Rita Lee e Zélia Duncan.
Prosimetron
sábado, 9 de setembro de 2023
Caixa do correio - 212
Maurice Eliot (1862-1945) - Une journée de baptême, 1890
Morlaix, Musée des Jacobins
Este museu está a ser reabilitado e ainda vai estar fechado mais três anos.
Marcadores de livros - 2778
«Por muito grande que seja o nosso conhecimento, não pode ajudar-nos a cumprir o objetivo principal da nossa vida - a perfeição moral.» (p. 273)
Discordo desta máxima de Tolstoi. Alguma vez seria a primeira. E não será a última.
Carcavelos: Self, 2022
E um marcador da Errata Naturae, com um agradecimento à Justa.
sexta-feira, 8 de setembro de 2023
Involtini de espargos
«Quando a criada servia involtini com os primeiros espargos verdes da estação [...].
«Quando ia continuar foi interrompida pela criada que veio levantar os pratos. Voltou rapidamente com pratos de merluzzo con spinacci.»
Donna Leon - Cair de amores. Lisboa: Relógio d'Água, 2017, p. 48-49
Bom almoço!
Leituras no Metro - 1160
Lisboa: Tigre de Papel, 2023
O MAEESL (Movimento Associativo dos Estudantes do Ensino Secundário de Lisboa) foi criado em 1967, dando continuidade à CPA dos Liceus (Comissão Pró-Associação de Estudantes do Ensino Liceal de Lisboa), fundada em 1960.
Este livro trata da imprensa (policopiada) editada pelo MAEESL, nas várias escolas em que tinha elementos, entre 1970 e 1974.
Não é fácil identificar quem fez estes jornais, mas, pelo menos, de um ou outro deve ser possível identificar os seus autores. Esperemos que, com a edição deste volume, os autores deem sinal de vida.
Um tema que me interessa e para uma primeira abordagem... parabéns aos coordenadores.
Órgão da delegação do MAEESL no Liceu Rainha D. Leonor, 1970.
quinta-feira, 7 de setembro de 2023
O que estamos a ler? - 26
A atual (2 set.) leitura da Cláudia:
Porto: Lello & Irmão - editores, 1981
«Tenho andado entusiasmada e muito interessada, a ler Cartas de Vila do Conde de Antero de Quental. «O volume reúne muitas das cartas que o autor açoriano escreveu, durante os quase dez anos em que viveu em Vila do Conde. Ou seja, os últimos anos da sua vida: 1881 a 1891.
«Os destinatários são muitos e variados, como Joaquim de Araújo, Ana Quental, João de Deus, Oliveira Martins, Tommaso Cannizaro, Maria Amália Vaz de Carvalho, Carolina Michaëlis, Bulhão Pato, Jaime de Magalhães Lima, Wilhelm Storck, entre muitos outros.
« Como se pode ler na p. 17, "esta correspondência representa como que um diário do escritor, pois o homem está inteiro nelas, confiando-nos o seu coração, as suas preocupações filosóficas e pessoais...".
«Antero de Quental veio para Vila do Conde, à procura de sossego e para melhorar a sua saúde. Numa carta a João Machado Faria e Maia, poeta e escritor nascido em 1846 em Ponta Delgada, pode ler-se: "vivo aqui, como verdadeiro eremita..." (p. 40)
«Exemplar rico em notas de rodapé, sobre os destinatários das cartas e não só.
Depois de terminar de ler o livro, pretendo ir a Vila do Conde, visitar a casa em questão, pois desconheço-a.»
Marcadores de livros - 2775
Nobori ou estandarte dos Shichifukujin. Japão, Era Meiji (1868-1912)
Têxtil policromado.
Lisboa, Museu do Oriente.
Duas japonesas. Marcadores artesanais, com vários tipos de papel.
quarta-feira, 6 de setembro de 2023
Na senda dos leques orientais
Esta exposição está no Museu do Oriente e encerra na segunda-feira. Se puderem, vão vê-la. Vale a pena.
«Entre os séculos XVI e XIX, o comércio de leques chineses conquistou os mercados europeu e americano. Feitas de diferentes materiais, estas peças tornaram-se um adereço indispensável para os chineses durante as dinastias Ming e Qing. Cantão e Macau viriam a destacar-se como importantes centros de comércio e fabrico de leques.» (Do site.)
