Prosimetron
sábado, 6 de outubro de 2012
Bibliocuriosidades - 1
O livro mais pequeno do mundo, a edição feita pelo grande miniaturista russo Anatolly Konenko em 1996 da obra Camaleão de Anton Tchékhov. Uns impressionantes 0,9x0,9mm...
Um quadro por dia
6 de Outubro de 1862 : Ratificação do casamento ( tinham casado em Setembro por procuração em Turim ) do nosso Rei D.Luís I com D.Maria Pia de Sabóia, na Igreja de S.Domingos, ao Rossio, Lisboa. Este óleo de António Manuel da Fonseca encontra-se no Palácio Nacional da Ajuda.
P.S. - 150 anos depois, a sempre dinâmica Directora da Ajuda, Isabel Silveira Godinho, organizou uma Missa Solene ( com a Metropolitana de Lisboa e o Coro Juvenil de Lisboa ) que acontecerá na mesma Igreja de S.Domingos, pelas 18h.
Canalleto - Guardi: os dois mestres de Veneza
Canaletto - Veneza: A entrada do Grande Canal com Santa Maria Della Salute e o canal da Giudecca
Óleo sobre tela, 1722
Museu de Grenoble
Guardi - O Canal de Cannaregio com o palácio
Óleo sobre tela, ca 1778-1780
© The Frick Collection / © National Museum of Wales
Esta exposição pode ser vista no Museu Jacquemart-André, em Paris, até 14 jan. 2013.
Leituras no Metro - 108
Luísa Ducla Soares - Lendas e romances / il. Ana Cristina Completo. Sesimbra: Oficina Canto das Cores, 2012
Com um cd com músicas de Daniel Completo.
EL-REI DOM SEBASTIÃO
Em Alcácer, em Agosto,
era seco, seco o chão,
agora tem rios vermelhos
de golpes no coração.
Brilham adagas e lanças,
troa no ar o canhão,
há uma nuvem de areia
que parece de assombração.
Avançam os três reis mouros
sobre o luso batalhão,
caem cavalos e homens,
levados num turbilhão.
O nosso rei é tão louro,
louro como o Sol de Verão,
e não há outro tão esbelto
em todo o mundo cristão.
Onde está, onde está, onde está, El-rei Dom Sebastião?
Nem entre vivos nem mortos
ali o encontrarão,
que não se rende nem morre
quem vive duma paixão.
Há-de voltar num veleiro
a cais da sua nação,
num dia de nevoeiro,
el-rei Dom Sebastião.
Um agradecimento que tardava...
No dia 1 de outubro "apanhei" esta flor, pelas 18 h., para agradecer a todos os que tinham deixado uma mensagem de parabéns pelos Dias Mundiais da Música e da Água. ...
Mas o tempo, esse maldito tempo que cada ano é menos em vez de ser mais... porque se demora mais a pensar (será?), porque estamos com menos paciência e queremos é "Sopa e descanso " (será ?), ou porque estamos mais desorganizados... Mas o tempo, dizia eu, não chegou para fazer um post. Alguns dos comentários são feitos (mal e vergonhosamente) do telemóvel durante o período em que ando de transporte público. O resto do tempo (que o tempo livre nos últimos meses não existiu) tem sido a trabalhar. Hoje dormi quase 24 horas (para carregar as pilhas...). Agora posso agradecer a todos. Aos poucos quero falar (isto é escrever) sobre algumas das formas em que me chegaram os votos de uma vida com amigos e alegria.
Obrigado a todos.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Adeus, minha rainha
Hoje fui ver este filme - uma boa maneira de celebrar a implantação da República. :)
Gostei bastante do filme, apesar de certas falhas. Ao meu lado, ouvia dizer: «Então, onde está o tinteiro?» , quando deram um aparo e papel à protagonista que conta a história, para ela escrever uma lista de livros; e ela escreveu com o aparo seco. :)
"but you cannot"
You can fool all the people some of the time, and some of the people all the time, but you cannot fool all the people all the time.
Abraham Lincoln
Abraham Lincoln
Um quadro por dia
Jan Steen, O professor severo, 1668, óleo sobre madeira, col.particular
Porque é o Dia Mundial do Professor ( ainda tive um ou dois como o do quadro, com ponteiro...., e os amigos? )
Citações
" o que Portugal fez de maior no mundo não foi nem o descobrimento nem a conquista, nem a formação de nações ultramarinas: foi o ter resistido a Castela. O ter mantido através do sangue e fogo o princípio da independência dos povos periféricos "
- Agostinho da Silva, in Reflexão, 1957, p.27.
