Prosimetron
sábado, 12 de outubro de 2019
Os meus franceses - 718
Cinquenta e três depois do intenso e turbulento romance ao som de «chabadabada» em Un homme et une femme e trinta e três anos após o reencontro em 20 ans déjà (1986), Claude Lelouch faz novo filme com Anne (Anouk Aimée) e Jean-Louis (Trintignant), como sendo, nas suas próprias palavras, «uma celebração do viver, um ensaio sobre a resistência da vida na luta contra a morte, por via do prazer e da alegria».
Les lus belles années d'une vie estreia hoje na Cinemateca com a presença de Trintignant. Eu que pensava ir até lá ver o filme e o ator, soube há pouco que a sessão está esgotada. :(
As escolhas literárias de Bruce Springsteen
«Bruce Springsteen é um nome incontornável no mundo da música. Além de compositor, mostrou, com a sua autobiografia, Born To Run, que o talento para a escrita não se fica pela música. Se pudesse organizar um jantar literário com autores, o Boss escolheria Philip Roth, Keith Richards, Tolstoi e Bob Dylan. É também um leitor ávido e falou com o The New York Times sobre vários livros que fazem parte da sua vida. Espreite connosco algumas dessas escolhas.» (Sofia Costa Lima)
Destes quatro eu escolheria dois, Tolstoi e Dylan. Até gosto muito de Philip Roth e as memórias de Keith Richards foram para mim uma boa surpresa, mas teria de pensar porque há outros. Porque não o próprio Springsteen? Era uma boa! :)
Veja aqui os livros que Bruce Springsteen escolheu.
E já agora: com que escritores gostariam de jantar?
sexta-feira, 11 de outubro de 2019
Boa noite!
Anúncio de Le Temps Suspendu - Sur les traces de Marius Borgeaud, um filme de Stéphane Riethauser e Marie-Catherine Theiler, 2007.
quinta-feira, 10 de outubro de 2019
Os meus franceses - 717
«Georges Moustaki [...] não se esqueceu em que circunstâncias tu aceitaste cantar o seu Milord. Ele tinha acabado de escrever, à sua maneira, o que iria ser um dos teus maiores êxitos, e veio apresentar-to. Tu recebeste-o gentilmente, leste a canção e o teu veredito caiu do alto da tua bela sinceridade: "Está perfeito. Retira tudo o que escreveste excepto 'Milord' e desenvencilha-te com isso". 'Jo' compreendeu bem a mensagem, e, sem orgulho descabido, seguiu o teu conselho. Em torno da palavra 'Milord' escreveu uma canção alternadamente lancinante e endiabrada que permanece em todas as memórias.»
Serge Reggiani - Último correio antes da noite. Porto: Campo das Letras, 1996, p. 90
Leituras no Metro - 1039
Lisboa: Tinta da China, 2019
«Em 1958, em plena ditadura, as eleições preparavam-se para ser mais uma encenação para manter aparências. Mas, ao contrário do que Salazar desejaria, a corrida para a presidência da República foi um agitar sem precedentes das águas paradas do Estado Novo: Humberto Delgado, um homem do regime e militar no ativo, juntou-se à oposição e candidatou-se, apesar da censura, das intimidações da PIDE e do desfecho previsível e condicionado nas mesas de voto.
«Influenciado pelos anos que viveu nos EUA, o "General sem Medo" lançou-se numa campanha com um profissionalismo comunicacional inédito no país, de aproximação às pessoas, com slogans e soundbites que perduraram muito além do período eleitoral – como "Obviamente, demito-o" ou "o medo acabou" –, e encheu praças e auditórios pelo país numa onda de entusiasmo democrático há muito apagado. Como este livro reconstitui, a campanha de Humberto Delgado foi um verdadeiro 'terramoto político', e a maior ameaça que o Estado Novo enfrentou nos seus 40 anos de existência.» (Da contracapa)
Um bom livro, baseado numa boa investigação. Acho dispensável o capítulo inicial, «O contexto político do Estado Novo», que me parece fraco e chato, não adiantando nada ao livro. Até pode levar algum leitor a não continuar a leitura.
quarta-feira, 9 de outubro de 2019
Biografias e afins
Uma novidade da grande editora parisiense que é a Parigramme, recenseando a história da moda a partir das figuras que a partir de Paris influenciaram o resto do país e do mundo ... : o duque de Orleães e os saltos vermelhos, Josefina, Mlle Chanel, Saint-Laurent, etc
Paris-Figures de mode, Soline A.Baptiste, Parigramme, 150p, €16.
Da vinheta
A vinheta propriamente dita é o mapa partidário dos vencedores por distritos nas legislativas de 2019, com predomínio claro do PS, mas acrescentei aqui outro mapa, o da distribuição de mandatos por distrito , reveladot da macrocefalia Lisboa/ Porto e do declínio demográfico do interior com Portalegre à cabeça com os seus 2 deputados ...
A arte do retrato - 256
15 obras de William Adolphe Bouguereau vão à praça pela primeira vez na próxima semana, em Lyon, depois de estarem quatro décadas na posse do coleccionador lionês que as recebeu do neto do artista, herdeiro do espólio de Bouguereau.
Uma das obras é este Retrato de Élize Brugière , 1895-96, 46x36cm, um estudo para a grande tela L' Admiration.
Bom dia !
Deixou-nos há 4 dias esta actriz e cantora. Tinha 84 anos, uma vida cheia que ultrapassou todas as barreiras.
terça-feira, 8 de outubro de 2019
Centenário do jornal A Batalha
O n.º 1 do jornal A Batalha, de orientação anarco-sindicalista, é publicado em 23 de fevereiro de 1919. Viria a ser o órgão da CGT (Confederação Geral do Trabalho), criada em setembro desse ano.
Cartão de redator e cota do jornal, de Alexandre Vieira, primeiro redator principal do jornal A Batalha. A direção do jornal era colegial.
Lisboa, Fundação Mário Soares
segunda-feira, 7 de outubro de 2019
Leituras no Metro - 1038
Sevilla: Renacimiento, 2017
De Barcelona a la Bretaña francesa foi publicado pela primeira vez em 2014. Nesta obra, a escritora, então militante no campo republicano, relata os seus últimos momentos em Barcelona, a fuga para França e as vivências nos campos de refugiados neste país até chegar a Le Pouliguen, na Bretanha. Aqui termina a 'viagem' de Luisa Carnés e daqui sairia num barco, com outros exilados espanhóis, para o México onde viveu até 1964, ano da sua morte.
É o terceiro livro desta autora que leio e acho que me vou abalançar noutros.
domingo, 6 de outubro de 2019
Em dia de eleições...
Coimbra: Almedina, 2019
«Mulheres e eleições oferece uma reflexão multidisciplinar sobre a participação das mulheres na política, através da análise dos discursos e das práticas no contexto português, espanhol e também da União Europeia. Desde a conquista do direito ao voto até ao facto de serem candidatas aos órgãos do poder político, passando pela participação nas campanhas eleitorais, a filiação nos partidos políticos e a organização dos próprios atos eleitorais. A questão da participação das mulheres na política surge no final do século XVIII com a emergência dos estados liberais e a necessidade de definir quem poderia eleger e ser eleito para o parlamento.
«A sua exclusão do novo modelo de governo acentua o debate sobre o papel que os homens e as mulheres desempenhavam tanto na família como na sociedade.» (Sinopse)
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