Prosimetron

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sábado, 23 de março de 2013

Boa noite!

Esperando...

Laurence Stephen Lowry - Waiting for the shop to open

Quotidianos - 106

1957

Há quem tenha andado a sacudir tapetes e há quem ande a aspirar e noutras limpezas... :(
As limpezas da capa da John Bull devem ser após uma festa de Carnaval. Se meterem papelinhos, passado um ano ainda se encontram. Metem-se em todos os buraquinhos....

Livros de cozinha - 69

A Ana presenteou-me, recentemente, com estes dois livros de cozinha. Foi uma boa surpresa. Obrigada.
O primeiro não conhecia; o segundo, pensei que a minha mãe o tinha, mas já procurei e não o encontrei. Mas acho que ele andou lá por casa.

Desta Maria Emília M. Pereira, infelizmente, não sei nada. A famosa cosinheira deve ser o seu único livro.

Trad. e apres. Alfredo Morais
Lisboa: Minerva, ca 1950

Curnonsky é o pseudónimo de Maurice Edmond Sailland, crítico de gastronomia, conhecido como «o príncipe dos gastrónomos». É autor de uma vasta bibliografia que não se confina à gastronomia. 
Este livro - aqui apresentado em tradução portuguesa de Alfredo Morais, pintor, que deixou algumas crónicas de gastronomia em publicações periódicas dos anos 50 do século passado -, foi editado em França com o título de Le bien manger: itinéraires gastronomiques (Paris: Office d'Édition d'Art, 1931)
O livro, para além de crónicas, tem algumas receitas coligidas por Curnonsky, de que aqui se apresentam três.

Pintores vistos por pintores - 20

Nicolas Bernard Lépicié - O pequeno desenhador, Carle Vernet 

Marcadores de livros - 85

Foi  último marcador que recebi. É um trabalho artesanal, feito com papel (tira e cara do boneco), linha (corpo) e arame (as pernas). 
Obrigada, Ana!

Hoje em Setúbal


sexta-feira, 22 de março de 2013

Boa noite!

Há uns tempos que não ouvia Carole King.

ONDE ME APETECIA ESTAR


Neste Dia Mundial da Água seria bem interessante visitar o belo lago Pangong Tso, nos Himalaias a 3000 metros de altitude.

Óscar Lopes (1917-2013)

Soube pelo ARPOSE da morte de Óscar Lopes.

Foi esta a primeira obra que li de Óscar Lopes, escrita em parceria com António José Saraiva. Penso que ma compraram no meu antigo 3.º ano do liceu. Sempre a li com enorme prazer e ainda tenho essa 3.ª ed. Já vai na 17.ª ed. 

Também tive este livro - escrito em colaboração com Júlio Martins - que era bom para fazer "revisões". Não sei o que lhe aconteceu.

Depois, ao longo da vida, ainda li mais uns (capítulos de) livros de Óscar Lopes: textos sobre  Camões, Antero, Miguéis, etc.

Frase do dia

Os políticos profissionais não regressam ao seu país por acaso.
(a propósito do regresso de Sócrates)
- António Costa Pinto, politólogo

Este sábado, na Biblioteca Nacional


Humor pela manhã


O tão falado regresso do ex-primeiro ministro estimulou a criatividade...

Em Chipre



Os bancos continuam fechados, já faltam os trocos e liquidez em empresas e pequenos negócios, a população desespera. Até terça-feira terá de ser encontrada uma solução...
Continuo pasmado com os eurocratas que acharam que os cipriotas iriam aceitar serenamente o confisco de 6% a 10% das suas poupanças, os mesmos eurocratas que depois vieram emendar a mão e falar de " risco sistémico ".

P.S. - Não ignoro que Chipre tem servido como placa giratória de muito dinheiro sujo russo que, depois de lavado, regressa ( ou não ) à Rússia. Agora tratar de igual forma depósitos de 20.000 ou 50.000 euros e depósitos de centenas ou milhões de euros é que é inconcebível.