( Painel "afonsino " na Real Basílica de Castro Verde )
5 a 8 de Outubro: Na Casa da Achada
Actividades de 5 a 8 de Outubro
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LIVROS DAS NOSSAS VIDAS
Sonetos de Antero de Quental lidos por Antonino Solmer
Sexta-feira, 5 de Outubro, 18h
No dia da República acontece a leitura de sonetos escolhidos, acompanhados por projecção de imagens, de Antero de Quental por Antonino Solmer, com introdução de Eduarda Dionísio, e composições musicais de Pedro Rodrigues.
29.ª sessão de uma série com periodicidade mensal, a partir de livros e autores referidos por Mário Dionísio num depoimento sobre «Os livros da minha vida».
«Uma das minhas primeiras paixões poéticas, era então muito novo, foi Antero de Quental. Fiz sonetos aos milhares, até que cheguei à conclusão de que não era poeta: na altura não conhecia Pessoa. Nem a Presença (em cuja fase final, aliás, ainda colaborei). Coimbra era longe. E foi sobretudo a redescoberta dos espanhóis, Emilia Prados, Altolaguirre, e em especial Rafael Alberti e a antologia de José Bergamin (mas não Lorca, é curioso!) que marcou muito o meu regresso à poesia.»
Mário Dionísio, «Mário Dionísio: Memória da "Terceira idade"» (entrevista para o Jornal de Letras em 1982) | |
OFICINA «INVENTAR FABRICANDO»
Domingo, 7 de Outubro, das 15h30 às 17h30
Em Outubro continuamos a oficina «Inventar fabricando» ou «As mãos sujas», que aconteceu em Agosto, com Pierre Pratt e Filomena Marona Beja.
A partir de objectos de cozinha fizeram-se outros objectos, muitos, que serão antes personagens. Foram nascendo quase histórias. E ainda mais histórias nascerão em Outubro. E se delas fizéssemos livros? Mais invenções, mais fabricos, mais aprendizagens. Pierre Pratt, desenhador, volta a convidar, com Filomena Marona Beja, escritora, que já se meteu ao barulho.
Para todos a partir dos 6 anos.
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CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 8 de Outubro, 18h30
Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.
Nesta sessão começamos a leitura comentada, com projecção de imagens, de Lições do passado de Georg Schmidt, que foi director do Museu de Belas-Artes da Basileia nos anos 30, por Rui-Mário Gonçalves.
«O texto de Georg Schmidt liga este volume ao primeiro da nossa Histoire de la Peinture Moderne, de Baudelaire à Bonnard, de Maurice Raynal. Para o leitor que não tenha seguido os desenvolvimentos que apresentávamos nessa última obra, ele constitui uma introdução indispensável ao estudo que dedicaremos mais especificamente ao Fauvismo e ao Expressionismo, visto que toda a história da pintura do século XIX se encontra aí resumida numa síntese sugestiva, com as suas correntes principais, as suas tendências, as suas escolas e as personalidades excepcionais que o marcaram, desde Ingres a Bonnard, passando por Delacroix, Courbet, Manet, Monet, Cézanne, Gauguin, Van Gogh e Toulouse-Lautrec.
É só nessa perspectiva que surge o verdadeiro significado dos dois movimentos, o Fauvismo e o Expressionismo, sobre os quais nos debruçamos aqui.» Texto introdutório de Histoire de la peinture moderne: Matisse, Munch, Rouault, fauvisme et expressionnisme, editado pela Skira em 1950.
CICLO LITERATURA E CINEMA
Segunda-feira, 8 de Outubro, 21h30
Nesta sessão projectamos À luz do sol (1960, 118 min.) de René Clément, a partir do romance de Patricia Highsmith.
Quem apresenta é João Rodrigues.
O cinema é (ou já foi) mais popular que a literatura. O facto é que muito cinema se foi fazendo com a literatura, a partir dela. São muitos e muitos os livros transformados em cinema. Uns terão sido desfeitos pelo cinema, outros refeitos. Há quem ache que o cinema pode levar à literatura (e pôr mais gente a ler) e quem ache que é o cinema que a mata.
Este ciclo é uma selecção de filmes feitos a partir de obras literárias, umas mais famosas do que outras, e de várias épocas. Tentamos assim fazer pensar sobre estas duas linguagens e a sua relação. Mário Dionísio, que muito pensou e escreveu sobre a literatura e o cinema, entendeu que a linguagem da literatura é uma e a do cinema é outra. E é isso que enriquece o mundo e nos enriquece. Só assim se pode continuar a ler romances e a ver filmes com gosto. Mesmo quando o «assunto» é o mesmo. | |
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quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Livros e leituras
O Mercador de Livros Malditos de Marcello Simoni é o livro que ando a ler.
