getting there.» Por detrás de Dylan, a instrumentação lenta e pesada de Daniel Lanois bate sobre Dylan, como uma marcha fúnebre.
Uma grande variedade de cartazes anuncia esta exposição que se encontra na Fundação Louis Vuitton e que dizem ser a exposição-acontecimento de 2017 em Paris.
Esta exposição compõe-se de cerca de 200 obras-primas de Alexander Calder, Jasper Johns, Ernst Ludwig Kirchner, Frank Stella, Yvonne Rainer, pouco conhecidas dos museus franceses, bem como obras-primas de pintores bem conhecidos dos franceses (e não só), como Marcel Duchamp, Paul Cézanne, René Magritte ou Paul Signac.