Durero grabador, del Gótico al Renacimiento

Dürer - Erasmo

A exposição de Dürer, atualmente na Biblioteca Nacional de Espanha e que pode ser vistada até 5 de maio, mostra uma seleção das melhores gravuras de Dürer existentes na BNE.
Encontram-se expostas mais de 100 gravuras de Dürer, acompanhadas de gravuras de outros artistas da época, como Holbein ou Cranach.

E quem quer ir ver o Durero?

Sylvia Beach

Paris: Perrin, 2011

Aqui há mais de um ano comprei este livro - de que já aqui falei - sobre uma americana que abriu uma livraria em Paris nos anos 20 do século XX: Shakespeare and Company. A atualmente existente com o mesmo nome numa das margens do Sena só tem desta o nome. 
A biografia, sobre uma mulher que amava acima de tudo a literatura, é bastante interessante. 
Este ano, nos poucos dias que estive em Paris, resolvi ir à procura dos locais referidos no livro. Quando leio uma biografia ou algum romance que fale de locais concretos, gosto sempre de ter uma referência visual, o que na maioria das vezes não é possível, ficando-me pela idealizada.

Maison des Amis des Livres, a livraria que Adrienne Monnier abriu em nov. 1915 ficava no 7, rue de l'Odéon. E ela vivia no 18 da mesma rua, para onde Sylvia Beach se mudou.
Sylvia Beach conheceu Adrienne Monnier quando veio a Paris, pela primeira vez, em 1916.

http://www.pbase.com/beatchick/image/57237736
8, rue Dupuytren

Nesta loja, Sylvia Beach abriu a Shakespeare and Company, em 17 nov. 1919.
A livraria funcionava como um espécie de biblioteca pública, só que, em vez de emprestar os livros, alugava-os a preços módicos. Também em Lisboa houve livrarias que funcionaram neste esquema, chamadas «Gabinetes de leitura».

James Joyce, Sylvia Beach e Adrienne Monnier na Shakespeare and Company, 1920.

Em 21 jul. 1921 mudou a livraria para o 12, rue de l'Odéon, onde ficou até dez. 1941. Foi nesta livraria que foi publicado, pela primeira, o Ulisses de James Joyce, como a placa assinala.
http://thedrunkenodyssey.com/category/james-joyce/
Capa e folha de rosto da 1.ª ed. de Ulysses.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Boa noite!

Já que hoje tenho falado nas Mil e uma noites...


A bordo

Já que JMS trouxe um poema de Eugénio de Andrade dedicado a Kavafis, eu trago um do poeta grego, traduzido por Jorge de Sena.Vale a pena ler esta antologia.

2.ª ed. Coimbra: Texto, 1986

Claro que é parecido este pequeno
retrato dele, a lápis.

Feito num momento, no convés do barco,
numa tarde encantadora.
O mar da Jónia a rodear-nos.

Parece-se com ele. Não era ele mais belo?
Sensível era a ponto de sofrer -
o que seu rosto iluminava.
Mais belo me aparece, agora que,
fora do Tempo, eu o recordo n'alma.

Fora do Tempo. Tudo isto é muito antigo -
o desenho, e o navio, e o entardecer.

[1919]
Konstantinos P. Kavafis
Trad. de Jorge de Sena

47.000

Até ao momento é este o número de signatários da petição contra a presença de Sócrates na RTP.

Ainda As mil e uma noites

Uma versão moderna do bailado Xerazade, com música de Rimsky-Korsakov.

Poemas


Flor da cenoura selvagem

http://pixabay.com/pt/cenoura-selvagem-planta-de-jardim-3382/

Esta flor que desconhecia até tem graça (pelo menos, nestas fotos), mas não se compara à da cerejeira. 

Em geminação com o ARPOSE.

