Prosimetron
sábado, 3 de dezembro de 2011
Boa noite !
A prima donna assoluta em Paris, no ano de 1958, no auge das suas capacidades vocais. Uma voz e uma teatralidade inigualáveis.
Especialmente para M.R. , que lembrou a data do aniversário de Callas.
Frase da semana
No dia em que nos livrarmos daqueles dois [ Angela Merkel e Nicolas Sarkozy ] ainda julgamos que é mentira.
- Marcelo Rebelo de Sousa, faz amanhã uma semana, na TVI.
Rigo 23
Desconhecia Rigo 23, pseudónimo de Ricardo Gouveia, um artista português, nascido na Madeira em 1966 e que reside em São Francisco, na Califórnia.
Gostei imenso destas obras que estão expostas no Museu Berardo: Teko Mbarate (2008), Sapukay (2008) e Itacuruçu (1010).
Nino Rota - 3
Para além de gostar (gostar é pouco...) da música de Nino Rota, sou fã de Richard Galliano. Desconhecia este cd, que vou dar a mim mesma este Natal:
Propaganda da II Guerra Mundial
A Arte da Guerra: Propaganda da II Guerra Mundial é uma exposição que está patente no Museu Berardo até 8 de fevereiro de 2012, com centenas de cartazes.
Soldadinhos de chumbo e selos alemães.
Cartaz da autoria de Henry Billings, 1941
Uma caderneta de cromos alemã.
O que podemos fazer?
3 de Dezembro é o Dia Internacional das Pessoas Com Deficiência, assim decretado pelas Nações Unidas, sob a égide da qual foi também redigida a Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas Com Deficiência, que conta já com a assinatura de uma centena e meia de estados.
O que podemos fazer? Para além do voluntariado que possamos praticar junto de organizações, há algo que está ainda mais acessível a todos : a denúncia de todos os obstáculos, públicos ou privados, que afectem a qualidade de vida destes nossos concidadãos. Ainda há minutos, estava a ler o relato da M.R. sobre as dificuldades sentidas nas entradas e saídas do Centro Alvaláxia e dei por mim a pensar como se "desenrascaria" alguém com menor mobilidade por exemplo. Ou noutro campo, a sinalética pública. Se às vezes dou por mim a tentar decifrar, e ainda tenho muitos neurónios acho eu, algumas instruções e orientações em lugares públicos imagino o que passem pessoas com dificuldades visuais ou de compreensão. Admito que a sinalética pública vá evoluindo em termos de design, mas sobretudo tem de ser de fácil apreensão e compreensão.
Quando as coisas não estão bem, é usar os livros de reclamações e caixas de sugestões, tanto as palpáveis como as electrónicas.
O que podemos fazer? Para além do voluntariado que possamos praticar junto de organizações, há algo que está ainda mais acessível a todos : a denúncia de todos os obstáculos, públicos ou privados, que afectem a qualidade de vida destes nossos concidadãos. Ainda há minutos, estava a ler o relato da M.R. sobre as dificuldades sentidas nas entradas e saídas do Centro Alvaláxia e dei por mim a pensar como se "desenrascaria" alguém com menor mobilidade por exemplo. Ou noutro campo, a sinalética pública. Se às vezes dou por mim a tentar decifrar, e ainda tenho muitos neurónios acho eu, algumas instruções e orientações em lugares públicos imagino o que passem pessoas com dificuldades visuais ou de compreensão. Admito que a sinalética pública vá evoluindo em termos de design, mas sobretudo tem de ser de fácil apreensão e compreensão.
Quando as coisas não estão bem, é usar os livros de reclamações e caixas de sugestões, tanto as palpáveis como as electrónicas.
Em português - 139 : Ana Maria
No dia em que o Fado se tornava Património Imaterial da Humanidade, perdeu-se prematuramente uma voz que também o cantou: a angolana Ana Maria, a Fadista Negra. Tinha 59 anos e cantava actualmente na Taverna d' El Rey e na Guitarras do Fado. RIP
Humor pela manhã... - 64
Hoje é dia de humor hollywoodesco:
I am a marvelous housekeeper. Every time I leave a man, I keep his house.
- Zsa Zsa Gabor
Nino Rota - 1
Ao longo deste sábado, vou colocar música de Nino Rota, cujo centenário do nascimento se celebra hoje.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Incrível!
Ontem fui, por duas vezes, ao Alvaláxia: uma à hora do almoço e outra à noite. Das duas vezes, nesta porta, virada ao Metro, todas as portas se encontravam fechadas, à excepção de uma uma. À hora do almoço havia vários polícias do lado exterior da porta, pelo que não podem ignorar o que aqui se passava. Que normas de segurança são estas? Ainda por cima em dia de jogo e feriado.
Há uns anos fui com outro prosimetronista a um dos cinemas do Alvaláxia, a uma sessão da meia-noite. Quando acabou não havia uma única porta aberta. E também não vimos ninguém do centro comercial nem nenhum segurança. Tivemos de descer á garagem e fazer a pé o percurso dos carros para sairmos do centro comercial.
