Prosimetron
sábado, 29 de março de 2014
Gustave Doré (1832-1883). L'imaginaire au pouvoir
Gustave Doré - Entre ciel et terre, 1862
Óleo sobre tela
© Musée d'Art et d'Histoire, Belfort, France
Esta exposição pode ser vista até 11 de maio, no Museu d'Orsay:
http://www.musee-orsay.fr/fr/evenements/expositions/au-musee-dorsay/presentation-detaillee/article/gustave-dore-37172.html?tx_ttnews%5BbackPid%5D=254&cHash=c57f7254f4
Bom pequeno-almoço - 27
http://osmeusrefugios.blogspot.pt/2011_04_01_archive.html
O croissant estava estava ótimo. O Eric Kaiser tem uns croissants parisienses muito bons, um bocadinho caros.
sexta-feira, 28 de março de 2014
Fim de semana em Paris
Jantar neste restaurante na rue du Cherche-Midi, e depois ir ver o Ballet Revolución ao Casino:
Boa noite!
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O presente
Albrecht Dürer, estudo para um altar, Wikipaintings
Um presente com graciosidade foi como vi as sementes do jardim da Casa Branca que Barack Obama deu ao Papa Francisco. A simplicidade das sementes na grandiosidade simbólica que representam.
A oferta de Obama tem um destino: será plantada nos jardins do Palácio de Verão, em Castelgandolfo.
A oferta de Obama tem um destino: será plantada nos jardins do Palácio de Verão, em Castelgandolfo.
No centenário de Jaurès
Tenho pena de não poder ir ver esta exposição sobre Jaurès, organizada pelos Archives nationales de France e pela Fundação Jaurès.
A exposição traça a carreira deste brilhante professor, jornalista e político. Eloquente orador, influenciou muitas consciências. Uma referência para toda a República, foi o fundador e diretor do jornal L'Humanité, e também o pai do socialismo democrático.
Jaurès voltará em breve nas «Leituras no Metro».
Jean Jaurès
Leituras no Metro - 149
Diego Rivera - A noite dos pobres
«Terça-feira, 4 de Junho de 2013
«09:00 h
«O medo instalou-se no coração das pessoas, e a vida, tal
como a conhecemos, acabou. O desperdício, o capricho e a extravagância, musas
poderosas de quem podia, morreram na praia.
«Ao dia de hoje, há mais de 1 milhão de desempregados em
Portugal, sem esperança à vista, e pasmo com a dignidade dos portugueses
sofrendo em silêncio as suas tragédias íntimas. Na rua, tento divisar expressões
reveladoras do que sentem, mas, até a mim, estripadora mental por deformação de
ofício, enganam. Os peões parecem conhecer o seu destino e atravessam as rua
srapidamente, sobretudo nas zonas pobres. Continuam a lavar-se e a sair à rua,
sem hostilidades a olho nu, e um estrangeiro que aqui passe sossegará assim a
família:
«- É tudo exagero dos jornais, Portugal é uma ilha de paz!
«O olhar das pessoas parece mais ocupado do que angustiado,
apesar do que as corrói lentamente, como vidro moído. Respira-se, contudo, um
ar saturado de solidão, a solidão dos que soterram os seus problemas e as suas
dívidas, a venda dos últimos ouros, a dação das suas casas, o roubo das suas
reformas, a cisão desesperada com maridos e familiares.»
Rita Ferro - Veneza pode
esperar: Diário I. Alfragide: Dom Quixote, 2014, p. 77
quinta-feira, 27 de março de 2014
"Tenho o direito..."
O mundo precisa de Paris, com a sua história, o seu espírito inovador, a sua cultura e a sua civilização: se Paris não existisse, tinha que ser inventado.
Uma só palavra a mais sobre Paris seria supérflua. É esta concisão que me faz gostar de ler guias de viagem e livros de história. As pessoas que não sabem resumir não têm dignidade. O mesmo se pode dizer das pessoas que prolongam inutilmente vidas complicadas. Quem não conhece a beleza da simplificação, da supressão do que é desnecessário, morre sem chegar a compreender o verdadeiro sentido da vida.
Kim Young-ha, Tenho o direito de me destruir. Lisboa: Teorema, 2013, p. 10
Foto daqui
Kim Young-ha é um escritor sul coreano. Escreve sobre as sociedades contemporâneas, o seu vazio, as suas culturas tendo como fio condutor, a arte, a morte e as viagens.
