Prosimetron
sábado, 23 de maio de 2015
As primeiras cerejas
As primeiras cerejas e são deliciosas.
Bom fim-de-semana!
Joseph Plepp, Cerejas com queijo, Hermitage
Bom fim-de-semana!
Joseph Plepp, Cerejas com queijo, Hermitage
sexta-feira, 22 de maio de 2015
Boa noite!
Joan Manuel Serrat vem a Lisboa no próximo dia 4 de junho apresentar o espetáculo de 50 anos de carreira. Aqui o deixo como aperitivo.
Especialmente para APS.
Museu Nacional dos Coches
Faz sempre pena abrir os espaços sem a obra concluída.
«Abre amanhã ao público o novo Museu Nacional dos Coches. Abre com os coches (em maior número) a ocupar o espaço que lhes foi destinado mas sem a museografia estar completa, o que só deverá acontecer até ao final do ano; sem a prevista passagem pedonal e ciclável sobre a linha do comboio e a Avenida da Índia (que só deverá estar concluída em meados de 2016); sem a cafetaria e o restaurante a funcionar (estarão, diz-se, no último trimestre de 2015); e com a sala de exposições temporárias à espera que algo a ocupe, sem se saber quando. Ou seja, está praticamente como estava em 2012. E, no entanto, é inaugurado hoje em cerimónia oficial e abre amanhã aos visitantes. Será, portanto, incompleta e empobrecida a visão que portugueses e estrangeiros terão deste novo Museu. A que se deveu a pressa de inaugurar agora? Há uma hipótese, negada pelo Governo, mas plausível: depois de Setembro, a inauguração podia caber a outro. Para quê esperar?»
Público
Fotografias daqui: http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/o-museu-dos-coches-esteve-mais-de-dois-anos-a-espera-deste-dia-1696448
Boa tarde!
Boa tarde!
As ruínas de Palmira
Nova ed. Lisboa: Livr. Renascença, ca 1960
Tenho-me lembrado, por razões óbvias (e não as melhores), deste livro do Conde de Volney, que li há muitos anos e que tem como subtítulo: Meditação acerca da destruição dos impérios.
Volney (contração de Voltaire e Ferney), pseudónimo de Constantin-François Chassebœuf de La Giraudais, estudou Direito e Medicina. Viajou pelo Líbano, Egito e Síria, tendo deixado um relato dessa sua viagem em Voyage en Syrie et en Égypte, pendant les années 1783, 84 et 85 (1788). Representou o Terceiro Estado, em 1789, e foi secretário da Assembleia Nacional Constituinte em 1790.
O seu livro mais conhecido é este, As ruínas de Palmira, editado em França em 1791 e cuja 1.ª ed. portuguesa é de 1822 (Lisboa: Tip. Dizidério Marques Leão). Já o li há muito anos e sei que, na época, gostei.
Começa assim:
«Ruínas solitárias, sacrossantos sepulcros, muros silenciosos: Salvé!
«Dirijo-vos a minha invocação e a minha suprema súplica. Enquanto o vulgo foge aterrorizado perante o vosso sombrio aspeto, o meu coração, pelo contrário, sente-se atraído, enlevado no encanto de pensamentos profundos e elevadas ideias.
«Quantas lições úteis, quantas reflexões veementes ou patéticas não suscitais no espírito que sabe consultar-vos!
«Quando o mundo inteiro escravizado emudecia perante os tiranos, já vós proclamáveis as grandes verdades que eles abominavam e perseguiam!
«Confundindo os despojos dos reis com os do mísero escravo, atestastes por modo eloquente e sublime, o dogma sacrossanto da Igualdade!
«Foi dentro do vosso recinto que eu, solitário amante da Liberdade, vi surgir, de entre os túmulos, a sua imagem, não como a imagina o vulgo insensato, empunhando archotes e punhais, mas com o espeto augusto da Justiça, com as balanças sagradas onde, no limiar da eternidade, se pesam as ações dos mortais.»
Começa assim:
«Ruínas solitárias, sacrossantos sepulcros, muros silenciosos: Salvé!
«Dirijo-vos a minha invocação e a minha suprema súplica. Enquanto o vulgo foge aterrorizado perante o vosso sombrio aspeto, o meu coração, pelo contrário, sente-se atraído, enlevado no encanto de pensamentos profundos e elevadas ideias.
«Quantas lições úteis, quantas reflexões veementes ou patéticas não suscitais no espírito que sabe consultar-vos!
«Quando o mundo inteiro escravizado emudecia perante os tiranos, já vós proclamáveis as grandes verdades que eles abominavam e perseguiam!
«Confundindo os despojos dos reis com os do mísero escravo, atestastes por modo eloquente e sublime, o dogma sacrossanto da Igualdade!