Marcello Simoni é bibliotecário em Comacchio, Ferrara. Com este livro ganhou o Prémio Bancarella 2012; Premio Literário Emilio Salgari e Seleção Prémio Fiesole 2012.
O mistério e o enigma que envolve a atmosfera medieval, tempo em que ocorre a história, e o mercador de relíquias que procura o rasto de um livro raro, o Uter Ventorum, uma cópia de manuscritos persas que guarda o segredo para além do saber de sábios e alquimistas são os ingredientes que tornam a leitura empolgante e assaz cativante.
Itália, França e Espanha são o palco desta história intrigante.
Extasiado ante a beleza de São Marcos, Uberto passeava pela nave central observando os mosaicos, as colunas e os frescos. Nunca vira nada assim.
De repente, ouviu uma vozearia confusa. Olhou em volta tentando perceber de onde provinha, e no mesmo instante reparou num homem vestido de negro que corria na sua direção. Em sua perseguição vinham Willalme e Ignazio, que acabavam de entrar na cripta. Os dois gritaram qualquer coisa, mas o jovem não teve tempo de perceber o que diziam. O homem de negro estava já em cima dele, lançara-o ao chão com um murro e prosseguira correndo para a porta.
Marcello Simoni, O Mercador de Livros Malditos. Lisboa: Editora Clube do Autor, 2012, p. 75.
Os meus franceses - 218
Nous rentrions très tard, mêlant
Des vers purs à des chants obscènes
Et l'on s'asseyait sur un banc
Pour regarder rêver la Seine.
Sur l'eau rien ne vivait encore;
Ainsi qu'une ouvrière lasse
Pressant sur son flanc ses fils morts
La Seine dormait dans sa crasse.
Nos cœurs d'ivrognes s'emplissaient
D'une bienfaisante latrie
Si le soleil levant dorait
Les marronniers des Tuileries.
Pour mieux évoquer d'anciens soirs,
Le plâtre et le vin des tavernes
Égayaient nos vieux habits noirs
Et nos plastrons d'hommes modernes.
Alors ayant honte, vraiment
De nous connaître aussi lyriques
Nous offrions un coup de blanc
Au balayeur mélancolique
Vaine ruse! et l'on découvrait
Dans le balayeur un poète,
Si bien que les verres tremblaient
Sur le comptoir, autel de fête!
Et pour que ce soir sans égal
Fut perpétué, un pandore
En dressait le procès-verbal
Parsemé d'attendus sonores.
André Salmon
André Salmon nasceu em Paris há 131 anos.
Skyfall 007
As novas aventuras do agente mais famoso de Sua Majestade já tem tema oficial: Skyfall. Quem o canta é Adele. A música está disponível a partir de amanhã, o dia em que se comemora o 50º aniversário de estreia de Dr. No "007 - O Agente Secreto".
Parabéns, Imperial!
A Imperial, maior fabricante nacional de chocolates, completa 80 anos. Muitos anos a fazer as delícias de gerações e gerações de portugueses. Quem não se lembra das pintarolas, fantasias, sombrinhas ou lápis de chocolate que atraíam o nosso olhar sempre que entrávamos nas pastelarias. Mas se esta empresa é muitas vezes lembrada pelos clássicos, a criação de novos sabores e combinações é também uma prioridade. Novas experiências para satisfazer novas necessidades são um bom caminho para o futuro. Que a Imperial conte com muitos e bons anos.
A propósito d'As Linhas de Wellington
João Domingos Bomtempo - March of Lord Wellington. London: Clementi & C.º, [1811-1812?]
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Números
67% dos sites portugueses não são actualizados há mais de um ano;
5% é o número de páginas na net que nos últimos três meses foram revistos;
83% dos sites nacionais não disponibilizam informação legalmente obrigatória (localização, contactos, código de conduta);
95% das organizações ainda não tiram partido da Internet e da economia digital;
3,2% das empresas portuguesas estão no Facebook (realidade não muito diferente da de outros países, onde a capacidade de tirar partido dos novos media é insuficiente);
417.653 é o número de sites activos em Portugal, dos quais 307.091 têm intuitos profissionais;
7.000 sites são dedicados a serviços públicos;
24.054 são blogues;
17.097 destinam-se ao ecommerce.
