Prosimetron

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sábado, 5 de agosto de 2017

Boa noite!



«[...] Sánchez Mazas conhecia o soldado que o salvou. Uma vez viu-o a dançar um pasodoble no jardim de Collell. Sozinho. O pasodoble era Suspiros de España - Miralles desceu o passeio e encostou-se ao táxi, apoiou uma manápula no vidro descido. [...]»
Javier Cercas - Soldados de Salamina. Porto: Asa, 2002, p. 171

Javier Cercas nunca falou com o mítico soldado republicano Enric Miralles (no romance Cercas chama-se Antonio). 
Leia aqui: http://www.diarioinformacion.com/cultura/2013/04/09/sale-luz-identidad-mitico-miralles-soldados-salamina/1361388.html

Leituras no Metro - 283

Trad. Helena Pitta. Porto: Asa, 2002

Há uns dias li uma entrevista de António Mega Ferreira em que falava da última obra de Javier Cercas, El monarca de las sombras, ainda não traduzida em Portugal. Este livro conta a história do seu tio-avô materno, Manuel Mena, falangista, que morreu em combate com 19 anos. Resolvi então reler, quinze anos depois, este Soldados de Salamina e... gostei imenso. Este livro é igualmente passado na Guerra Civil Espanhola, o grande tema da obra de Javier Cercas.

«É curioso (ou pelo menos parece-me curioso agora): desde que o relato de Ferlosio despertou a minha curiosidade nunca me ocorreu que alguns dos protagonistas da história pudesse ainda estar vivo, como se de facto não tivesse acontecido apenas há sessenta anos, mas fosse tão remoto como a batalha de Salamina.» (p. 37). Este Ferlosio é o escritor Rafael Sánchez Ferlosio, filho de Rafael Sánchez-Mazas. O modo como este se livrou de ser fuzilado em Collell inspirou Javier Cercas a escrever Soldados de Salamina. 

Porto: Livros do Brasil, 2017


David Trueba adaptou o livro ao cinema.

Alguém muito meu próximo, que viveu a Guerra Civil Espanhola deste lado da fronteira, teria gostado de ler Javier Cercas.

Pacotes de açúcar - 147

Sete pacotes de uma coleção de dez.

Não sabia da existência de Eco.beatas, nem nunca vi nenhum recipiente para as colocar.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Boa noite!


Caçarola de arroz, batatas e mexilhões

«- Esta noite, o Hans fez uma caçarola de arroz, batatas e mexilhões. Queres provar? [...]
«A caçarola de arroz, batatas e mexilhões é um prato semelhante à paella valenciana, embora qualquer natural de Bari diga que é muito melhor. Prepara-se sobrepondo numa caçarola camadas de arroz, mexilhões, batatas, curgetes, tomates frescos aos pedaços, condimentados com azeite, pimenta, cebola e salsa picada. Acrescenta-se depois a água com que se lavaram os mexilhões, vai ao forno cerca de 50 minutos e o resultado não é garantido, a menos que o cozinheiro tenha pelo menos quatro gerações em Bari.
«- Não queria parecer indelicado com o Hans [...], mas tenho algumas dúvidas quanto ao facto de ele ser capaz de fazer bem o prato.
«- Prova-o e logo falamos. [...] Então? [...]
«- Tinhas razão. Um prato como este só a velha Marietta era capaz de fazer.»
Gianrico Carofiglio - As perfeições provisórias. Porto: Porto Ed., 2013, p. 112-113


Empadão à moda de Bari

200 g de arroz
700 g de mexilhões
1 dente de alho
400 g de batata
Azeite virgem extra
1 cebola grande, cortada em rodelas finas
70 g de Pecorino ralado
Salsa picada
Pimenta moída de fresco

Coza o arroz em água.
Limpe os mexilhões, lave em água corrente e, numa panela, leve ao lume durante alguns minutos com o dente de alho. Depois de as cascas abrirem, passe o suco por um passador fino ou por um pano e reserve. Deite fora os mexilhões fechados. Retire os mexilhões das cascas e reserve. Descasque as batatas, lave e corte em rodelas finas.
Unte um prato de forno com azeite e cubra com a batata.
De seguida, vá dispondo em camadas o arroz, as rodelas de cebola, o Pecorino, a salsa e os mexilhões, até acabarem todos os ingredientes, devendo terminar com as batatas.
Tempere com pimenta, salpique com azeite, regue com o suco dos mexilhões e leve ao forno previamente aquecido a 180°C durante, aproximadamente, 45 m.
http://www.avitrinedosabor.com.br/italia/2517-empadao-a-moda-de-bari.html

Se não tivesse medo que isto saísse uma grande porcaria - não sou de Bari, nem tenho ascendentes desta cidade (a não ser que estejam lá muito para trás) -, metia mãos à obra.

Marcadores de livros - 785


Marcadores e um postal dos 500 anos da Biblioteca da Universidade de Coimbra.

Obrigada, Jad!


quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Boa noite!