Relato do agente Olívia, por Francisco José Viegas
Um capítulo de um livro inédito que revisita o inquérito que ficou conhecido como do "Estripador de Lisboa"
O quarto cadáver demorou dois dias a ser encontrado mas era previsível que aparecesse daquela forma - já a iniciar a decomposição, como um farrapo abandonado. Também era uma mulher e o inspector olhou para mim e disse-me que era melhor chamar os peritos, um nome que damos aos comparsas, que é, por seu lado, o nome que damos a uma equipa que transporta o ácido sulfúrico com que elimina os cadáveres incómodos sem deixar rasto. Eu costumo dizer isso, mas não é verdade: nós temos o dever de conservar os cadáveres, de lhes dar um destino e de explicar o seu aparecimento. Ninguém traz ácido sulfúrico, ninguém faz desaparecer cadáveres incómodos, pelo menos na nossa profissão. Na verdade, nós fazemos aparecer cadáveres. A equipa com que eu trabalho é uma espécie de fábrica de mortos; não teríamos sentido se não fossem eles; não teríamos trabalho se as pessoas não se matassem; não existiríamos se não houvesse cadáveres; finalmente, não seríamos tão odiados se não houvesse fabricantes de cadáveres. Isso é uma explicação de que toda a gente desconfia e, nestas condições, é melhor contar as coisas desde o princípio. Mas o princípio é apenas o primeiro cadáver a que se junta o segundo, depois o terceiro e, finalmente, o quarto. Há-de aparecer o quinto, um dia, mas é só uma suposição.
«O homem a quem o médico chamara inspector levantou-se e ficou uns instantes a sacudir as pernas, olhando para a paisagem como se o Sol já se tivesse escondido atrás das montanhas. Havia uma mistura de cinza e azul sobre as colinas que desciam para a estrada que se via daquele barracão onde o lixo convivia com a manhã de Lisboa. A única coisa em desacordo com a paisagem era aquele corpo. O primeiro cadáver do dia, pensei, enquanto fechava o bloco de apontamentos em que tinha escrito muito pouco - apenas a hora a que tínhamos chegado, "10h35", e a hora a que o médico legista apareceu, "10h57". A princípio custa bastante ser meticulosa, mas depois é um hábito, à medida que os cadáveres aparecem e desaparecem. Geralmente aparecem, sobretudo se há alguém que gosta de retalhar mulheres, de lhes retirar as vísceras e de imitar Jack, o Estripador. Até agora, quatro mulheres mortas e preparadas para o catálogo - vísceras arrancadas, nada de vestígios de sexo, apenas um corpo retalhado e um rosto irreconhecível. O que aprendemos antes de entrar na brigada nunca nos convence de que as coisas são mesmo assim; primeiro o espectáculo, depois o cheiro, depois o torpor, finalmente a estatística. Quatro mulheres. O homem a quem o médico chamara inspector limitou-se a olhar em frente:
"Ainda não chegámos ao fim. Vai haver outro."
"Como sabe?"
"Está escrito."
Era um homem com ar cansado e ligeiramente ensonado, baixo, com uma calvície dianteira incipiente, e estava vestido como se fosse domingo de Páscoa. O livro continuava a persegui-lo: "O Estripador de Lisboa", de Luís Campos. Uns anos depois, os cadáveres descritos no livro apareciam-lhe na vida real. Um a um. Eu entrei a meio, como uma aprendiz. Ao fim de uma semana, o inspector deixou-me uma cópia do livro e apresentou-me ao médico que acompanhava o inquérito. Olhei para ele, para o médico, que guardou a tesoura, fechou a mala e acendeu um cigarro enquanto pontapeava uma pinha velha que sobrara do Outono anterior. Ou de outro qualquer.
"Veremos como chega a próxima", disse ele. Todos sabíamos que ia chegar.
Combinações exóticas -4
Melancia e ostras. Uma junção de dois produtos frescos, um doce outro salgado. No restaurante El Bulli, de Fernando Adrià, havia um prato que usava esta combinação, com uma nuance: as algas substituíam o sabor a mar das ostras, e a melancia ficava debaixo da espuma salgada. No restaurante Ya, de Boston, o chef Tim Cushman faz uma combinação de ostras kumamoto, ligeiramente frutada, com pérolas de melancia e pepino em mignonette (uma mistura de vinagre, pimenta e cebolas).
Fonte: Sábado
Fonte: Sábado
Marcadores de livros - 20
Maria Callas faria hoje 88 anos.
De uma grande colecção de marcadores feitos aquando da exposição sobre a cantora que esteve patente no Museu da Electricidade há uns anos, escolhi 20 que aqui mostro:
Caixa dos marcadores
Alves da Veiga
Paris: 7, rue Bassano
À direita, a porta de entrada do prédio onde Alves da Veiga (1850-1924) viveu e faleceu, em 2 de dezembro de 1924.