LUCIEN DONNAT - UM CRIADOR RIGOROSO
Fotos ©Filipe Ferreira
Dois aspetos da exposição no Teatro D. Maria II
«O Museu Nacional do Teatro e o Teatro Nacional D. Maria II apresentam uma exposição sobre Lucien Donnat. Cenógrafo, figurinista, decorador, compositor e designer, foi um dos colaboradores mais assíduos do TNDM II. O núcleo principal encontra-se no Museu Nacional do Teatro, onde se apresenta um percurso cronológico do seu trabalho. No núcleo do Teatro Nacional D. Maria II analisa-se a peça "Antígona", o espectáculo de estreia de Mariana Rey Monteiro em abril de 1946, e o trabalho de Lucien Donnat como decorador de espaços públicos.» (http://www.cm-lisboa.pt/eventos-agenda/detalhe/article/exposicao-lucien-donnat-um-criador-rigoroso)
Ainda só vi o núcleo do Teatro Nacional D. Maria II, mas espero ir em breve ao Museu Nacional do Teatro.
A exposição é acompanhada de um magnífico catálogo.
Lisboa : INCM, 2014
€30,00
Uma proposta de visita para hoje, Dia Mundial do Teatro.
Leituras no Metro - 148
Giuseppe Maria Crespi - Trompe l'oeil de uma estante, 1710-1720
«Em leituras, sou um desapontamento. Não estou a par das
novidades internacionais nem dos prémios importantes e raramente me interesso
por autores novos. Se não tivesse a sorte de receber livros das editoras
viveria alheada de tudo isso. Fora esses, viajo entre a leitura contrafeita de
manuscritos e a das minhas estantes anacrónicas. Prefiro portugueses mortos, sempre,
apaixonada pelo perfume desta terra, e não encontro gozo maior do que tentar
perceber o modo como tantos, arrancados à pobreza e à província, chegaram até
àquele ponto de refinamento.»
Rita Ferro - Veneza pode esperar: Diário I. Alfragide: Dom Quixote, 2014, p. 62
quarta-feira, 26 de março de 2014
Marcadores de livros - 148
«Ainda vivo no Estoril. Como troquei o azul do mar pelo verde da folhagem, não me sinto desfalcada. De manhã, oiço o canto dos pássaros, e ao entardecer, os grandes silêncios do campo.» (p. 17)
*
«Acordei há pouco, estou a escrever de pijama. São rotinas de quem vive sozinho. Ninguém me vê e, se tocarem à porta, finjo que não estou. Não me orgulho disto, todos os dias juro que será a última ve que venho para o computador nesta figura, mas como as ideias surgem claras de manhã apresso-me a apontá-las. Quando dou por isso é meio-dia e envergonho-me deste hábito de porteira, que não me abona.
«Vi-me ao espelho há momentos e sorriu-me esta cara infeliz e esta expressão cansada, que assinala a minha odisseia. Penso muitas vezes sobre se seria capaz de trocar de cara por outra mais inspirada, se pudesse. Não creio. Tenho incorreções suficientes, mas a verdade é que tudo isto conta uma história mais interessante do que as outras, por ser a minha, cujo fim venho pagando para conhecer. Além disso, os meus traços são genéticos. Sou parecida com o meu pai e gosto que mo digam, tenho orgulho nisso, como se pudesse prolongar a sua memória. Uma cara é um brasão, um conjunto armorial completo, não é coisa que se decline, como um café ou um encontro.» (p. 27)
*
«Enquanto os ouvia [colóquio na Católica sobre António Quadros] a decifrar os seus livros e ensaios, só me lembrava de como as chumbadas arcadianas o maçavam e de como se deve ter rido ao ver-me ali, impaciente como um leopardo enjaulado. Nunca é o pensamento que assusta, é a gramática pesada que o serve, as mil remissões do discurso académico. Nem são as resmas de papel nas mãos dos oradores, a prometerem-se infinitas; é a palidez de algumas caras e a suspeita de que não será preciso tanta renúncia ao sol e ao prazer para entender a vida e aceitar a morte.» (p. 33)
É a filosofia portuguesa (ou o que isso seja), digo eu.