A manhã de Verão
«A manhã de Verão está, ainda assim, um pouco fresca.
«Um leve torpor de noite anda ainda no ar sacudido.»
Álvaro de Campos - «Ode marítima»
terça-feira, 5 de setembro de 2023
Os meus franceses - 964
Les Frangines é um duo francês formado em 2014 por Anne Coste e Jacinthe Madelin. Gravaram o primeiro disco em 2018. Para além de música original, interpretam canções de outros artistas.
Marcadores de livros - 2774
Verso e reverso de um marcador muito grande, quase tão grande quanto o livro:
Lisboa: Saída de Emergência, 2023.
segunda-feira, 4 de setembro de 2023
Boa noite!
Setembro é o mês dos tamarindos. Fausto canta um poema de Ernesto Lara Filho.
Leituras no Metro - 1159
Porto: Porto Ed., 2020.
Este livro fez-me sorrir muitas vezes sentada no banco do metro. Uma crónica sobre taxistas. Há duas classes de trabalhadores com quem não falo: taxistas e polícias. Com os taxistas: cumprimento quando entro no carro, digo o local para onde quero ir e no final pago e cumprimento. Só em dois casos, falei qualquer coisa. Uma há muitos anos com um taxista-pregador. Lá o deixei pregar, pregar, até que ele levanta do banco do pendura uma bíblia e queria-ma impingir. Aí, disse-lhe para parar, paguei e saí. Não seis e foi o mesmo da crónica de Mário de Carvalho.
Há umas semanas apanhei um que vociferava contra umas medidas do Governo que visam combater o abandono escolar precoce por parte da comunidade cigana. E que aquele apoio devia ser dado aos «coitadinhos» dos reformados. Só uns é que eram «coitadinhos».
Quando o homem parou para eu sair só lhe perguntei:
- O senhor é católico?
- Sou.
- Então, somos todos irmãos, não é?
Há outra crónica de 1996 sobre conversas de autocarro. Realmente não há como conversas de autocarro ou elétrico em que as pessoas muitas vezes já se conhecem e dizem as coisas mais despudoradas.
«Um popular que não queria que na escola lhe misturassem os filhos com os dos ciganos explicou à televisão: "Eles são duma raça, nós somos doutra.» Era um homem bastante mais novo do que eu. Não teve nenhum pejo em proferir aquilo. Nem sonha, com certeza, que a declaração possa causar vergonha. Pelo menos a quem o ouça. Como é que isto me aconteceu, chegar aos cinquenta anos e ouvir dizer e reproduzir estas falas na minha terra? [...]
«Eu circulo pelas ruas, ando de autocarro, vou a supermercados. Ouço-os ao vivo. Há pouca coisa mais repugnante que a chamada "conversa de autocarro": "Eles querem é poleiro!"; "Vai pra tua terra"; "Eles andam é todos a abotoar-se"; "Não 'tava fora de jogo, não senhor". Grotesco. Sórdido. Primitivo.» (p. 81-82)
Acerca da pena de morte:
Laborinho Lúcio, quando era ministro da Justiça, disse, «com extrema dignidade, a uma jornalista tonta, de insistente microfone em riste, que se recusava absolutamente a discutir, sequer, a questão da pena de morte.
«Então em democracia não se pode discutir tudo? Não, não pode, há limites: os do bom gosto, os do respeito pelos outros, os do respeito por si próprio. E também os do respeito pelas pouquíssimas e preciosas aquisições civilizacionais, inseguras e fragilíssimas, que nos separam da barbárie.» (p. 86)
Marcadores de livros - 2773
Hoje um destaque para Simenon e para a literatura policial.
Versos e reversos.
Dos autores que se seguem só li Daniel Silva, de que gosto bastante.
Versos e reversos.
domingo, 3 de setembro de 2023
Caixa do correio - 211
Uns amigos estiveram no Canadá. Uns dias depois de deixarem Calgary, o fogo chegou às redondezas da cidade.
O que estamos a ler? - 25
«Gosto de ler livros de pequenas biografias, para depois ganhar balanço para obras mais completas. Comprei este livro há uns anos, por causa de Audrey Hepburn, atriz e mulher que sempre admirei. Gostaria de ler mais sobre ela, mas é o que tenho, e a este livro voltei.
«Ficarei grata se alguém me indicar uma boa biografia desta grande senhora do cinema e da vida.»
Maria
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