Um dos chefes civis da Revolução do 31 de Janeiro exilou-se em Paris, depois de gorado o movimento. Tendo-se instalado nesta casa em 1904, conservou-a mesmo depois do seu regresso a Portugal, após o 5 de Outubro de 1910. Alves da Veiga esteve em Bruxelas como embaixador (ministro, como então se dizia) de Portugal, entre 1911 e 1915.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Na Biblioteca Joanina
Ontem assisti a um recital de harpa na Biblioteca Joanina. O som que ecoava na biblioteca era divinal!
Beatrix Schmidt e Salomé Matos
O programa contava com peças musicais de Bach : Siciliano; de Handel/John Thomas: Gigue; de Armando Leça: Minuete; de Erik Satie: Gymnopedie; de H. René: Les Pins de Charlannes; de M. Tournier: La Valse de la Source; de Debussy: 1º Arabesco; de Liszt: Liebestraum; de Salzedo: Milonga; Tradicional Bolivien: Cueca; Tradicional Argentine: Tutu Maramba; de Pearl Chertók: Half past Two e de Scott Joplin: The Entertainer. [Retirado do programa]
Beatrix Scmidt é húngara e é atualmente professora no Conservatório de Coimbra. Salomé Matos é professora da classe de harpa na Fundação dos Amigos das Crianças.
Um serão magnífico. Lembrei-me do Filipe que nos oferece sempre excelentes postagens musicais.
Beatrix Scmidt é húngara e é atualmente professora no Conservatório de Coimbra. Salomé Matos é professora da classe de harpa na Fundação dos Amigos das Crianças.
Um serão magnífico. Lembrei-me do Filipe que nos oferece sempre excelentes postagens musicais.
Retirado do Youtube porque o concerto na Biblioteca Joanina não está gravado.
O estripador de Lisboa
Odivelas: Europress, 1984
Capa de Pedro Massano
Este livro de Luís Campos (1943-) foi muito falado aquando dos crimes, em 1992, do chamado Estripador de Lisboa, que parece ter sido finalmente detido, quase vinte anos depois. Se assim foi, mais vale tarde que nunca.
O autor é considerado como um dos melhores, senão o melhor, autores do policial português.
Citações - 204
(...) Eis porque nós ignoramos ou esquecemos depressa a face do que há de estranho nos factos mais banais: no da vida, da morte. Assim nos surpreendemos até ao absurdo, até à incredibilidade quando nos morre um parente, um conhecido, ou seja, de algum modo, uma fracção de nós; e só admitimos que ele tenha de facto morrido quando definitivamente se afastou para o passado, saiu do nosso mundo, deste mundo estável, harmónico, regular, e faz já parte das sombras indistintas de outrora, é, em suma, uma ficção: só entendemos a morte quando a sabemos de cor, quando ela não significa já a aniquilação de uma vida como a nossa, mas é apenas as margens desta vida e que a prolongam, o nada que nunca a ela pode aceder, a pode pôr em causa, quando ela é o contorno que lhe não alterna a sua ( a nossa ) perenidade. (...)
- Vergílio Ferreira, Carta ao Futuro- Ensaio, (1958 ), Lisboa, Quetzal Editores, 2010.
Lembrando este Dia Mundial de Luta Contra a Sida e os amigos e amigas partidos, presas da última epidemia do séc.XX que, temo bem, irá afectar ainda as próximas gerações.
Bom dia !
Esta é de 1981, do primeiro álbum portanto.Saudade : da juventude, de estar apaixonado, de quando tínhamos os feriados todos etc. Bom feriado!
«Meninas, à sala!»
Ontem fui até à Pensão Amor, com entradas pela Rua Nova do Carvalho e pela Rua do Alecrim. O edifício foi comprado pelo grupo proprietário da Lx Factory) e nele foi instalado, na loja da Rua Nova do Carvalho, o Bar da Velha Senhora - ficou para uma próxima vista -, e na entrada pela Rua do Alecrim um outro bar, no 1.º andar do edifício.
Ia visitar a Ler Devagar dedicada ao livro erótico mas, a salinha (muito pequena) em que se encontra, estava encerrada. Mas gostei imenso de visitar o edifício: um cabeleiro, um espaço com venda de roupa íntima, uma sala e um bar feitos com o antigo mobiliário da casa de prostitutas, cujos principais clientes deveriam ser os marinheiros. Já há anos que os bares existentes na zona - Roterdão, Liverpool, Oslo, Tokyo (este com projecto e mobiliário de Cassiano Branco), Jamaica, Europa - começaram a ser frequentados por outro tipo de gente. E marinheiros (vindos dos portos que deram nomes aos bares) já os não há e as prostitutas mudaram de zona.
Dêem uma vista de olhos pela Pensão Amor:
A sala "tigresa"
Pinturas nas escadas, da autoria de Mário Belém.
Alguns candeeiros e objectos que se podem apreciar no bar. Tem mesas lindas e um bom ambiente.
Numa das paredes pode ler-se o seguinte poema de Carlos Drummond de Andrade:
A escolha não podia ser melhor.
Subscrever:
Mensagens (Atom)