6.000 não querem Sócrates na RTP

A notícia está a fazer correr tinta nos comentários dos jornais online e na blogosfera. E motivou a criação da petição "Recusamos a presença de José Sócrates como comentador da RTP" que até às 12 horas já contava com mais de 6.000 signatários.

No dia mundial da poesia

Eugénio de Andrade

 

Poema autógrafo, enviado pelo poeta Eugénio de Andrade

Frase do dia


            "Nas crises, as pessoas querem arte, porque a arte celebra o humano, ou seja, nós"
 - Louise Jeffreys
Programadora do Barbican (que juntamente com o Pompidou reclama ser o maior centro cultural Europeu).

A notícia do dia ...


O respeito que devo ter pelas mães do " Engenheiro", do Ministro Relvas e do Dr.Alberto da Ponte impede-me de adjectivar como me apetecia.

Citações



(...) Na verdadeira amizade estamos uns com os outros e somos uns para os outros, mantendo porém uma exterioridade: os amigos não se diluem, não se justapõem, nem se substituem. Só quando a reciprocidade se conjuga de forma consentida e livre, a amizade pode finalmente consolidar-se. Ela é uma forma de exposição ao outro, mas uma exposição que não quebra a reserva, que não invade a solidão. A amizade não só guarda silêncio, mas ela é guardada pelo silêncio. Eu não espero nada de um amigo, ou melhor, espero tudo, na medida em que a sua existência, pela sua radical diferença, me permite existir. Como disse Maurice Blanchot, a amizade é o acolhimento de um intervalo puro que, de mim a esse outro que é um amigo, mensura tudo o que há entre nós. A amizade é " a separação fundamental a partir da qual o que separa torna relação ".

- José Tolentino Mendonça, no Expresso do passado sábado.

E aproveito estas belas frases do Padre-poeta Tolentino para agradecer uma vez mais todas as amabilidades  dos recentes idos de Março.

As mil e uma noites em expo

Uma exposição soberba sobre As mil e uma noites pode ser vista no Instituto do Mundo Árabe, em Paris, até 28 de abril. Já não é a primeira vez que se fala aqui das magníficas exposições que o IMA organiza.
Os contos As mil e uma noites é o livro árabe mais conhecido em todo o mundo. Este livro é hoje pouco conhecido, sendo os seus contos lidos através de adaptações.
Esta exposição leva-nos a viajar, através desses contos, como «Sindebade, o marinheiro» ou «Xerazade», desde o século VIII até à atualidade, seja através da literatura, da pintura, da tapeçaria, de objetos, da música ou do cinema.

As mil e uma noites
Manuscrito sírio do século XIV (BnF)
Manuscrito egípcio do século XVI
Manchester, University Library
Manuscrito egípcio do século XVIII
Manchester, University Library

Antoine Galland traduziu os contos que saíram entre 1704 e 1717.  Foi ele o grande difusor dos contos no ocidente. Já em tempos falei de uma tradução portuguesa deste livro.

Um ilustrador:
Xerazade, gravura de Arthur Boyd Houghton, 1864

Ilustrações no bailado:
George Barbier - Idat Rubinstein e Vaslav Nijinski, 1913

No cinema:
O ladrão de Bagdade, adaptação de Raoul Walsh, em 1924. Um filme maravilhoso.


E ainda me ofereceram o catálogo, pelos anos:
Um 'monstro' (mais de 2,5 kg) absolutamente maravilhoso.

Comboio nocturno para Lisboa

Li este romance assim que saiu a tradução portuguesa, em 2008. Gostei, porque gostamos sempre de ver Lisboa como protagonista de um romance escrito por um estrangeiro. Mas acho que vou gostar mais do filme. É estúpido dizer isto, mas é um feeling. E depois ver Jeremy Irons encarnar a figura do professor de literatura clássica Raimund Gregorius que, depois de ler o livro de Amadeu Prado, Um ourives das palavras, toma em Berna o comboio nocturno para Lisboa. Que leu ele no livro? Que se vai passar em Lisboa? 



O filme estreia hoje.