Estes são os números que constam do primeiro estudo realizados ao mercado digital português pela e-mail Brokers.
5% é o número de páginas na net que nos últimos três meses foram revistos;
83% dos sites nacionais não disponibilizam informação legalmente obrigatória (localização, contactos, código de conduta);
95% das organizações ainda não tiram partido da Internet e da economia digital;
3,2% das empresas portuguesas estão no Facebook (realidade não muito diferente da de outros países, onde a capacidade de tirar partido dos novos media é insuficiente);
417.653 é o número de sites activos em Portugal, dos quais 307.091 têm intuitos profissionais;
7.000 sites são dedicados a serviços públicos;
24.054 são blogues;
17.097 destinam-se ao ecommerce.
Estes são os números que constam do primeiro estudo realizados ao mercado digital português pela e-mail Brokers.
Dependências
Que os portugueses estão entre os maiores consumidores de antidepressivos na Europa, não é novidade. Um em cada sete recorre a este tipo de fármacos, de acordo com um estudo sobre Sáude Mental realizado em 2010. Mas a dependência lusa de medicamentos não se fica por aqui. Outro estudo desta vez realizado pela Marktest revela que os casais com filhos entre os 6 e 11 anos são os que mais tomam analgésicos. Os inquiridos têm entre 35 e 44 anos, são profissionais qualificados e residem na região Norte. É pena o referido estudo não revelar os motivos desta prática. Caso para dizer; será que as criancinhas lhes dão conta da cabeça?
Outubro de 1927
Hélène Ostrowski na capa de L'Officiel, oct.1927
Foto de Madame d'Ora
Capa de Pierre Mourgue
Capa de Eduardo Garcia Benito
Humor pela manhã ...
Nunca assisto aos meus programas. Tenho pudor de me ver. Quando me vejo na televisão, chego a achar-me gordo... Olha que absurdo!
terça-feira, 2 de outubro de 2012
A nossa vinheta - Outono
Alfredo Keil, Praça dos Restauradores, 1889.
Museu do Chiado - Museu de Arte Contemporânea
Matriznet
O Outono, a semana que celebra, pela última vez, o feriado do 5 de Outubro e a ligação de Keil à Portuguesa são as razões desta escolha.
6 é Dia Mundial da Música
E Lisboa vai estar em festa com algumas das suas ruas e praças animadas até altas horas. Excelente alternativa para passar um dia diferente.
A programação:
Ensemble e Banda: Rua da Mouraria (10h); Rua da Guia (11h); Largo do Intendente (12h)
Coros: Ruínas do Carmo (15h, Coro Juvenil de Lisboa; 17h, Coro Lisboa Cantat; 19 h, Escola de Música do Coservatório Nacional)
Percussão e Orquestras: Largo de São Carlos (16h, Percussões da Metropolitana; 18h, Ensemble da Orquestra Sinfónica Portuguesa; 20h, Orquestra de Sopros da Metropolitana; 22 h, Orquestra Metroipolitana de Lisboa)
Ateliers Educativos: Museu do Chiado (16h30, 17h30 e 18h30, Atelier Instrumental e Aula Aberta/Escolas da Metropolitana, limitada à lotação disponível).
A programação:
Ensemble e Banda: Rua da Mouraria (10h); Rua da Guia (11h); Largo do Intendente (12h)
Coros: Ruínas do Carmo (15h, Coro Juvenil de Lisboa; 17h, Coro Lisboa Cantat; 19 h, Escola de Música do Coservatório Nacional)
Percussão e Orquestras: Largo de São Carlos (16h, Percussões da Metropolitana; 18h, Ensemble da Orquestra Sinfónica Portuguesa; 20h, Orquestra de Sopros da Metropolitana; 22 h, Orquestra Metroipolitana de Lisboa)
Ateliers Educativos: Museu do Chiado (16h30, 17h30 e 18h30, Atelier Instrumental e Aula Aberta/Escolas da Metropolitana, limitada à lotação disponível).
Outubro
Provérbio português : Em outubro sê prudente: guarda pão, guarda semente.
( Iluminura do Livro de Horas do Duque de Berry, Museu Condé, França )
Humor pela manhã...
Muito se deve rir este entre um brioche e um croissant, e ainda há quem fale nele para suceder a Cavaco Silva...
Leituras no Metro - 107
«Nunca fui capaz de observar alguém de maneira tão atenta e aprofundada como a mim própria.»
Nina Berberova
(cit. por José Medeiros Ferreira, in «Diários, memórias e autobiografias», JL, Paço de Arcos, 19 set. 2012, p. 32)
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
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