Rita Ferro - Veneza pode esperar: Diário I. Alfragide: Dom Quixote, 2014
A Paisagem Nórdica do Prado
Para quem ainda não foi à exposição A Paisagem Nórdica do Prado fica aqui o apontamento que vai estar patente até 6 de Abril. Uma excelente notícia pois justifica-se o alargamento do prazo com o grande número de visitantes que tem recebido. Parabéns ao Museu Nacional de Arte Antiga.
Núcleo 9 da exposição "Na Itália pintam a luz"
Claude Gellée, dito Claude Lorrain, Paisagem com monja mercedária, 1636-1639
Núcleo “No Jardim do Palácio”
A exposição A Paisagem Nórdica do Prado encontra-se dividida em nove núcleos, correspondentes às diversas tipologias da paisagem, surgidas na Flandres e na Holanda: “A Montanha: encruzilhada de caminhos”, “O Bosque como Cenário: a vida no bosque, o bosque bíblico e a floresta encantada, encontro de viajantes”, “Rubens e a Paisagem”, “A Vida no Campo”, “No Jardim do Palácio”, “Paisagem de Gelo e de Neve”, “Paisagem de Água: marinhas, praias, portos e rios”, “Paisagens Exóticas, Terras Longínquas” e, ainda, “Em Itália Pintam a Luz”. Retirado do site do MNAA.
Algumas destas telas revisitei-as outras foram novidades que valem a pena ser observadas.
terça-feira, 25 de março de 2014
Été 14 : les derniers jours de l’ancien monde
Abre hoje na BnF uma exposição realizada no âmbito da Missão para o centenário da Primeira Guerra Mundial.Pode ser vista até 3 de agosto.
Sempre atual
«A instrução é sempre a causa mais direta e imediata da prosperidade de um país, e, por essa mesma razão, gastar dinheiro com ela é, positivamente, semear dinheiro.»
João de Barros - In: A nacionalisação do ensino
segunda-feira, 24 de março de 2014
Uma cidade pouco poluída?
Será Lisboa uma cidade pouco poluída?
Num velho edifício da Rua do Arsenal nasce vida, Primavera.
No passeio, próximo da Praça do Duque da Terceira, encontrei urtigas.
“I would not like to live in a world without cathedrals. I need their beauty and grandeur. I need them against the vulgarity of the world.”
― Pascal Mercier, Night Train to Lisbon, (cortesia do Google)
Boa noite!
João Ribas faleceu ontem. Na tv disseram que era vocalista dos Tara Perdida, mas eu só conhecia os Censurados, primeiro grupo que fundou.
«Março marçagão» - É hoje!
Il. de John Falter - Rainy wait for a cab, 29 mar. 1947
Março marçagão: de manhã Inverno, de tarde Verão e de noite nariz de cão.
Joe DeMers - Too slow for the crowd. Il para The Saturday Evening Post, 11 mar. 1961
Março marçagão: de manhã cara de cão, ao meio-dia de rainha e à noite de fuinha.
Por sugestão do Jad.
24 de Março: Dia do Estudante
Será que o Dia do estudante ainda se festeja?
Veja o texto de José Medeiros Ferreira sobre as origens da data em:
http://republicaresistencia.cm-lisboa.pt/menu/estuda/estuda1.htm
Cromos - 23
«Nossa indolência em vão tenta imitar a indolência elegante do gato.»
«O homem mora na casa do gato, que o tolera por política.»
Carlos Drummond de Andrade - Aforismos. 7.ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010, p. 93
Marcadores de livros - 149
Da Oriflame, em metal amarelo. O meu scanner é que está um bocado fanado. :)
Agradeço a quem mo ofereceu.
Em memória de Adolfo Suárez
«La libertad solamente es concebible si existen unas condiciones justas de vida para todos.»
«Un político no puede ser un hombre frío. Su primera obligación es no convertirse en un autómata. Tiene que recordar que cada una de sus decisiones afecta a seres humanos. A unos beneficia y a otros perjudica. Y debe recordar siempre a los perjudicados...»
Adolfo Suárez
Janelas
Janelas na Rua das Janelas Verdes, Lisboa
Janelas próximo da Praça do Município, Lisboa
People everywhere love Windows.
Bill Gates
(cortesia do Google)
domingo, 23 de março de 2014
Publicidade 'abaixo de cão'! (Coitados dos cães!)
Leia o post de HMJ, no Arpose:
http://arpose.blogspot.pt/2014/03/da-janela-do-aposento-44-uma-escola-de.html?showComment=1395570170350#c1967037919742143413
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