Prosimetron

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sábado, 28 de setembro de 2024

Boa noite!

«Talvez Jesus não seja o meu Salvador pessoal, mas O Messias mudou verdadeiramente a minha vida. A primeira vez que o ouvi, provavelmente num concerto de Natal, eu estava no liceu e foi representado ao estilo dos anos 60: com uma orquestra composta por centenas de músicos, pelo menos foi o que me pareceu, e um coro ainda mai imponente. Foi a minha primeira experiência de música barroca vocal e pensei que a terra se tina aberto sob os meus pés, ou que tinha sido projetada para o espaço, porque descobri ali um novo mundo musical.» 
Donna Leon - Une promesse d'aventure. Paris: Calmann-Lévy, 2023, p, 61


O Messias de Händel é a oratória que eu mais tenho ouvido. Quando a vejo num programa e consigo bilhetes vou. Não é fácil conseguir bilhetes porque me parece que é uma das peças mais amadas. E não tem nada a ver com religião, como Donna Leon diz. Aliás, eu que sou agnóstica, gosto bastante de música religiosa. E este Messias é divinal.

Leituras no Metro - 2940

Paris: Calmann-Lévy, 2023

Estou a ler as memórias de Donna Leon, que faz hoje 82 anos. Não posso dizer que até agora sejam muito empolgantes. Fala da infância e juventude, de como a mãe, uma grande leitora, lhe passou o gosto pela leitura; dos quatro anos que passou no Irão (onde assistiu à Revolução), na China e na Arábia Saudita, como professora. Neste país, onde permaneceu nove meses, imaginou um jogo estilo Monopólio, «$audiopoly», a que dedica um capítulo. Um jogo delirante para se entreter com amigos.
Destes países com ditaduras, precisava de 'ar fresco' e rumou a Itália, onde viveu muitos anos. 
Donna Leon descreve a emoção que teve a primeira vez que assistiu a uma ópera, Tosca: «Essas três horas mudaram a minha vida. Eu sei que isto pode parecer melodramático, mas é verdade. Foquei viciada e fui muitas vezes ouvir, nos vinte anos seguintes, os grandes cantores da minha época: Scotto, Pavarotti, Caballé, Domingo, Price, Sills, Olivero (sim, Magda Olivero - v-a nos seus primórdios no Met, com 65 anos. No papel de Tosca.) Sem esquecer Nilsson, Di Stefano, Del Monaco, Corelli, Gobbi, Christoff.
«De certa forma, esses anos provocaram a minha ruiana porque faço agora parte desses velhotes que, quando ouvem os grandes cantores contemporâneos, murmuram coisas polidas como "Sim, sim, claro", mas lembro-me como as pessoas vibravam quando ouviam Nilsson cantar Turandot e como estavam no sétimo céu quando Leontyne Price cantava espirituais.
«Ou quando Zinka Milanov cantava Tosca.» (p. 58-59)


Marcadores de livros - 3158


Versos e reversos.

Ver mais marcadores de livros de Donna Leon (que faz hoje 82 anos) aqui e aqui.
Para Justa. 

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Boa noite!

Eva Cassidy (1963-1996).

Portas de Nantes

Set. 20224.

Para a Isabel.

Marcadores de livros - 3154

É pena o castelo de Angers só ter estes quatro marcadores para venda da Tapeçaria do Apocalipse (século XIV), uma obra-prima. Tinha muitos postais, mas muito mal impressos. Ler aqui.

Da esq. para a dir.: «La grande prostituée sur les eaux» (lembra uma tapeçaria que existe no Museu de Cluny); «Les âmes des martyres»; «Le dragon combatant les serviteurs de Dieu»; e «L'Apocalypse de Saint Jean».





Amanhã é o Dia Nacional da Banda Desenhada.