Capa de Arthur Getz, 2 ago. 1958

Marcadores de livros - 784

Três marcadores (três frentes e dois reversos) com programas de cinema.

Moyen Âge et publicité


Esta exposição, que pode ser vista na Tour Jean sans Peur, em Paris, até final do ano, pretende responder a algumas interrogações: como era difundida a publicidade comercial; como se anunciavam as festividades ou como se informava sobre condenações na justiça num mundo em que a maioria das pessoas não sabia ler e onde não havia jornais? 


terça-feira, 1 de agosto de 2017

Boa noite!

Jeanne Moreau

A nova vinheta é naturalmente dedicada a Jeanne Moreau - única na sua beleza, única no seu talento

O tempo passa...


«J'aime le temps qui passe. Il n'y a rien de plus pathétique qu'une femme qui s'accroche à une image de sa vie passée. A 20 ans, on a la beauté du diable. Ensuite, c'est l'âme qui transparaît.»
Jeanne Moreau


Marcadores de livros - 783


Sophie Feodorovna Rostopchine, a Condessa de Ségur, nasceu em 1 de agosto de 1799, em São Petersburgo.

Marcadores de livros - 782

Elisabeth Sonrel - Flores de inverno
Elisabeth Sonrel - As andorinhas


Dedicado a Justa, pelo 5.º aniversário do seu blogue: http://marcapaginasdejusta.blogspot.pt/

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Os meus franceses - 550

Soube do falecimento de Jeanne Moreau pelo post do Luís. Uma grande tristeza!

Uma canção de Cyrus Bassiak, tal como a que o Luís colocou esta manhã.

Cyrus Bassiak é o pseudónimo sob o qual o escritor e pintor Serge Rezvani, nascido em Teerão em 1928, escreveu canções.



«Je n'aime pas obéir à l'image qu'on a de moi».
Jeanne Moreau

Sam Shepard (1943-2017)

Soube há pouco que Sam Shepard morreu na quinta-feira passada, vítima de esclerose lateral amiotrófica. Eu nem sabia que ele estava doente...
Gosto dele como ator, como escritor e como guionista. Foi coautor do guião de um dos meus filmes preferidos: Paris Texas de Wim Wenders.
Há vários livros de Sam Shepard traduzidos em Portugal, como:

Lisboa: Relógio d'Água, 1990
Lisboa: Difel, 1997
Lisboa: Difel, 2002
Lisboa: Relógio d'Água, 2004

Sam Shepard escreveu Cowboy Mouth em parceria com Patti Smith, com quem viveu uma efémera história de amor. O livro é o relato dessa história vivida no mítico Chelsea Hotel. 
Tenho andado a ler  (aos poucos) M Train de Patti Smith, em que ela relata como Sam Shepard, então já um conhecido dramaturgo, foi importante no arranque da sua carreira como cantora.

Sam Shepard e Jessica Lange. Viveram juntos 27 anos.


Lá fora - 318





A nossa época é a dos arquitectos-estrela, mas a verdade é que a aura da profissão vem de longe como esta exposição patente no Palais de Chaillot demonstra.

L'Architecte - Portraits et clichés, até 4 de Setembro na Cité de l'architecture et du patrimoine, Palais de Chaillotcitedelaarchitecture.fr

Humor pela manhã



Se alguém puder ajudar ... :)

Bom dia !





R.I.P.

No meio da cidade

Capa de Edna Eicke. The New Yorker, 31 jul. 1954

Marcadores de livros - 781

Para acabar o mês de julho, um marcador de plástico.

domingo, 30 de julho de 2017

Jantar com Mr. Darcy

London: CICO Books, 2013


«In vain have I struggled. It will not do. My feelings will not be repressed. You must allow me to tell you how ardently I admire and love you.»
Jane Austen - Orgulho e preconceito

Marcadores de livros - 780



Terracotta Army, Guerreiros de Xian


Quando um grupo de agricultores começou a escavar à procura de água em Xian deparou-se com uma imensidão de figuras de terracota que estavam no interior do mausoléu de Qin Shi Huang, primeiro imperador da China. A descoberta aconteceu em 1974 e as escavações que se seguiram desenterraram guerreiros, cavalos, armas e carruagens. A exposição Terracotta Army, Guerreiros de Xian já percorreu vários pontos do mundo com 150 réplicas em tamanho real e pode ser vista em Lisboa até 30 de setembro. 
Na Cordoaria Nacional poderão ser vistos os guerreiros criados a partir da obra original - cujas escavações ainda continuam, apesar de já terem sido descobertas cerca de oito mil figuras com feições, penteados e outras características muito diferentes - e ainda a reprodução do fosso. Para perceber melhor esta importante descoberta arqueológica, há também um documentário. 
Fonte: https://nit.pt/coolt/teatro-e-exposicoes/exercito-terracota-xian-lisboa

Vi esta exposição, ou semelhante, há anos na defunta Pinacoteca de Paris e espero ir um dia destes até à Cordoaria.