«Foi dentro do vosso recinto que eu, solitário amante da Liberdade, vi surgir, de entre os túmulos, a sua imagem, não como a imagina o vulgo insensato, empunhando archotes e punhais, mas com o espeto augusto da Justiça, com as balanças sagradas onde, no limiar da eternidade, se pesam as ações dos mortais.»
http://es.wikipedia.org/wiki/Palmira
http://es.wikipedia.org/wiki/Teatro_romano_de_Palmira
Desde essa época que fiquei com vontade de ir a Palmira, mas na época parecia um local inacessível... Há uns anos (não muitos) estive para ir à Síria,mas adiei a viagem, já não me lembro porquê. Será que estes novos bárbaros vão destruir esta maravilha?
Maillol / Patou
Jean Patou ( 1887-1936 ), mais conhecido como costureiro e perfumista, foi também bibliófilo e coleccionador de arte . Uma das esculturas da sua casa particular era este bronze de Aristide Maillol ( 1861-1944 ) , Nu debout se coiffant , de 1898, que é hoje vendido por Pierre Bergé em Paris, com uma avaliação entre 250 000 e 350 000 euros .
Só um !
De cada vez :) . A acompanhar o café, por exemplo . Uma beleza a embalagem , concebida pela Maison Kitsuné, e os chocolates são dos melhores de Paris, da casa Marcolini .
Varinas de Lisboa
Uma bela exposição a ver até domingo no Museu da Cidade, agora chamado Museu de Lisboa.
E vós varinas que sabeis a sal
e trazeis o mar no avental!
Almada Negreiros
Domingos Rebelo - Mercado no Largo do Martim Moniz, 1951
Museu de Lisboa
Ribeira do Tejo. Tapeçaria de Maria José Taxinha, feita a partir de um cartão de Mário Dionísio, 1950-1952
Lisboa, Casa da Achada
Mário Eloy - Varinas (estudo), 1924
Lisboa, CAM
Jorge Barradas - Pote decorado com varina, 1947
Museu de Lisboa
Almada Negreiros - Domingo lisboeta, 1978-1979
Lisboa, CAM
Leonel Cardoso - Varina
Museu de Cerâmica de Sacavém
Raul da Bernarda (Alcobaça) - Jarra, ca 1950-1960
Prato com varina, ca 1940
Fábrica de Loiça de Sacavém
Copo, 2.ª metade século XX
Jarro, copo e prato com desenhos de Jorge Barradas
Cerâmica de Jorge Barradas
Etiquetas:
Almada Negreiros (1893-1970),
Domingos Rebelo (1891-1975),
Exposição,
Jorge Barradas (1894-1971),
Mário Dionísio (1916-1993),
Mário Eloy (1900-1951)
quinta-feira, 21 de maio de 2015
Pensamento ( s )
(...) O homem nem sequer para si mesmo é transparente . Segundo Freud, o eu nega precisamente aquilo que o inconsciente afirma e deseja sem limites . (...) Há, pois, uma cisão que atravessa a alma humana, e não permite que o eu esteja de acordo consigo mesmo . Esta cisão fundamental torna impossível a transparência própria . E também entre as pessoas se entreabre uma fissura . É impossível a instauração da transparência interpessoal . Que não é sequer desejável . É precisamente a falta de transparência do outro que mantém a relação viva . (...)
( Tradução do grande Miguel Serras Pereira )
Um quadro por dia
William Koch foi um grande empresário e mecenas, e também um grande coleccionador de pintura norte-americana . 65 telas da sua colecção , do séc.XIX até aos nossos dias, foram escolhidas para o leilão de hoje na Christie's de Nova Iorque, e eu escolhi esta : Cliffs of Green River, Wyoming Territory , de 1896 .
Biografias e afins
Os bastidores da política, o outro lado da governação de Sócrates com ênfase nos últimos meses do seu governo, e um capítulo sobre os dias longos que levaram à prisão preventiva . Muito já se sabia ( as " fúrias ", o mau feitio ) , mas há também muitas revelações sobre a obsessão com a imagem ( esta do estojo de maquilhagem que ia sempre com ele mostra-o bem ) e o estilo de vida luxuoso que conduziria à sua perda .
Citações
(...) durante mais de metade da minha vida, vivi num país que só meu deu vigilância policial, dificuldade no acesso à cultura europeia e a obrigação de me resignar ao que os meus superiores ordenassem. Felizmente, isto mudou . Hoje, posso dizer, pensar e escrever o que entendo. Muita coisa está mal no meu país, mas a liberdade de expressão mantém-se . É o único bem pelo qual seria capaz de pegar em armas .
- Maria Filomena Mónica , no Expresso do passado Sábado .
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